Componentes da Frente

FNI - Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática {APOIAM ==> SINDPD/SC; SINDTIC/SE; OLT SERPRO/BA; OLT SERPRO/RJ; OLT Dataprev/SP; OLT Datraprev/RS; OLT SERPRO/RS; SINDPD/RS }

O Que é a FNI

A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Uma proposta alternativa ao Programa de PPR do Serpro


A Empresa está fazendo uma campanha grande em torno de seu programa de PPR que na prática está inviabilizado antes de começar. Total exagero no número de metas, e nos índices a obter etc. 

Em conversa com algumas OLTs e sindicatos de todo o país construímos uma proposta para ser avaliada coletivamente e debatida nas assembleias sobre o novo Programa de PPR apresentado pelo Serpro. Opiniões são bem vindas!

ANÁLISE E PROPOSTAS SOBRE O PROGRAMA DE PPR ENCAMINHADO PELO SERPRO
Histórico

Desde a criação do programa de PPLR em 2004 surgiu um debate nacional entre os trabalhadores sobre a melhor forma de remunerar produtividade, se via programas como PLR ou se na forma de índices de produtividade a ser incorporados nos salários. Se consolidou por força das posições da empresa primeira opção. Desde lá tem se discutido a necessidade de viabilizar um debate mais amplo, democrático e que garanta de verdade a opinião e o controle dos trabalhadores sobre esse tema. Em nossa opinião a melhor forma de traduzir isso seria com uma comissão eleita nacionalmente pelos trabalhadores tendo garantida a participação dos sindicatos estaduais.

Pressupostos para o Programa:

Se a intenção é buscar resultados positivos para a empresa e o meio são seus trabalhadores é necessário garantir:

- Que as metas sejam em número factível de serem obtidas ou aproximadas. Não dever ter mais do que quatro ou cinco metas.

- As metas devem ter um histórico anterior para que exista condições de saber como a empresa se comportou no mínimo no ano anterior e como é possível avançar. Não pode ser uma loteria.

-  As metas devem ser de manejo e acompanhamento do corpo funcional.
- Se não está previsto lucro no escopo do programa que deixa de ser PPLR (Lucro) para ser PPR (resultado) não é possível que uma das metas seja exatamente o atingimento de lucro. Lembramos também que nos últimos dois anos a empresa não teve lucro.

- As metas setoriais propostas pela empresa devem ser retiradas, pois não tem nenhum histórico anterior, no caso da redução das ações judicias está cerceando um direito da categoria e as outras são garantia para a gestão e não tem mecanismos de controle pelos trabalhadores. Nosso entendimento de que as mesmas devem ser retiradas globalmente.

Participação

Todos os trabalhadores do Serpro devem participar sem exclusão e sem diferenciação por estar em função gerencial etc.

Os valores devem ser divididos de forma igualitária. Já somos diferenciados pela função a que somos contratados e pelas tarefas que desempenhamos.

Todas as metas do programa devem ter relatório mensal divulgado para possibilitar acompanhamento pelos trabalhadores.


Montante a ser distribuído

Uma folha dos salários nominais ou um terço da folha total do Serpro. O que for maior.

Metas corporativas propostas pelo Serpro que podem permanecer alterando os índices

Meta 1.4 – Realização de 92,81% dos contratos de receita. (Igual ao realizado em 2011)
Esta meta tem histórico e pode ser acompanhada pelo quadro funcional

Meta 1.6 – 84% de Cobertura de custos incorridos na execução dos contratos (com alteração no Percentual proposto pela empresa que é de 100%), pois o histórico é de 82,52% em 2011. 
Utilizar essa meta, mas com percentual menor a ser atingido devido ao histórico.

Meta 1.8 – Obter Produtividade em Java/Demoiselle 12HH/PF

Meta tem histórico. Em 2010 = 16,44 HH/PF; 2011 = 16,9 HH/PF


Participação dos trabalhadores na construção


Tem que haver debate democrático sobre a construção do programa do PPR. Não é possível que a empresa dite as regras inexequíveis como as que estão propostas.

Os trabalhadores devem exigir em assembleia a eleição de uma comissão nacional, que acompanhada pelos sindicatos, faça o debate e a construção de um programa aplicável aos trabalhadores do Serpro.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Demissões na Dataprev, a luta unificada faz a diferença. É preciso reproduzir essas ações na Campanha Salarial!


Ato unificado contra as demissões em Brasília
Ato unificado contra as demissões em Brasília
Segunda e terça-feira (16 e 17/04) foram dias para o Rodrigo Assumpção não esquecer, pois desde a greve de 2011 não se via tanta pressão dos trabalhadores. Fizemos dois dias de intensas atividades em Brasília para barrar as demissões na Dataprev. Esperamos que o Ministério da Previdência e a presidenta Dilma ponham fim a essas demissões e troquem a diretoria da Dataprev, pois ninguém aguenta mais tantas arbitrariedades.

Fizeram parte dessa jornada de lutas entidades sindicais de todo o país: OLTs, sindicatos que constroem a FNI,  Fenadados e ANED. Nos próximos dias, devemos organizar um novo calendário de ações unificadas para continuar a pressão contra a direção da Dataprev e lincar todas as ações com a Campanha Salarial. Acreditamos que a estabilidade no emprego deverá ser um item fundamental desta campanha.
  

Unidade contra as demissões deve estar colocada também na Campanha Salarial de Serpro e da Dataprev

Estamos começando uma campanha salarial que, por todos os indícios, será bastante difícil para os trabalhadores do Serpro e da Dataprev, pois em 2010 fomos uma das poucas categorias que não teve ganho real nos salários. Entendemos que a partir de agora é necessário garantir que a unidade construída na luta contra as demissões esteja colocada na campanha, garantindo pautas que reflitam as principais necessidades da categoria.


Manifestantes abordaram ministro da Previdência, Garibaldi Alves, sobre as demissões

Na Dataprev, dentre algumas questões a estabilidade no emprego, depois do feroz ataque das demissões, precisa ser juntamente com a questão salarial um fator de mobilização para fortalecer a luta dos trabalhadores. No Serpro, a luta por salário se soma a necessidade de avanços importantes nos benefícios como auxílio creche e escolar.


Unir para lutar em defesa das reivindicações dos trabalhadores é a vontade da categoria

Assinatura da ata da mediação no MPT
As audiências sobre as demissões coletivas ocorridas no MPT (Ministério Público do Trabalho), em Brasília, demonstraram, na prática, que é possível garantir mesas de negociação conjuntas entre Fenadados e sindicatos que constroem a FNI, para que haja a necessária expressão de todos os setores envolvidos na campanha salarial. Não se pode  fazer uma campanha nacional sem a participação de todas as entidades envolvidas e que representam os trabalhadores. Reconhecemos que há diferenças, mas acima de tudo, está o interesse maior da categoria em impedir as demissões, obter avanços salariais e condições de trabalho. 

OLTS e sindicatos que constroem a FNI

terça-feira, 17 de abril de 2012

Ministro da Previdência diz que desconhece demissões na Dataprev

CLIQUE AQUI para ver gravação disponibilizada pelo Sindpd/RJ do momento em que as representações dos trabalhadores que estão em Brasília conseguiram abordar o ministro da Previdência, Garibaldi Alves.

MPT: Dataprev se nega a suspender as demissões


A audiência de mediação no MPT (Ministério Público do Trabalho), que iniciou ontem, teve prosseguimento durante a manhã desta terça-feira (18/04) em Brasília. A audiência integra o calendário de ações unificado construído pela ANED (Associação Nacional dos Empregados da Dataprev), sindicatos e OLTs que constroem a FNI em conjunto com a Fenadados e seus sindicatos filiados.

Na mediação, a direção da Dataprev apresentou uma série de documentos tentando justificar as demissões, como plano de ação de ação 2012, regras de demissões etc. A empresa afirmou que as demissões são em decorrência de alterações estruturais e que as URs/Regionais têm autonomia administrativa para efetivá-las. A Dataprev tentou, de todas as formas, “suavizar” os efeitos das demissões.

Já os trabalhadores e as representações deles que estavam na mediação argumentaram que a Dataprev descumpre o acordo coletivo quando dispensa trabalhadores sem permitir a defesa dele.

A direção da empresa ignorou qualquer reivindicação e se negou a suspender durante o prazo de 15 dias (enquanto continuam as tratativas no MPT) as demissões já realizadas. A Dataprev ainda registrou em ata que continua examinando a possibilidade de realizar mais desligamentos.

Os sindicatos e OLTs que constroem a FNI estão organizando mais atividades e medidas contra as demissões. Fique atento!

Acompanhe as notícias da FNI pelo twitter: @fnialternativa

Presidente da Dataprev é fortemente questionado sobre demissões na audiência no MPT


Em audiência realizada nesta segunda-feira (16/04), o presidente da Dataprev informou que a empresa fez 42 demissões. Rodrigo Assumpção quis dizer que são demissões pontuais, mas foi questionado pela procuradora do MPT, Dinamar Cely Hofman, que colocou seu entendimento de que a empresa fez demissões coletivas, tanto pelo número e também pela forma como as mesmas foram feitas. A empresa reconheceu que demissões nesta quantidade não aconteceram nos últimos anos na Dataprev. Isso significa que a gestão Rodrigo Assumpção se assemelha ao governo Collor de Mello. Só na gestão dele, já aconteceram mais de 100 demissões.


CLIQUE AQUI para ver a ata da audiência de mediação

Nesta terça-feira, a audiência será retomada e a Dataprev se comprometeu em levar a posição da empresa sobre a possibilidade de suspender temporariamente o efeito das demissões ocorridas nos últimos dois meses, até que se faça um amplo debate sobre essas demissões. Essa solicitação foi feita pelas representações dos trabalhadores e encampada pela procuradora do MPT.   

Participaram da mesa da audiência, por parte dos trabalhadores, a Fenadados e o Sindppd/RS, representando as OLTs e sindicatos que controem a FNI.

Está se demonstrando que na luta unificada é possível lutar para reverter as demissões. Essa audiência no MPT foi parte de um calendário de ações unificado construído pela ANED, sindicatos e OLTs que constroem a FNI em conjunto com a Fenadados e seus sindicatos filiados. Já realizamos assembleias/atos nos estados com enterro do Rodrigo Assumpção.

 Sindicatos, ANED e OLTs que constroem a FNI

Acompanhe a audiência no MPT sobre as demissões da Dataprev pelo twitter

A FNI está repassando informações da audiência no MPT sobre as demissões da Dataprev pelo twitter. A audiência está iniciando agora.

Acompanhe pelo twitter da FNI: @fnialternativa

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Denúncias sobre direção do Serpro repercutem na mídia

Foi amplamente divulgado nos jornais do centro do país nessa sexta-feira (13/04) mais um problema com as licitações no Serpro. De acordo com as notícias, o presidente da empresa, Marcos Mazoni, determinou que um equipamento da multinacional Oracle, ainda em período de teste sob regime de comodato (quando é emprestado sem ônus), entrasse definitivamente em produção, ignorando os trâmites licitatórios.

Mazoni já é alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF) por indícios de irregularidade em outro contrato assinado com a empresa paranaense IT7 para a aquisição de licenças de softwares.


Mais uma vez, o Serpro é notícia negativa devido à gestão de sua diretoria. Os trabalhadores sentem na pele, há tempos, a intransigência, a falta de transparência e o benefício a apadrinhados políticos que a gestão de Mazoni vem implementando na empresa. Parece que agora, essa política está sendo externada para toda a população brasileira.


Confira abaixo a notícia do site do jornal O Estado de Minas. Veja matérias de outras mídias AQUI e AQUI


Presidente do Serpro atropela licitação 

Marcos Mazoni pediu a multinacional a fabricação de equipamento sem que o período de testes fosse concluído

João Valadares -
Publicação: 13/04/2012 06:00 Atualização: 13/04/2012 07:49


Diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni  (ELZA FIUZA AGENCIABRASIL-ABr )
Diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni

Brasília –
Documentos internos do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) obtidos pelo Estado de Minas apontam que o presidente da empresa, Marcos Mazoni, determinou que um equipamento da multinacional Oracle, ainda em período de teste sob regime de comodato (quando é emprestado sem ônus), entrasse definitivamente em produção. A ordem, emitida em fevereiro pela presidência do Serpro, atropela o trâmite licitatório, fere o contrato de comodato e ignora o trabalho de um ano e meio do corpo técnico da casa para formatação do termo de referência. Mazoni é alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF) por indícios de irregularidade em outro contrato assinado com a empresa paranaense IT7 para a aquisição de licenças de softwares.

O contrato de comodato número 48.270, assinado pelo próprio Mazoni com a Oracle do Brasil há dois meses, deixa claro, no parágrafo segundo, que “os equipamentos ora cedidos serão utilizados pelo Serpro apenas para fins de teste, demonstração e outros fins que não forem de produção”. Questionada, a estatal negou que a presidência tivesse emitido qualquer ordem nesse sentido.


No entanto, a ata da reunião de planejamento de processos do chamado ambiente DW para a Receita Federal no equipamento denominado Exadata explicita a determinação. Responsável pela redação da ata, em 27 de março, um servidor do Serpro repassou a ordem: “Reforcei que a premissa de ter o ambiente DW em produção no equipamento Exadata, em comodato, era determinação da presidência do Serpro”. No fim do documento, há o reforço na ordem para colocar o equipamento em produção. “A repetição da premissa no corpo deste documento é proposital e busca dar visibilidade e relevância que tal direcionamento requer.” Ele informa ainda que “a Oracle, bem como funcionários do Serpro em Brasília, estarão presentes, a partir de 28 de março, para darmos cumprimento à atividade proposta.”



Testes

No ano passado, além da Oracle, duas empresas participaram dos testes. De acordo com técnicos do Serpro, o tempo de resposta do equipamento Oracle teria sido o mais lento. No início do ano, a empresa foi chamada para assinar novo comodato, que vence em 29 de abril. Além de negar que houvesse qualquer determinação, o Serpro informou que “a solução referente ao novo comodato ainda entrará em teste”. Ressaltou que “não foi gerado qualquer tipo de obrigação de futura contratação para o Serpro”.

A estatal comunicou ainda que não existia relatório técnico que tivesse determinado um ranking entre os três equipamentos testados e ressaltou que “o comodato não gerou exclusividade, e outros poderão ser firmados caso necessário”. A Oracle informou que não se pronunciaria. O equipamento em questão é um supercomputador para o cruzamento de dados da Receita. 

Na próxima terça-feira (17/04): Ato unificado contra as demissões na Dataprev!


Na terça-feira (17 de Abril), a FNI, ANED (Associação Nacional dos Empregados da Dataprev) e a Fenadados realizarão um ato público unificado contra as demissões na empresa e em defesa dos empregos e da GEAP. A mobilização inicia às 15h, na Esplanada dos Ministérios.

É importante a participação dos trabalhadores, principalmente os que estão em Brasília, para mostrar à empresa que não aceitamos essa política de intimidação. Exigimos o fim das demissões e a anulação dos desligamentos já efetuados pela direção da Dataprev!

Ajude a divulgar o ato! Participe!


No RJ e em SC, mais protestos contra as demissões

Nesta quinta-feira (12/04), trabalhadores da Dataprev do Rio de Janeiro e de Santa Catarina voltaram a protestar contra as demissões na empresa. Segundo levantamento dos sindicatos, já ocorreram em torno de 60 desligamentos em todo o país.

Em Florianópolis (SC), os atos coincidiram com a visita do presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, na unidade. Os trabalhadores vestiram, durante todo o dia, camisetas pretas e faixas para demonstrar o luto pelas demissões. O Sindpd/SC também deixou exposto um caixão em frente à entrada da empresa, com faixas escritas “Fora, Rodrigo!” e “Não às Demissões!”.

Crédito das fotos: Sindpd/SC


No Rio de Janeiro, a ANED (Associação Nacional dos Empregados da Dataprev, o Sindpd/RJ, as OLTs, a CIPA e a FNI levaram caixões para frente da unidade, na Álvaro Rodrigues, representando os dois trabalhadores que foram encontrados mortos após as demissões. As organizações e os trabalhadores também realizaram o velório e o sepultamento simbólicos do presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, na porta da empresa.

Mobilização no Rio de Janeiro


Após o ato, as representações dos trabalhadores foram até a sala da direção da Dataprev. Os representantes da empresa não confirmaram o fim das demissões. Limitaram-se a dizer que somente farão esclarecimentos na audiência do dia 16 de Abril, no Ministério Público do Trabalho da 1ª Região. 

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SERPRO: Mais uma vez, discussão de PPR sem a participação efetiva dos empregados


Empresa quer criar diferenciação entre os trabalhadores e os cargos gerenciais
Na segunda-feira (09/04), o Serpro apresentou para a Fenadados e vem divulgando internamente, com algum esforço, seu "novo" programa de PPR. As representações que constroem a FNI já haviam se manifestado sobre o equívoco de fazer negociação de PPR sem debate entre os sindicatos e
sem a eleição de comissão nacional pelos trabalhadores. A empresa, como de costume, quer implantar “novidades”, diferenciando os trabalhadores.

O Serpro está apresentando essa proposta após ter visitado e conhecido o PPR da Procergs (empresa estadual de Processamento de Dados do RS). Infelizmente, o Serpro está piorando significativamente a proposta da Procergs, pois lá o montante distribuído é equivalente a um salário anual para cada trabalhador, independentemente de seu cargo. Existe um debate entre as áreas sobre as metas setoriais, e na Comissão Paritária tem representantes eleitos pelos trabalhadores, além do acompanhamento do Sindppd/RS. Não significa, com isso, que o programa da Procergs é o melhor dos mundos, mas a proposta do Serpro é muito ruim para os trabalhadores.


Diferenciar os trabalhadores e mais ainda os cargos gerenciais!

A proposta da empresa é pagar valores diferenciados, começando com maior valor para cargos gerenciais e, a seguir, para analistas, técnicos e auxiliares. Também quer impor metas que os trabalhadores não podem interferir e deixar os PSEs de fora da distribuição de 30% do montante que seria repassado por meio de metas setoriais.


Vejamos alguns itens muito questionáveis do PPR:

- São 18 metas corporativas. Um número de metas de difícil realização.

- Contraditoriamente com o que diz no programa, que não mais está vinculado a lucros, a empresa criou uma meta que  é ter R$ 30 milhões de lucro em 2012.
- Tem uma meta de "Aumento da área do Datacenter de Brasília". Como controlar essa meta?
- Meta propõe redução do passivo trabalhista. Tenta-se responsabilizar os trabalhadores por acionar a Justiça para defender seus direitos.


É importante lembrar que no programa anterior, o montante do PPLR era distribuído de forma igualitária.


Direção do Serpro definitivamente precisa ouvir os trabalhadores!

Os trabalhadores, juntamente com as OLTs e seus sindicatos, precisam debater esse "novo" programa de PPR proposto pela empresa. Também devem exigir um debate democrático sobre a construção de um programa que seja benéfico para a categoria - e não somente a criação de expectativas que não irão se confirmar.

Sindicatos e OLTs que constroem a FNI

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Vídeo: 2º Encontro Nacional da FNI - UNIR PARA CONQUISTAR!

Vídeo sobre as expectativas e desafios da campanha salarial 2012/2013 dos trabalhadores do Serpro e da Dataprev, realizado durante o 2º Encontro Nacional da FNI (Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática) em Janeiro, no RJ.


CLIQUE AQUI para ver o vídeo.

FNI

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Trabalhadores da Dataprev protestam contra demissões

Desligamentos estão em torno de 60 em todo o país.

Trabalhadores da Dataprev realizaram protestos nesta terça-feira (10/04) contra as demissões, que estão ocorrendo em diversos estados. A atividade foi convocada de forma unificada pela ANED (Associação dos Empregados da Dataprev), pelos sindicatos e OLTs que se organizanam na FNI (Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática) e pela Fenadados (federação nacional dos sindicatos de TI).


Tivemos informações de manifestações que aconteceram em Sergipe, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro
. Em Aracaju (SE), os trabalhadores e o SINDTIC/SE penduraram faixas e colocaram dois caixões na entrada da Dataprev, simbolizando os dois trabalhadores, de SP e da Bahia, que foram encontrados mortos após as demissões.




Em Santa Catarina, também foram penduradas faixas na entrada na unidade regional. Os trabalhadores ainda fizeram uma manifestação rápida na portaria da empresa.






Mobilização em SP. Crédito da foto: Sindpd/SP



Outras ações conjuntas da ANED, FNI e Fenadados estão programadas para os próximos dias. No dia 16 de abril haverá uma audiência no Ministério Público do Trabalho da 1ª Região às 16h, e em 17 de abril, será realizado um ato em defesa dos empregos e da GEAP na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. As organizações divulgarão em breve um texto conjunto denunciando a grave situação por que passam os trabalhadores da Dataprev.

As demissões efetivadas pela empresa são uma clara medida intimidatória aos trabalhadores às vésperas da campanha salarial 2012, além de acontecerem alguns dias após o fim da estabilidade definida no julgamento do dissídio.


Exigimos que cesse imediatamente essa política de terror dentro da Dataprev, o fim das demissões e a anulação das demissões já realizadas. 
O governo Dilma, que indicou o presidente da Dataprev, pode pôr um fim a essas demissões e fazer cessar as práticas antissindicais e de pressão contra os trabalhadores.


OLTs, sindicatos e FNI

quinta-feira, 5 de abril de 2012

FNI busca unidade para lutar contra as demissões na Dataprev

Buscando construir a unidade dos trabalhadores da Dataprev e do conjunto da categoria para lutar pelo fim das demissões na empresa e pela revogação das demissões já feitas, representantes da FNI tomaram a iniciativa de construir, em conjunto com a Fenadados, uma campanha nacional para enfrentar a postura ditatorial e intimidatória da direção da Dataprev. A reunião foi realizada na quarta-feira (04/04), em Brasília.

Definimos um calendário de ações, que começa com a realização de assembleias unificadas no dia 10 de abril de 2012, às 10h, organizadas pelos sindicatos, OLTs e ANED. No dia 17 de abril, realizaremos conjuntamente um ato em defesa dos empregos e da GEAP na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. As entidades farão um texto conjunto para divulgação do evento, que denuncie a grave situação por que passam os trabalhadores da Dataprev. 

Participaram da reunião pela FNI Vera Guasso, do SINDPPD/RS, Ronaldo Gariglio, do SINDPD/SC, Gustavo Dumas, da ANED e Luizinho, da OLT Serpro/DF. Pela Federação, Carlos Alberto Valadares (Gandola), Célio Stemback, Ademir Diniz e Djalma Araújo. 

O outro tema tratado foi a Campanha Salarial, que será tema de um novo comunicado.

FNI - Sindicatos, OLTs e trabalhadores, na luta contra as demissões

terça-feira, 3 de abril de 2012

Sindpd/SC: NÃO ÀS DEMISSÕES NA DATAPREV E NO SERPRO

Leia nota divulgada pelo Sindpd/SC:





Nos últimos dias, vem acontecendo demissões na DATAPREV e no SERPRO. Essas demissões são imotivadas e surgem num momento de início da campanha salarial para intimidar os trabalhadores, logo após a histórica greve de 2011 na DATAPREV.

Em Santa Catarina 2 trabalhadores da DATAPREV foram demitidos até agora. São trabalhadores jovens, que apesar de serem bem avaliados pelos próprios sistemas de avaliação da empresa, ela demite alegando “baixa produtividade”. Isso é uma afronta e um desrespeito por parte da direção da DATAPREV não só aos trabalhadores demitidos em Santa Catarina, mas ao conjunto dos trabalhadores da DATAPREV e do SERPRO que acompanham indignados tal política. Além de tudo, é uma clara postura de assédio moral coletivo aos trabalhadores dessas empresas.

Neste sentido, é lamentável também a postura da direção da empresa de se negar a receber o SINDPD/SC. Hoje (02/04), quando os trabalhadores da DATAPREV/SC estavam reunidos em assembleia para debater as demissões que estão ocorrendo, a direção da empresa se negou a receber o sindicato. Isso, junto com as demissões, denuncia o autoritarismo a que chegamos!

Infelizmente essa política não é nova. Na década de 90, com FHC, as empresas públicas foram privatizadas e os trabalhadores demitidos. Com os governos do PT as coisas não mudaram e o passar dos anos faz as coisas ficarem ainda pior. Dilma privatizou os Correios no ano passado com a Medida Provisória 532/11 e agora os aeroportos. Em 2011 foram cortados R$ 50 bi do orçamento público e agora R$ 55 bi, atingindo áreas essenciais como saúde e educação.

Não podemos aceitar esse tipo de política. Precisamos nos unificar na luta para dar um basta a essa situação!

A FENADADOS até agora não se pronunciou sobre as demissões. É necessário que a FENADADOS saia da omissão e defenda os trabalhadores. É necessário o máximo de unidade e mobilização dos trabalhadores, OLT’s e sindicatos contra esses absurdos. Só a luta dos trabalhadores pode reverter essa situação.

 
PELA IMEDIATA READMISSÃO DOS TRABALHADORES DEMITIDOS!
CHEGA DE DEMISSÃO!
EM DEFESA DA LIBERDADE E AUTONOMIA SINDICAL!


SINDPD/SC – www.sindpdsc.org.br

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Demissão na Dataprev, empresa do Governo Federal, provoca morte de trabalhadores

A Dataprev, empresa de Tecnologia da Informação da Previdência Social, vem tendo a prática de criar um clima de desconforto permanente em seus trabalhadores com demissões, assédio moral e atitude ditatorial dentro da empresa. Em 2011, aconteceu  uma forte greve dos trabalhadores na campanha salarial que acabou sendo julgada pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho). Os trabalhadores conquistaram 3 meses de estabilidade, que se encerrou em março de 2012. Em 23 de março foi demitido um colega em SP com histórico de problemas de ordem psicossocial. Quatro dias após a demissão, o colega foi encontrado morto. Nesta sexta-feira, enquanto o colega era enterrado, a Dataprev demitia outros dois colegas em SC, sem nenhum motivo aparente. Fala-se em mais de cem demissões em todo o país.

Dataprev quer se igualar às práticas do governo FHC, que levou dezenas ao suicídio no Banco do Brasil

Nos anos 90, o feroz ataque aos trabalhadores de empresas estatais provocou dezenas de suicídios no Banco do Brasil, tema que foi largamente divulgado em todo o país. É importante lembrar que na Bahia já havia acontecido o suicídio de um trabalhador após tentar reverter sua entrada num plano de demissão incentivada. Até onde o governo federal vai permitir a continuidade da política de terror na empresa Dataprev? Devemos citar que a empresa Serpro também demitiu um trabalhador há poucos dias atrás. Será que é essa a política que será aplicada nas empresas para cortar gastos conforme está solicitando o governo?

Demissões em Santa Catarina e retaliação aos trabalhadores que lutam são inaceitáveis. Exigimos o fim das demissões e a anulação das já realizadas.

As demissões que vêm ocorrendo na Dataprev,e em especial os colegas de SC, é uma clara medida intimidatória aos trabalhadores às vésperas da campanha salarial 2012, e acontecem há alguns dias após o fim da estabilidade definida no julgamento do dissídio. É uma vergonha que o governo permita esses atos bárbaros contra os trabalhadores de empresas públicas. Exigimos que cesse imediatamente essa política de terror dentro da Dataprev, o fim das demissões e a anulação das demissões já realizadas. É preciso pôr um fim nas práticas antissindicais e de pressão contra os trabalhadores. 

Os sindicatos e entidades dos trabalhadores de todo o país precisam unificar fileiras e dar uma resposta, à altura, às arbitrariedades.

Sindicatos e OLTs que constroem a FNI

Dataprev: Crônica de uma morte anunciada

Texto de Gustavo Dumas, diretor da ANED (Associação Nacional dos Empregados da Dataprev)

Sexta-feira, 23 de março. O funcionário da Dataprev José Augusto Correa Lima, do CPSP, com histórico de problemas de ordem psicossocial, é comunicado de sua demissão por sua chefia imediata, como em outros casos, sem que lhe seja apresentada a motivação para a demissão. Segunda-feira, 26 de março. O funcionário comparece à empresa para tentar conversar e reverter sua demissão e tem impedida sua entrada.

Quarta-feira, 28 de março. A irmã de José Augusto vai a sua residência e se depara com o corpo do irmão já em estado de decomposição, o que indica que a morte fora consumada um tempo antes. Sexta-feira, 30 de março. Num clima de muita tristeza, o corpo de José Augusto é enterrado, em São Paulo.

A causa da morte não foi ainda divulgada e a suspeita é de que o trabalhador possa até ter se suicidado, pois recebeu pessimamente a notícia de sua demissão. Segundo familiares, José Augusto amava e priorizava seu trabalho na Dataprev, às vezes até mesmo em detrimento da família. Qual foi seu prêmio? A demissão, num momento em que o trabalhador enfrentava dificuldades pessoais de conhecimento geral.

Outras fontes dão conta de que a Dataprev pretende ainda demitir mais gente. O critério? A suposta fragilidade da situação profissional do trabalhador, disfarçada de uma crítica pesada ao absenteísmo e de um discurso meritocrata que na prática não se sustenta, como pôde atestar, citando só um exemplo, o caso recente de um concurso interno contratado sem licitação e com diversas formas de desvalorização de quem não possui função de confiança.

A frieza de cálculo e o desprezo pelo ser humano demonstrados pela atual gestão se manifestam também em atos como o esvaziamento por que passam as áreas de medicina do trabalho e assistência social na Dataprev e em sua política de gestão de pessoas. O que precisará mais acontecer para que um mínimo de diálogo e consideração por seus trabalhadores se estabeleça de fato e não em discursos esvaziados por uma prática de gestão desumanizada?

Que a morte de José Augusto, que tanta perplexidade e tristeza causa a todos que acreditamos que a vida de um ser humano não se resume à sua funcionalidade imediata e a um número de matrícula a ser esquecido, sirva para a reflexão e reconsideração do tratamento que a Dataprev tem dispensado a seus trabalhadores. Nada vai trazê-lo de volta para seus amigos e parentes. Mas que sirva de alerta: não podemos aceitar tamanho descaso.

Descanse em paz, José Augusto.

Gustavo Dumas – Diretor da Aned