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FNI - Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática {APOIAM ==> SINDPD/SC; SINDTIC/SE; OLT SERPRO/BA; OLT SERPRO/RJ; OLT Dataprev/SP; OLT Datraprev/RS; OLT SERPRO/RS; SINDPD/RS }

O Que é a FNI

A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sindppd/RS obteve liminar no Mandado de Segurança contra Dataprev que suspende o copatrocínio na GEAP

O Sindppd/RS obteve uma grande vitória no Tribunal Regional do Trabalho (TRT - 4ª Região). Ao final da tarde de ontem, o sindicato tomou conhecimento da concessão de liminar pelo Desembargador Emílio Papaléo Zin, obtida no Mandado de Segurança/MS protocolado no plantão da Justiça do Trabalho, conforme noticiamos na última segunda-feira.
Tal iniciativa foi necessária porque a Dataprev estava orientando os aposentados inativos a assinarem um Termo de Adesão, em que abririam mão do copatrocínio da empresa junto ao plano de saúde da GEAP.

CLIQUE AQUI para ver a íntregra da decisão judicial
Com a decisão da Justiça, mantém-se inalterada a situação dos aposentados inativos, ou seja, fica afastada a hipótese do autopatrocínio, inciativa ilegal que a empresa tentava implementar. Mais um ato ilegal dessa direção da empresa, que barramos judicialmente.

Esta é mais uma vitória dos trabalhadores da Dataprev e do Sindppd/RS, que lutam para manter os direitos conquistados e avançar em mais ganhos aos trabalhadores. Parabéns a tod@s!
Acompanhe as informações da FNI pelo twitter: @fnialternativa

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Comunicado aos trabalhadores da Dataprev

A direção da Dataprev segue adotando iniciativas ilegais, segundo nosso entendimento, e via de consequência o Sindppd/RS tem por obrigação adotar as contramedidas necessárias para salvaguardar os interesses dos trabalhadores que representa. A seguir, dois comunicados. Leia!

O primeiro deles trata da questão do desconto dos dias da greve de 2009 e o segundo sobre a GEAP, no que se refere ao autopatrocínio. Leiam com atenção e qualquer dúvida, procure o sindicato ou os integrantes da OLT.

Dias parados da greve de 2009

Informamos aos empregados da Dataprev que, face ao desconto nos salários da primeira das seis parcelas já praticado pela empresa, em razão da participação na paralisação coletiva ocorrida em 2009, o Sindppd/RS já procedeu à devida denúncia nos autos da ação que sustou judicialmente os descontos da greve, estando no aguardo da posição judicial a respeito, a qual deverá ocorrer ao término do recesso e retorno das atividades judiciárias (previsto para 13/01/2012).

Autopatrocínio GEAP

Comunicamos aos trabalhadores aposentados inativos da Dataprev que o Sindppd/RS, tomando conhecimento do despacho exarado pela 20ª Vara do Trabalho, negando a antecipação de tutela na ação que pretende sustar a alteração pretendida pela GEAP/DATAPREV de tornar os aposentados autopatrocinados, ingressou com a medida judicial competente – Mandado de Segurança (MS) – buscando, mais uma vez, resguardar o direito da categoria representada. O Mandado de Segurança foi recebido no plantão da Justiça do Trabalho, que se encontra em recesso, e está sendo examinado pelo desembargador de plantão sorteado, devendo ser proferida decisão acerca de nosso pedido de liminar que, esperamos, seja favorável. Na eventualidade da não concessão da liminar, o sindicato disponibilizará documento próprio a ser protocolizado perante à GEAP, junto com a assinatura do termo de adesão, ressalvando o seu direito adquirido e visando resguardar o plano de saúde.

Aproveitamos para solicitar aos colegas que tenham contato com os ex-colegas (aposentados inativos) para repassarem este comunicado/orientação. Por fim, os aposentados inativos que eventualmente já tenham assinado o termo de adesão, deverão buscar junto à OLT o documento contendo a ressalva já mencionada anteriormente, para protocolar o mais breve possível junto à GEAP.

Diretoria Colegiada Sindppd/RS

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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Trabalhadores do Serpro no Distrito Federal criticam processo de Promoção por Mérito - Ciclo 2011

Em virtude da insatisfação dos trabalhadores de Brasília, após o resultado final do processo de promoção por mérito, tanto do PGCS quanto do RARH, a OLT do SERPRO/DF analisou as listagens dos três últimos períodos (2009, 2010 e 2011) e constatou falhas que foram devidamente documentadas e enviadas ao Superintendente da SUPGP, por meio de ofício.
CLIQUE AQUI para ver o ofício protocolado no dia 15 de Dezembro

Na nossa avaliação, a falha mais grave está nas promoções por mérito realizadas para os empregados optantes do RARH, uma vez que foram constatados trabalhadores promovidos duas e até três vezes consecutivas, prática que fere o próprio regimento e também a norma GP/046 - Progressão Funcional, pois em ambos os documentos está estabelecido que a promoção por mérito ocorre de forma intercalada à promoção por tempo de serviço.

Luiz Carlos Ferreira
OLT do SERPRO/DF

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Demissões na Datamec – Solidariedade aos trabalhadores

Trabalhadores devem ser incorporados no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

Concretizou-se o que há bastante tempo era comentado: de que haveria demissões de trabalhadores na Datamec por conta do término do contrato com o MTE. As demissões e a destruição da Datamec é resultado da privatização ocorrida no governo FHC e que, infelizmente, não foi revista pelo governo LULA. A Fenadados, por seu lado, nunca fez uma campanha firme denunciando a verdadeira situação colocada com a privatização da Datamec e construiu ilusões entre os trabalhadores. Nas eleições do sindicato do Rio de Janeiro, o atual presidente da federação afirmava que somente se os trabalhadores votassem na chapa que ele apoiava, eles teriam garantido seus empregos, considerando suas boas relações com os órgãos do governos etc. É o vale tudo, para tentar chegar ou manter-se na máquina sindical.

A privatização das empresas estatais durante o governo FHC e a necessidade da reestatização como única forma de retomar o patrimônio e os empregos dos trabalhadores foram abandonadas pela maioria dos dirigentes sindicais, em especial os CUTistas. Lembremos que o Partido dos Trabalhadores, quando na oposição, era contra as privatizações.

Coerentes com esta ideia de saída para os trabalhadores, na Plenária de Campanha Salarial dos Trabalhadores da Datamec em 2003, o Sindppd/RS, juntamente com outros companheiros da oposição à direção majoritária da Fenadados, apresentou um documento em que defendíamos a reestatização da Datamec. Não precisamos dizer que o documento foi rechaçado e derrotado pela direção da Fenadados e seus aliados, afinal não era esta a política do governo a qual serviam e ainda servem.

Nos solidarizamos com os trabalhadores que estão sendo demitidos, prestando-lhes todo o apoio necessário. E exigimos, mais uma vez, que a Fenadados impulsione uma campanha séria e consequente, para que estes trabalhadores sejam incorporados ao Ministério do Trabalho e Emprego, pois prestaram serviços a este ministério por longos anos e não podem ser simplesmente descartados agora que o contrato foi encerrado. Até por que daqui a pouco, será o contrato com a Caixa Federal que se encerrará e daí não adiantará chorar sobre o leite derramado.

TODA SOLIDARIEDADE AOS TRABALHADORES!!!
READMISSÃO DOS TRABALHADORES DEMITIDOS NO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO!!!

Sindppd/RS

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sindppd/RS é vitorioso em ação por liberação sindical no Serpro

Desde que o Sindppd/RS se desfiliou da Fenadados, por decisão de assembleia da categoria, a liberação sindical foi cortada para afrontar a organização sindical. Já são mais de dois anos de luta para reverter essa medida via negociação. Devido à intransigência do Serpro, o sindicato entrou na Justiça para que ao menos fosse garantida a liberação com remuneração paga pelo sindicato até que consigamos a liberação sindical remunerada pela empresa, pois o Serpro se negava a reconhecer esse direito.

Após conquistar liminar na Justiça pela liberação sindical com remuneração mantida pelo sindicato, o Serpro resolveu, em início de outubro, tirar a diretora do sindicato Vera Guasso da folha de pagamento e cortar seu plano de saúde. Uma punição exemplar da empresa para mostrar sua disposição de obstruir a ação sindical desse sindicato instituindo represálias fortes à trabalhadora. 

Foram quase três meses de apreensão, mas nunca desistimos de lutar pelas reivindicações da categoria e pelo direito à livre organização sindical. Nesta segunda-feira, 19/12, a Justiça do Trabalho despachou sua sentença favorável ao Sindppd/RS para que a trabalhadora volte a estar na folha de pagamento da empresa e seja mantido seu plano de saúde. Cilque no link "mais informações" abaixo, para ver a sentença. Ainda cabe recurso por parte da empresa, mas a sentença deve ser acatada imediatamente.

O Serpro, por compromissos políticos de sua direção e reforçado pelo seu jurídico, resolveu gastar dinheiro público com ação judicial ao tomar uma posição de absoluto enfrentamento ao exercício soberano e independente do movimento sindical, que não se rendeu aos acordos entre quatro paredes que afrontam os trabalhadores. A categoria nunca imaginou que fosse sofrer esse tipo de retaliação vinda de um governo/empresa cheio de representantes sindicais que outrora tomaram as mesmas decisões que hoje tomamos. Que a perseverança da categoria sirva como lição para a empresa mudar sua postura imediatamente e reconhecer a vontade dos trabalhadores e sua representação sindical. 

Existe outra ação em Brasília que busca a liberação sindical com remuneração garantida pelo Serpro, como é feito nos sindicatos dos outros estados.

Sindppd/RS - Construindo a FNI (Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática)

Clique no “mais informações” para ver, na íntegra, despacho da Justiça. 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

GEAP - AUTOPATROCÍNIO

Desde setembro de 2011 os empregados ativos e inativos da Dataprev, bem como os pensionistas inscritos no plano de convênio médico GEAP, estão sendo surpreendidos com a notícia de que no final de 2011 haverá alterações na forma de custeio do referido plano de saúde. A Dataprev informa que irá alterar a forma de pagamento do plano de saúde que, a partir de 01/01/2012 deverá ser integralmente custeado pelos trabalhadores ativos, inativos e pensionistas e que todos deverão aderir à nova modalidade de convênio médico, sob pena de não o fazendo, ficar sem a proteção de um plano de saúde, devendo tais adesões espontâneas ocorrerem até 31/12/2011.

Frente a tal ameaça da Dataprev ao direito adquirido dos conveniados à GEAP, vez que o pagamento da quota parte da empregadora sempre foi paga por liberalidade pela empresa e não pode agora ser unilateralmente alterada, o Sindppd ajuizou reclamatória trabalhista postulando que o judiciário obstaculize as alterações que a Dataprev pretende implementar, inclusive, com pedido de liminar que deverá ser apreciado nos próximos dias.

Cabe esclarecer que os aposentados por invalidez permanecem com seus contratos de trabalho em vigor, estando os mesmos suspensos, porém persiste a obrigação da Dataprev de manter as mesmas condições em relação ao plano de assistência médica, entendimento este já firmado na Justiça do Trabalho.

Diante destes fatos, o Sindppd orienta aos empregados ativos e inativos da Dataprev, bem como aos pensionistas da GEAP que não efetuem qualquer adesão a outra modalidade de convênio médico ofertado pela Dataprev/GEAP, vez que aguardamos decisão judicial visando impedir as alterações no plano de convênio médico.

Aguardem novas orientações e acompanhem as notícias em nossa página.

Shana Guterres
Assessoria Jurídica

Sindppd/RS

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Julgamento do dissídio da Dataprev – Firmeza dos trabalhadores foi fundamental para buscar avanços

O dissídio de greve requerido pela direção da empresa foi julgado na tarde desta segunda-feira (12/12) e durou cerca de uma hora. O julgamento manteve boa parte do que havia sido encaminhado na reunião de conciliação no TST (Tribunal Superior do Trabalho) e foi acrescido pela concessão de uma cartela de tíquete em forma de abono, além da cartela natalina. Na conciliação, a proposta estava em meia cartela.

Resumidamente, as decisões do julgamento foram:
Reajuste nos salários e tíquetes de 6,51%, retroativos a 1º de maio;
Auxilio pré-escola e escolar será corrigido pelo IPCA e indexado a partir de 2012 em 46,22% do menor salário da empresa;
Reajuste no adicional atividade de 6,51%;
Concessão de um abono a ser pago na forma de uma cartela de tíquetes;
Quanto aos dias da greve, 50% serão compensados e 50% descontados;
Está mantida a cartela natalina. 

É importante frisar que o dissídio foi julgado ainda nesse ano devido à forte greve que aconteceu pela vontade da categoria, pois caso contrário não teria nem data marcada. Devemos destacar a garra da base de Santa Catarina, que fez com que outros estados retomassem ou entrassem em greve como aconteceu no RJ, PB, CE, PE, RS, SP, BA, que em conjunto com outros estados fez uma das maiores greves da Dataprev.

O julgamento reafirmou nossa posição de que não é correto vender ilusões em relação a dissídios, mas demonstrou também ser um grande erro espalhar o medo como tentou fazer a Fenadados, que com essa postura acaba reforçando a direção da empresa. É lamentável ler na página da federação que a greve dos trabalhadores foi o que provocou a empresa a entrar com dissídio no TST. Infelizmente, sabemos por que age dessa forma: falta-lhe independência e autonomia para atuar em defesa da categoria.

Em relação aos sindicatos do RS e SC, que haviam conseguido participar das duas audiências de conciliação, o relator do dissídio entendeu por não manter a participação na fase de julgamento, alegando jurisprudência do TST que não é favorável a esse tipo de pedido. A assessoria jurídica discorda desse posicionamento, mas achou por bem não continuar a discussão neste momento para evitar qualquer obstáculo ao julgamento.

Por que o julgamento do dissídio no TST?

É importante lembrar que a Dataprev, mais uma vez com sua intransigência, levou a campanha salarial para o TST e tentou derrotar os trabalhadores. No julgamento, a empresa retomou o pedido de abusividade da greve e defendeu nenhum reajuste para o adicional atividade etc. A combatividade dos trabalhadores, que não aceitaram as imposições da direção da empresa, foi fundamental para mostrar que não aceitarão calados os desmandos e a tentativa de retirada de direitos. O último exemplo foram as liminares conquistadas pelo RS e PB para suspender a realização de um concurso interno que estava repleto de irregularidades.  

Devemos começar já a pensar na próxima campanha salarial e no protagonismo dos trabalhadores na organização dos novos desafios. Parabéns aos trabalhadores que demonstraram sua disposição de luta e pela firmeza das OLTs, ANED e dos sindicatos que atuam na FNI.

 Sindicatos, OLTs e FNI

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Justiça do Trabalho gaúcha concede liminar pela suspensão do concurso interno da Dataprev

O Sindppd/RS, em conjunto com o Sindpd/SC, Sindtic/SE e ANED, encaminhou uma série de ações visando suspender o concurso interno da Dataprev por estar eivado de problemas que prejudicam os trabalhadores. Os problemas vão desde o curto prazo para a inscrição no concurso e os critérios para progressão até a não permissão de inscrição aos afastados em licença previdenciária e dirigentes sindicais liberados.

Entramos com ação na Justiça do Trabalho em Porto Alegre e denúncia no TCU (Tribunal de Contas da União) em Brasília.

Abaixo, na íntegra, o teor do despacho do juiz da 22ª Vara do Trabalho de Porto Alegre.

Sindppd/RS e  FNI


DESPACHO LIMINAR Vistos, etc.

A. RELATÓRIOSINDICATO DOS TRABALHADORES EM PROCESSAMENTO DE DADOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL apresenta ação trabalhista com pedido de liminar em face de EMPRESA DE TECNOLOGIA E INFORMAÇÕES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - DATAPREV. Requer suspensão ou cancelamento do processo seletivo interno referente à etapa de formação de cadastro de empregados elegíveis a progressão funcional do cargo de analista de tecnologia da informação, conforme edital . Argumenta que o documento foi respectivo edital foi formado em desacordo com as normas vigentes, sem realização de licitação.

Todo o microssistema trabalhista reconhece legitimidade ao sindicato para o aforamento da demanda: art. 3o do CPC, aplicado em sintonia com as determinações do artigo 769 da CLT e artigo 8o, III da CRFB/88. Com o cancelamento da Súmula n. 310 do TST, em outubro de 2003, afasta-se possibilidades interpretativas do artigo 8o, III da Carta Magna e ratifica-se o entendimento de que o sindicato tem legitimidade ampla para atuar na defesa dos direitos e interesses da categoria.

Consta nos autos, fls. 51-73, cópia do edital n º 01/2011, de 23/11/2011. Verifica-se que há requisitos que se relacionam a ausência de faltas não justificada no período de 02/01/2011 a 31/10/2011 e inocorrência de punições disciplinares. Todavia, também há comprovação nos documentos de fls. 74-78 que a categoria representada pelo autor esteve em greve no mesmo ano. Embora não haja comprovação documental nos autos, é plausível - pois segue o que ordinariamente acontece - que os efeitos da paralisação ainda não foram integralmente disciplinados, devendo aguardar decisão de dissídio coletivo. Por conseqüência, resta comprometido, até o julgamento, a identificação de que a ausência individual de trabalho no período da paralisação da categoria pode ser considerada justificada para a finalidade do requisito do edital. 

Também se verifica dispositivo claramente discriminatório em relação aos empregados que atuam em representação sindical ou que foram vítimas de infortunística. O Mesmo edital em seu item 1.5 exclui da habilitação tanto os profissionais que estiverem cedidos ou liberados a entidades sindicais, como aqueles que estiveram em gozo de benefícios previdenciários. 

Ambas exclusões são de odiosa discriminação. 

Em relação à atuação sindical, há agressão explícita ao disposto no art. 543, § 2º, vez que tempo em que o empregado se ausentar do serviço para desempenho de suas funções sindicais, será considerado em licença não remunerada. A liberação integral de trabalho dos dirigentes sindicais é benefício de toda a categoria profissional, a qual possui representação sindical mas ativa e disponível. Por conseqüência, a limitação de progressão funcional dos dirigentes sindicais é medida que vilipendia a liberdade sindical e prejudica sobremaneira a representatividade e atuação política dos trabalhadores. Trata-se de ato atentatório às garantias internacionais e constitucionais de liberdade sindical.
A limitação de progressão funcional para os trabalhadores que gozaram de licença previdenciária é ainda mais lamentável. Também é discriminatória e termina por promover prejuízos ainda maiores para os trabalhadores que, involuntariamente, tiveram problemas de saúde de tal envergadura que precisaram receber benefícios substitutivos de salário. De se lembrar que a Convenção nº 111 da Organização Internacional do Trabalho (introduzida no Direito Brasileiro em 19.01.1968) consagra o Princípio da Não-Discriminação no ambiente de trabalho. De forma positiva, o Estado Brasileiro reconhece o primado do Direito Laboral de rejeitar toda forma de tratamento não-isonômico de trabalhadores. O art. 1º da Convenção nº 111 da OIT conceitua discriminação como qualquer “... distinção, exclusão, ou preferência fundada em raça, cor, sexo, religião, opinião pública, ascendência nacional, origem social ou outra distinção, exclusão ou preferência especificada pelo Estado-membro interessado, qualquer que seja sua origem jurídica ou prática e que tenha por fim anular ou alterar a igualdade de oportunidades ou de tratamento no emprego ou profissão.”

A gestão do réu de estabelecer critérios de promoção não pode ser considerada como absoluta, mas guardar limitações aos interesses da coletividade. A propriedade do empreendimento, funcionalizada segue matriz constitucional, atuando na proteção da personalidade humana e da sociedade. O direito de greve, a proteção à atividade sindical e a não discriminação a vítimas de infortúnios são prerrogativas constitucionalmente tuteladas e direcionadas aos mais importantes projetos políticos nacionais: voltadas à justiça social e, portanto, instrumentalizam a dignidade humana.

Em especial os requisitos 1.3, 1.4 e 1.5 do edital de processo seletivo interno do réu não são integralmente coerentes com os primados constitucionais assinalados e, portanto, são inválidos e afetam todo o processo.

Defere-se o pedido liminar para suspender o processo seletivo interno da etapa de formação de cadastro de empregados elegíveis a progressão funcional do cargo de analista de tecnologia da informação, do edital n º 01/2011, de 23/11/2011.
Intimem-se autor e réu.
Em 07/12/2011.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Trabalhadores da DATAPREV de Santa Catarina preparam protesto bem-humorado para receber o presidente da empresa

Misturando bom-humor e muita indignação, o SINDPD/SC e os trabalhadores da DATAPREV/SC preparam recepção “calorosa” para Rodrigo Assumpção

Na última sexta-feira, dia 25 de novembro, Florianópolis teve um belo dia de sol. Mas não foi por isso que o presidente da DATAPREV, Rodrigo Assumpção, teve uma calorosa recepção. O que a deixou calorosa foi a indignação misturada ao bom humor que marcou a recepção ao presidente da empresa em Santa Catarina. Logo na sua chegada, ele e a diretora de pessoas, Janice Bruto, tiveram que entrar literalmente correndo pela garagem em respeito à famigerada “Lei Faísca”*. Talvez devido à pressa de cumprir sua jornada pelo país tentando explicar o inexplicável arrocho salarial num contexto de crescimento econômico e da empresa, além de defender a indefensável retirada de direitos e as posturas antissindicais de escolher os sindicatos com que negocia. Músicas, faixas e mensagens de ironia deram o tom do protesto.

“Salário é pouco, não dá pra nada/ Desempregado também não dá/ E desse jeito a vida segue sem melhorar/ Trabalhador, Trabalhador Brasileiro”

            Uma das músicas que marcaram o ato foi a do Seu Jorge, “Trabalhador Brasileiro”. Parece ter sido feito sob encomenda para os trabalhadores da DATAPREV. A direção da DATAPREV insiste que não tem condições de dar ganho real. Mas será mesmo verdade? Os trabalhadores sabem que é mentira.




A economia brasileira crescerá em 2011 entre 3% e 4%, segundo os mais diversos especialistas no assunto. O setor de TI no país crescerá 13% em 2011, segundo a IDC Brasil, uma consultoria especializada na questão. O faturamento da DATAPREV deve crescer mais de 20% ultrapassando a marca inédita de R$ 1 bi em 2011, segundo a própria direção da empresa. Será que isso não significa condições de conceder ganho real? Se não for agora vai ser quando?

A direção da DATAPREV, mais uma vez, só mostra que segue fiel a política do Governo Dilma de fazer caixa com o arrocho salarial dos trabalhadores para pagar os juros e parcelas das dívidas públicas, que apenas servem para sustentar os lucros recordes dos bancos no Brasil.

Bota a camisinha no pescoço, bota geral/ Não quero ver ninguém sem camisinha

            A famosa marchinha de carnaval “bota camisinha” traduziu com ironia uma das maiores insatisfações dos trabalhadores. O presidente da empresa continua intransigente sobre a mudança do reajuste das cláusulas de reembolso escolar e pré-escolar para meramente o índice da inflação. O presidente da empresa sabe perfeitamente que os índices oficiais de inflação estão longe de refletir aquela inflação real que todo trabalhador sente e faz com que fique cada vez mais difícil o salário dos trabalhadores chegar ao final do mês. Um dos maiores vilões disso são os custos com educação. Mesmo assim, o presidente da empresa defende a cínica tese de que o reajuste das cláusulas tem que mudar porque isso premiaria a capacidade “reprodutiva” e não “produtiva” do trabalhador. Sem dúvida, na prática um deboche, com um direito tão importante para os trabalhadores e que vem causando muita indignação pelo país.




Eu ponho fé/ É na fé da moçada/ Que não foge da fera/ E enfrenta o leão”

            A luta ainda está longe de acabar. O dissídio coletivo da categoria está programado para ser julgado no dia 12 de dezembro. A categoria, depois de confraternizar com um churrasco lembrando momentos da greve e de ironicamente dedicar um tango ao presidente, realizou uma assembleia e deliberou que no próximo dia 1º de dezembro fosse programado um dia de luta nacional. Venha trabalhar com sua camisa do sindicato. Caso não tenha sua camiseta, procure a OLT para pegá-la. Outras atividades também estão sendo programadas.


SINDPD/SC – SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS DE PROCESSAMENTO DE DADOS DE SANTA CATARINA
FNI – FRENTE NACIONAL DOS TRABALHADORES EM INFORMÁTICA


*Lei Faísca – Como todas as normas na DATAPREV, esta também veio sem de cima para baixo sem consulta aos funcionários. Ela, que foi apelidada pelo seu criador, o gerente do prédio da DATAPREV/SC, veio de uma norma baixada que diz que só pode entrar uma pessoa por veículo no acesso da garagem. E o carro do Presidente contava com ele, a diretora de pessoas e o motorista. Logo, o sindicato lembrou que se os outros trabalhadores cumprem a regra, também ele e a diretora deveriam cumpri e assim aconteceu. 

SINDPD/RJ: IRRESPONSABILIDADE REALMENTE TEM LIMITES!

Não mais nos surpreende as posturas infelizes que vem tomando a direção do SINDPD/RJ fortemente ligada à FENADADOS/CUT, à direção da DATAPREV e ao Governo Dilma. Numa nota intitulada “Irresponsabilidade Tem Limites” a direção do SINDPD/RJ denuncia em tom de indignação, misturada com ameaças, um fato muito comum que ocorreu durante toda a greve dos trabalhadores da DATAPREV.

O conteúdo da nota não era a denúncia da direção da DATAPREV que negava, e ainda nega, sistematicamente, ganhos reais para os trabalhadores ou que ameaçava, e ainda ameaça, com descontos salariais os trabalhadores que fizeram greve. Também não se tratava de uma postura firme de um sindicato diante do show de horrores da corrupção de Brasília, onde cai praticamente um ministro por mês e o último a estampar a capa dos jornais diz que só sai se “abatido a bala de grosso calibre”.

         O que a direção do SINDPD/RJ se preocupou foi em escrever uma nota, divulgar para todos os trabalhadores e deixar seu jurídico de plantão diante de uma justa crítica do trabalhador Valdomiro Kornetz, que já trabalhou quatro anos no Rio de Janeiro, deixando lá muitos amigos, e que agora está lotado em Santa Catarina.

Isso só mostra o quanto a direção do SINDPD/RJ e a FENADADOS/CUT encontram-se de costas para os anseios e expectativas dos trabalhadores. Não consegue se dar conta de que a crítica não é individual, mas coletiva. A crítica do Valdomiro é apenas uma amostra de toda uma crescente insatisfação da categoria diante da postura vacilante, politiqueira e chapa-branca que vem tendo a direção do SINDPD/RJ e a direção da FENADADOS/CUT.

A direção do SINDPD/RJ se valeu ainda de um nada novo e muito menos original estratagema: procurou confundir a crítica à direção dos sindicatos como se fosse uma crítica ao conjunto dos trabalhadores do Rio de Janeiro, para tentar provocar uma rixa entre trabalhadores de diferentes estados.

Lembramos que aqui em Santa Catarina a greve foi aprovada em solidariedade aos trabalhadores do Rio de Janeiro e a única solicitação da assembléia, por sinal tirada por unanimidade, é que isso deveria constar na ata. Também lembramos que a decisão da ida de dois representantes de Santa Catarina à assembléia do Rio de Janeiro que votou pela segunda vez a entrada na greve foi uma decisão também unânime. Isso mostra onde de fato mora a irresponsabilidade: do lado da direção do SINDPD/RJ e da FENADADOS/CUT.

         A crítica feita por Valdomiro representa também uma preocupação geral de muitos trabalhadores do país, de diversas categorias. Hoje a classe trabalhadora brasileira vive um rico processo de reorganização sindical. Os petroleiros estão em aberto processo de ruptura com a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a FUP (Federação Única dos Petroleiros) para fortalecer novas alternativas sindicais construídas junto dos trabalhadores e controladas por eles através das suas instâncias de base, para que os erros do passado fiquem no passado. Situações parecidas vivem os trabalhadores dos correios, da construção civil, metalúrgicos, bancários, professores e um longo etc.

         Por isso dizemos que a postura da direção do SINDPD/RJ, avalizada pela FENADADOS/CUT, é uma grande irresponsabilidade e que isso sim precisa ter limites. Não pode ser que diferentes posições políticas e sindicais sejam tratadas como uma disputa de quem tem do seu lado o melhor advogado. Qualquer tipo de postura truculenta e autoritária por parte da direção do SINDPD/RJ ou da FENADADOS/CUT não contará com a nossa omissão. De truculência, intimidações e autoritarismo os trabalhadores da DATAPREV não precisam mais: já bastam os desmandos da direção da empresa e do governo federal!

SINDPD/SC – SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS DE PROCESSAMENTO DE DADOS DE SANTA CATARINA
FNI – FRENTE NACIONAL DOS TRABALHADORES EM INFORMÁTICA

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Diretoria da Dataprev frustra conciliação e está marcado julgamento do Dissídio

Audiência de conciliação no TST.
A audiência de conciliação começou com um fato novo: os trabalhadores construíram uma contraproposta pela base aprovada no RJ, SP, PB, CE, PE, SC, RS, MT e SE que foi apresentada oficialmente na mesa de conciliação no TST (Tribunal Superior do Trabalho). A Fenadados, que havia indicado uma proposta bem rebaixada para as assembleias perdeu feio, inclusive nos estados onde atuam seus coordenadores, e foi obrigada, para não ser desmoralizada frente ao TST, a apresentar a proposta aprovada pela base. A Fenadados tentou barrar  os sindicatos da FNI de entregar  o documento contendo as proposta aprovadas pelo RS, SC, SE e mais seis estados, mas não obteve sucesso, pois a ministra aceitou o documento como uma contribuição à tentativa de conciliação.

Infelizmente a direção da Dataprev, mais uma vez, manteve sua intransigência mesmo ouvindo da própria ministra que a tentativa de alterar as cláusulas 27 e 28, reembolso pré-escolar e escolar, que é são itens importantes para os trabalhadores, não deverá ser acatada num possível julgamento no TST.


Trabalhadores em greve conseguiram barrar as ações da Fenadados

Não foram poucos os obstáculos enfrentados pela categoria, desde o terrorismo da Dataprev com os interditos proibitórios, o dissídio de greve e a tentativa de corte de direitos. No entanto, o pior foi enfrentar os descomandos e as traições continuadas da Fenadados e seus sindicatos. Foram divulgadas informações inverídicas sistemáticas tentando destruir a greve; chegaram ao cúmulo de dizer para a categoria, após a primeira conciliação, que o TST havia exigido a volta ao trabalho. Isso nunca aconteceu, tanto que na audiência de conciliação a ministra nem tocou no assunto. Não derrotaram a categoria, mas conseguiram atrapalhar bastante ao forçarem o fim da greve em vários estados. Se tivessem tomado uma postura de ajudar a organizar a greve, talvez a conciliação de sexta-feira (18/11) terminasse com outro resultado.

A greve garantiu a participação dos sindicatos da FNI nas duas conciliações e foi fundamental

Desde o início da campanha salarial já afirmávamos que a possibilidade de construir uma nova história na campanha salarial dependeria muito da condição de mobilização da categoria. As direções do Serpro e da Dataprev, em comum acordo com a Fenadados, não iriam aceitar nunca o desconforto de ter nas mesas de negociação sindicatos que não jogam no mesmo time deles. Foi a greve na Dataprev que subverteu essa lógica e impôs uma situação nova de ter os sindicatos autorizados pelo TST a participarem da negociação. Ainda estamos longe de conquistar o direito legal de estarmos presentes em todas as mesas de negociação, mas já demos um grande passo e a organização da categoria pode fazer com que avancemos ainda mais daqui para frente.

Manter a mobilização para pressionar a empresa a negociar de verdade

Ainda temos vinte dias antes do julgamento do dissídio. Nesse período, devemos pressionar a direção da Dataprev a negociar uma solução para o conflito, pois o caminho da negociação sempre é o melhor. Temos um acordo coletivo construído por uma história de luta que deve ser mantido e aprimorado. O fórum do TST só deve ser usado em último caso. Temos três semanas para buscar um acordo positivo para os trabalhadores. Vamos criar formas de mobilização que desestabilizem a direção da empresa e a obrigue a negociar. Se chegamos até aqui com a força da categoria, sabemos que temos força para continuar a luta. Se não houver negociação restará o julgamento do dissídio.


sindicatos, OLTs e FNI

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Greve na Dataprev continua em 6 estados. Trabalhadores querem avanços.

Com a realização de assembleias em vários estados os trabalhadores da PB, CE, MT, SC, RS e SP decidiram por continuar a greve. Esses estados juntamente, com PE e RJ, aprovaram uma nova contraproposta a se debatida na próxima audiência de conciliação nessa sexta-feira no TST. Na contraproposta estão mantidos os pedidos de ganho real de 2%, indexação do reembolso pré-escola e escolar, abono de metade dos dias úteis da greve e compensação dos outros 50%, além de outros itens.

A categoria sabe que a Dataprev teve lucro e quer que esse lucro seja dividido com quem produz os serviços prestados pela empresa.

Trabalhadores precisam de apoio e não de traição dos sindicatos/Fenadados

Infelizmente a Fenadados e alguns sindicatos continuam a atacar as decisões das assembleias e fazem coro com a postura da direção da Dataprev. Em nota nacional, a federação joga desinformação, intimidações e inverdades buscando com isso acorbertar o insucesso de seus indicativos que não estão sendo apoiados pela base.
Temos que parabenizar os trabalhadores do RJ que estiveram em greve até esta quinta-feira (17/11), mas que entenderam, por uma margem pequena de votos e após muita coação e assédio moral da diretoria e de parte do corpo gerencial da Dataprev, que o melhor nesse momento era voltar aos seus postos de trabalho e aguardar até a audiência de conciliação para dar ou não uma continuidade ao movimento paredista. A proposta da primeira audiência e a contraproposta da Fenadados foram rejeitadas por ampla maioria.

A luta dos trabalhadores já é vitoriosa, pois além dos pequenos avanços já conquistados rompeu com toda a sorte de dificuldades pelas imposições feitas pela direção da empresa e se fortaleceu de forma espontânea entre os colegas.

Nesta sexta-feira, os sindicatos que se organizam na FNI e a Aned estarão mais uma vez na audiência de conciliação no TST, buscando avançar nas propostas já apresentadas. O presidente da Dataprev também está incumbido da tarefa de, junto ao governo, apresentar uma nova proposta que dê fim ao conflito.

Sindicatos, OLTs e FNI

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Audiência de Conciliação da Greve da Dataprev. A greve começa a dar resultados

Na segunda-feira (14/11) aconteceu a reunião de mediação no TST. A força da greve impôs à direção da empresa uma mudança de postura. O presidente da Dataprev afirmou que tinha liberação governamental para trabalhar com 1% da folha e disse que teria colocado esse valor no abono de uma cartela de tíquetes. A representação dos trabalhadores reforçou a vontade da categoria de buscar ganho real e nenhuma perda de direitos, pois sabemos que o governo liberou mais para outras categorias.

Apresentamos a proposta de 3% de ganho real, 1 nível e reajuste do adicional atividade. Em relação à greve, abono da empresa de 50% e compensação dos outros 50%. Referendamos o pedido de manter a indexação do auxílio creche/escola.

Para buscar avançar é importante manter a greve até a próxima conciliação

Com a pressão da greve, a empresa apresentou a proposta de corrigir o adicional atividade, que estava congelado desde 2009, também em 6,51% e meia cartela de tíquetes como abono. A Dataprev também quer descontar em pecúnia 50% dos dias úteis da greve e compensação para o restante dos dias. O presidente Rodrigo Assunção quer punir os trabalhadores que ousam lutar.

Na próxima sexta-feira, a conciliação será retomada e, para tentar buscar mais avanços, é muito importante manter a greve. Sabemos que a falácia que alguns sindicatos/Fenadados tentaram aplicar, de que não deve ter greve na conciliação, não é verdadeira e isso se comprovou na reunião de segunda-feira. Devemos agora preparar uma contraproposta dos trabalhadores para chegar na conciliação. Vamos dizer que queremos mais avanços econômicos, que não aceitamos desconto da greve em pecúnia e que a empresa tem que dividir os custos da greve.

A presença dos sindicatos da FNI fez a diferença na conciliação

A presença dos sindicatos de SC e RS, que se organizam na FNI, fez com que a reivindicação de aumento real e o não desconto dos dias parados fossem o centro da reunião. Está provado que é possível realizar negociação, seja no Judiciário ou em reunião com a empresa, com a presença de todos os setores sindicais que integram a categoria. Mas sabemos que nossa presença na conciliação só aconteceu pela existência da greve que passou por cima do boicote da Dataprev e da Fenadados.

Fenadados indica o fim da greve e contraproposta rebaixada com punição aos grevistas

A federação volta a cumprir com seu papel lamentável de tentar desorganizar e destruir a resistência dos trabalhadores. O interessante é que indica a aceitação, inclusive do desconto de 50% dos dias de greve em pecúnia, reforçando a posição do presidente da empresa de punir os grevistas. Lamentável. Os trabalhadores saberão dar uma resposta a essa postura absurda de quem deveria representar os interesses da categoria.

A Dataprev teve lucro às custas do trabalho de seu corpo funcional e pode avançar na autorização que tem para dar reajuste salarial. Basta ter vontade política. Os trabalhadores, com a forte greve, estão demonstrando que querem e podem pressionar ainda mais.

sindicatos, OLTs e FNI              
                            

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Greve dos trabalhadores da Dataprev. A disposição de luta que surpreendeu o país

ACOMPANHE A AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO NO TST À PARTIR DAS 16h NO TWITTER DA FNI: @fnialternativa

Desde 2009 nossa categoria não via uma greve tão forte. Essa greve na Dataprev é muito semelhante à greve de 29 dias dos trabalhadores do Serpro que aconteceu em 2009. Colegas novos que chegam na empresa junto com os antigos se unem na indignação com o desrespeito da direção das empresas e governo, somada à vontade de conquistar aumento salarial e melhorias nos benefícios. A Fenadados e alguns sindicatos também tomam posturas semelhantes à de 2009 e tentam segurar a greve.

Os trabalhadores aprendem com a experiência e sabem contra quem estão lutando. Pois a direção da Dataprev consegue fazer pior e ainda dizer que o benefício reembolso escolar e pré-escolar é um absurdo porque premia a capacidade reprodutiva e não a capacidade produtiva. Veja nos links http://www.youtube.com/watch?v=IomXwWU8hj8   

Mas além da greve, os trabalhadores estão pedindo a renúncia do presidente da empresa, que acusou o golpe ao reconhecer que tem um abaixo-assinado exigindo a sua saída. Veja você mesmo no link abaixo

A Fenadados e sindicatos aliados não conseguiram segurar a greve 

Apesar de todas as tentativas para desmontar a greve, a federação e seus aliados não conseguiram frear a greve. Os trabalhadores até agora estão conseguindo furar o bloqueio e mantêm forte uma das maiores greves da Dataprev. Eles descobriram formas de comunicação que não permite que os sindicatos que traem suas lutas, comandem as ações com informações inverídicas como costumavam fazer.

Nessa segunda-feira a greve tem um teste forte com a Audiência de Conciliação no Tribunal Superior do Trabalho - TST. Sabemos que não será fácil a solução para o conflito, pois a empresa aposta na derrota da greve. Mas os trabalhadores estão mostrando o caminho da vitória a partir de sua organização e luta.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Abaixo-assinado de solidariedade: Eu apoio a greve dos trabalhadores da Dataprev! Assine!

Os sindicatos, OLTs e a FNI (Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática) organizaram uma petição pública em apoio à greve dos trabalhadores da Dataprev.

CLIQUE AQUI para assinar a petição em solidariedade aos colegas da Dataprev.


A solidariedade de tod@s @s trabalhadores é muito importante. A luta e a vitória dos trabalhadores da Dataprev é de toda a categoria de TI! 


AJUDE A DIVULGAR O ABAIXO-ASSINADO ENTRE SEUS COLEGAS E CONTATOS! PARTICIPE!

Siga a FNI no twitter: @fnialternativa

Sindicatos da FNI estarão na audiência de conciliação com a Dataprev

Greve da Dataprev avança apesar da intransigência da empresa. Está sendo organizada uma petição pública em apoio à mobilização dos trabalhadores! Seja solidário e assine o abaixo-assinado!

A greve dos trabalhadores da Dataprev, que começou em Santa Catarina há 18 dias, comoveu todo o país e hoje já conta com 13 estados, chega a um momento decisivo. A Dataprev entrou com dissídio no TST (Tribunal Superior do Trabalho) em Brasília/DF, sendo que na próxima segunda-feira (14/11), às 15h acontecerá uma audiência de conciliação.



Ontem, o assessor jurídico dos sindicatos da FNI (Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática), Aderson Bussinger, conseguiu uma liminar no TST que autoriza os sindicatos das bases em greve de SC e do RS a participarem da audiência de conciliação, que acontecerá na segunda-feira no TST.


Fenadados vacila, mas trabalhadores não obedecem seu comando

A presença das representações do Sindpd/SC e do Sindppd/RS é muito importante, pois a Fenadados não estará sozinha falando em nome dos trabalhadores. Essa federação tem feito várias ações que fragilizam a greve que está sendo encaminhada pela base dos trabalhadores da Dataprev, com assembleias passando por cima dos comandos e descomandos da Fenadados.


Essa posição, mesmo que cautelar (provisória) que vale inicialmente para a conciliação, já é uma vitória dos trabalhadores que protagonizam uma das maiores greves da Dataprev decididas e controladas pela base. Esperamos que a Fenadados respeite a categoria e não faça como na conciliação de 2009 da greve do Serpro, na qual não quis nem ouvir a proposta de conciliação apresentada pelo TST e reforçou, com sua postura, a posição da empresa, para derrotar a greve.


Agora nossa tarefa é reforçar a continuidade da greve e seguir em frente até segunda-feira, quando haverá a audiência no TST. Dataprev/governo devem ouvir seus trabalhadores em greve e oferecer uma proposta com ganho real que possa pôr fim ao impasse.


Sindicatos, OLTs, ANED (Associação Nacional dos Empregados da Dataprev) e FNI (Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática)
Acompanhe a campanha salarial alternativa no BLOG da FNI
Siga no twitter: @fnialternativa

Informe do jurídico da FNI sobre audiência de conciliação com a Dataprev

Na tarde de quarta-feira (09/11), a vice-presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho) despachou pedido judicial de participação em audiência de conciliação do dissídio de greve movido pela DATAPREV contra a FENADADOS, deferindo autorização de que o Sindppd/RS e Sindpd/SC participem da referida audiência.

O requerimento foi através de pedido de Assistência Litisconsorcial, conforme artigos 50 e 54 do Código de Processo Civil (cujo mérito final será decidido pelo futuro relator ainda a ser designado), mas já está, nos termos desta decisão judicial, expressamente autorizada a participação destes sindicatos na audiência designada para o próximo dia 14 de novembro, que se fará através de um diretor de cada sindicato, mais o advogado destes.

Trata-se de  decisão muito positiva na luta dos sindicatos integrantes da FNI, a fim de  terem respeitados os seus direitos constitucionais, sobretudo o direito de negociação coletiva, pois o fato de não estarem representados pela federação não lhes retira a legitimidade e legalidade para representar os trabalhadores de suas respectivas bases, conforme sustentamos desde o início, neste e demais processos.

Argumentamos, no caso específico do presente dissídio, que estes sindicatos possuem o interesse de que, primeiramente, seja alcançada uma justa negociação na audiência conciliatória, a fim de solucionar o litígio, e, em caso de julgamento, não seja declarada a abusividade, sendo julgados favoravelmente os pleitos dos trabalhadores.

ASSESSORIA JURÍDICA DA FNI

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Imagens da greve dos trabalhadores da Dataprev pelo país

Divulgamos aqui no blog a foto da mobilização dos trabalhadores da Dataprev no Ceará na última sexta-feira (04/11). A foto foi enviada à FNI pelo twitter.



Trabalhador, envie fotos da greve ou das mobilizações no seu estado! Ajude a divulgar a manifestação justa dos trabalhadores da Dataprev!

Twitter: @fnialternativa
E-mail: contatofni@gmail.com

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Fenadados: São 14 estados em greve e não 11. Quanto mais estados, mais forte a luta e a chance de conquistas!

Diante da dureza do arrocho e do desrespeito da direção da DATAPREV e do Governo Dilma com as reivindicações dos trabalhadores, a greve cresce a cada dia. Até o dia 07/11 já eram 14 estados em greve ou que tem encaminhamento de greve para esta semana.

No entanto, fomos surpreendidos com o informe datado de 07/11 do quadro de greve disponível no site da FENADADOS/CUT. Lá, constam 11 estados em greve e não 14. O motivo central é a exclusão do quadro de greve - apesar de ser de conhecimento da FENADADOS/CUT - dos estados de Santa Catarina (que está em greve há 16 dias e foi um dos motores da retomada da greve em todo o país) e do Rio Grande do Sul (desde o dia 03/11 fazendo paralisações prévias à deliberação pela greve). Ambos se mantêm firmes na luta e chamando a unidade de todos os estados no movimento. Outro estado esquecido foi São Paulo, que votou greve no dia 07/11, onde a disposição dos trabalhadores superou a disposição de seus dirigentes sindicais.


Acreditamos que todos somos trabalhadores e temos o dever de trabalhar pela unidade na luta e a vitória da greve, que será de todos ou não será de ninguém. A FENADADOS/CUT, agindo dessa forma, faz mais uma vez faz o jogo da empresa, que aposta na divisão dos trabalhadores e não na sua unidade para lutar.

Sempre defendemos a liberdade de opinião e de organização de todos os trabalhadores da forma que acharem melhor. Por isso debatemos com os trabalhadores da DATAPREV a necessidade de construir uma alternativa de direção a nível nacional por meio da FNI, postulando-se de forma independente, combativa e sempre trabalhando pela unidade na luta.

Porém, acreditamos também que as diferenças não podem jamais se sobrepor à necessária unidade nas lutas, pois é nelas que as tendências de opinião se testam e a democracia se faz mais presente com assembleias cotidianas para que os trabalhadores amadureçam suas conclusões políticas. Ainda mais necessária é a unidade na luta (insistimos nessa tecla), justo neste momento diante do fato da direção da empresa e do Governo Dilma estarem muito unidos contra os trabalhadores. E, agora, recorrerem covardemente ao auxílio do Poder Judiciário para tentar intimidar os trabalhadores a não lutar por seus direitos.

AGORA É HORA DE UNIR PELA VITÓRIA DA GREVE! TODOS OS ESTADOS SÃO IMPORTANTES NA LUTA!


EXIGIMOS REAJUSTE SALARIAL COM GANHO REAL!


NÃO À RETIRADA DE DIREITOS!

PELO RESPEITO AO DIREITO DE TODOS OS SINDICATOS NEGOCIAREM A PAUTA DELIBERADA POR SUAS BASES!



OLTs, sindicatos e FNI

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Dataprev não negocia e tenta se esconder atrás do TST

Nos últimos três anos as empresas Dataprev e Serpro apresentaram aos seus trabalhadores as piores propostas, se compararmos com o conjunto das empresas estatais. É este o principal motivo para a forte greve que está acontecendo na Dataprev. Mas a empresa conseguiu fazer pior ao tentar retirar direitos dos trabalhadores com ataques na GEAP, no reembolso da creche e escolar e uma postura ditatorial no tratamento aos seus trabalhadores.

Com interdito proibitório e agora com a entrada do dissídio de greve, a direção da Dataprev/governo Dilma demonstra uma truculência sem limites. Em vez de negociar uma solução para a greve, a empresa resolve confrontar a categoria e busca o caminho do dissídio de greve. Está obvia a tentativa de punir a categoria.
 
Trabalhadores exigem negociação, basta de intransigência!

A Dataprev precisa negociar de verdade em vez de querer a ilegalidade da greve. Se não houve negociação direta com a empresa, devemos utilizar a audiência de conciliação, que deverá acontecer nos próximos dias, para exigir uma verdadeira proposta para a solução do impasse. Até lá, temos nos manter unidos e mobilizados.

Greve na Dataprev é resultado da disposição de luta dos trabalhadores

Essa greve, que começou em Santa Catarina e comoveu o resto do Brasil, contará nessa segunda-feira com sete estados. A disposição da categoria foi tão grande que passou por cima da Fenadados e da  maioria da diretoria do Sindpd/RJ e de alguns sindicatos. Vamos reforçar a greve e não deixar que intimidem os trabalhadores com o dissídio no TST.

Exigir da Dataprev a presença de todos os sindicatos nas negociações

Infelizmente, a Dataprev só aceita a Fenadados nas mesas de negociação e já deixou clara sua preferência. Além disso, com a tentativa de desmonte da greve na assembleia do RJ já está demonstrado que não é possível deixar somente na mão deles as negociações. Vamos exigir a presença dos sindicatos e da ANED nas negociações.

Os trabalhadores da Dataprev precisam se manter unidos e reforçar a greve, pois é a única forma de derrotar a intransigência da empresa.

OLTs, sindicatos e FNI

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Trabalhadores do Serpro terão o pior acordo dos últimos 7 anos

Temos informação de que as assembleias já realizadas pelo país aprovaram assinar acordo com a empresa. Depois de tantas armações por parte da empresa e sua aliada Fenadados, que culminaram com a compensação de toda a greve de 2009, o clima nas regionais era muito ruim para construir mobilizações fortes para buscar melhorar essa péssima proposta feita pela direção do Serpro. Praticamente todas as estatais que se organizaram tiveram algum ganho real, PLR e, em alguns casos, abonos bem polpudos. Por que não no Serpro? Porque os trabalhadores tiveram sua capacidade de lutar quebrada por quem deveria ser o principal defensor de sua luta.

Fica a lição de que cada vez mais precisaremos nos organizar e retomar a confiança nas nossas forças e para isso vai ser preciso reforçar cada vez mais a organização das OLTs, as oposições sindicais, pois isso vai enfraquecer ainda mais a Fenadados que fez e continua fazendo de tudo para que os trabalhadores não lutem por suas reivindicações.

Situação das contas do Serpro preocupa trabalhadores

Outro tema que tem preocupado é o enorme prejuízo que apareceu no balanço do Serpro e tem sido estampado nas principais revistas do país. A grande pergunta que fica é qual o motivo para que isso esteja acontecendo? Os trabalhadores estão pagando a conta por essa situação que não é sua responsabilidade, já são dois anos sem PPLR e sabemos que mais problemas irão aparecer.

Greve na Dataprev já conta com RJ, CE, RS, SC, BA e PB. Na segunda-feira, entra SP e PR

Os trabalhadores da Dataprev retomam com força a greve em vários estados e mostram sua indignação com a postura da empresa que não avança em sua proposta e ainda retira direitos. É hora de reforçar a greve para que a mesma seja vitoriosa. Sabemos que dinheiro tem, basta direcionar para quem produz, os trabalhadores.

Essa greve é produto da vontade dos trabalhadores da Dataprev, que conta em especial com muita força dos trabalhadores novos. Mais uma vez a greve acontece contra a vontade da Fenadados e de alguns sindicatos. Agora com a greve em andamento é fundamental que as representações sindicais em todo o país estejam à altura do desafio e fazer com que essa greve derrote a intransigência da empresa/governo e seja vitoriosa para os trabalhadores.