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FNI - Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática {APOIAM ==> SINDPD/SC; SINDTIC/SE; OLT SERPRO/BA; OLT SERPRO/RJ; OLT Dataprev/SP; OLT Datraprev/RS; OLT SERPRO/RS; SINDPD/RS }

O Que é a FNI

A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Carta de repúdio da OLT Serpro/SC às tratativas sobre os dias parados durante a campanha salarial

A Organização por Local de Trabalho do SERPRO de Santa Catarina(OLT/SC), vem por meio desta, formalizar seu veemente repúdio quanto à forma em que foram conduzidas as negociações de pagamento dos dias parados da negociação coletiva do ACT 2013/2014. 

A OLT de Santa Catarina entende que a discriminação constante da ata da 9a reunião (anexo A) entre SERPRO e FENADADOS datada de 01/10/2013, a qual trata a compensação de horas de forma distinta e prejudicial aos trabalhadores das regionais do SERPRO de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, é uma atitude inadmissível e incompatível com uma Instituição Pública séria e com a importância do SERPRO, bem como com uma entidade representativa que diz ser a representante legítima dos trabalhadores como a FENADADOS. 

Além disso, a postura adotada pelo SERPRO foi traduzida por muitos trabalhadores de Santa Catarina como “assédio moral implícito”, ou como “castigo por não se curvar a FENADADOS”, uma vez que as horas totais das paralisações de Santa Catarina somavam no máximo 22 horas (1320 minutos), tempo este que se considerado apenas 50%, assim como para os demais estados, compreende menos que o fornecido pelo SERPRO (dias 24 e 31 de dezembro, Anexo C) para o recesso de fim de ano. Em adendo a isso, a disponibilização no SISCOP (sistema interno para registros da entrada e saída do trabalho, ou seja, sistema de ponto) do preenchimento do campo “Saldo Desconto Greve” com o tempo correspondente ao tempo integral das paralisações, e com a divulgação do período de compensação, até o dia 29/11/2013 conforme e-mail enviado em 14/10/2013 (Anexo B), foi considerado como uma punição por ser um período curto demais e coincidente com o período de compensação para o recesso de fim de ano (Anexo C). De acordo com o entendimento por parte dos trabalhadores da nota disponibilizada pelo SERPRO em 14/10/2013 (Anexo B), o pagamento das horas não compensadas seria descontada no contracheque de dezembro, disponibilizado em 23/12/2013 (Anexo D), o que não ocorreu. Desta forma não existe nenhum documento assinado ou oficial, como o contracheque, que comprove o tratamento diferenciado dos trabalhadores de Santa Catariana e Rio Grande do Sul e por isso foi considerado por muitos trabalhadores como “assédio moral implícito”. 

Tomando as palavras da Dra. Scheila Ferreira Delpino, Procuradora do Trabalho da Procuradoria Regional do Trabalho da 4a Região, em seu pronunciamento na audiência ocorrida em 09/12/13 (anexo E) entre SERPRO e SINDPPD-RS referente ao escopo desta carta, que disse inicialmente: “O Ministério Público entende inadmissível o tratamento discriminatório a parte dos trabalhadores, e inclusive caracteriza intromissão do empregador na opção/escolha da entidade representativa da categoria. Em última análise, violação do direito assegurado constitucionalmente, de livre associação sindical (art. 8 2 da CF).”, e por fim ainda disse: “...a norma coletiva existe para instituir condições, regras e normas mais benéficas aos trabalhadores, jamais pode instituir uma minoração dos seus direitos”. 

Esperamos portanto, que SERPRO e FENADADOS revejam sua posição e, conforme posicionamento da Procuradoria do Trabalho e em respeito aos trabalhadores do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, alterem a aplicação da deliberação em debate.

Esta carta foi escrita em duas vias de igual forma e teor, uma sendo entregue ao SERPRO e a outra de posse da OLT/SC.

Anexo A: Link da ata da 9a reunião entre SERPRO e FENADADOS datada em 01/10/2013:

Anexo B: E-mail enviado aos funcionários do SERPRO em 14/10/2013 a respeito da compensação das horas de paralisações ocorridas em 2013:



Anexo C: Link para a nota enviado aos funcionários do SERPRO a respeito da compensação para o recesso de fim de ano de 2013:


Anexo D: Link para a nota enviada aos funcionários informando a disponibilidade da prévia do contracheque de dezembro:


Anexo E: Link para a ata ocorrida em 09/12/13 entre SERPRO e SINDPPD-RS na Procuradoria Regional do Trabalho da 4a Região:


Florianópolis, 27 de dezembro de 2013
OLT/SC

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Audiência no MPT sobre as paralisações. Serpro está chamado a rever a discriminação aos trabalhadores

Na manhã de segunda-feira (09/12), aconteceu a primeira audiência no MPT (Ministério Público do Trabalho) sobre a representação do Sindppd/RS relativa ao tratamento diferenciado que o Serpro está aplicando aos trabalhadores do RS e de SC que fizeram as paralisações da campanha salarial em conjunto com outros estados como BA, PA e PE.

CLIQUE AQUI para ver a ata do MPT

A posição registrada em ata pela procuradora do MPT, Sheila Ferreira Delpino, foi muito firme no sentido de caracterizar a posição do Serpro de não conceder o mesmo tratamento dado às outras regionais, de compensar 50% e abonar os outros 50% das horas paralisadas. Ela entende como inadmissível o tratamento discriminatório à parte dos trabalhadores, e inclusive caracteriza intromissão do empregador na opção/escolha da entidade representativa da categoria. A procuradora registra a compreensão de que essa posição do Serpro estaria violando o direito assegurado constitucionalmente, de livre associação sindical (art. 82 da CF).
A leitura da ata é fundamental, pois ela reforça o sentimento que é da ampla maioria dos trabalhadores do Serpro. A empresa ficou de analisar a sua posição e afirmou a possibilidade de repactuar sobre o tema. Esperamos que essa posição da representação do Serpro não seja uma tentativa de postergar sua posição. Até 8 de Janeiro de 2014, quando acontece a nova audiência, esperamos que essa triste discriminação seja revertida.

A procuradora também sugeriu ao Serpro que suspenda qualquer aplicação das medidas previstas na ata da reunião de 01/09/13 entre o Serpro e a Fenadados. Essa ata é a que discrimina os trabalhadores ao exigir a compensação total das horas para os estados não filiados à Fenadados. Lembrando que haverá nova audiência dentro de um mês, em que a empresa ficou de trazer sua posição final.

Sindppd/RS

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Encontro da FNI em 07 e 08/12, em Porto Alegre. União para barrar as traições da Fenadados!


O ano de 2013 foi muito difícil, pois se repetiram os mesmos problemas nas campanhas salariais do Serpro e da Dataprev conduzidas pela Fenadados. Faltou democracia, faltou chamamento à mobilização e sobrou arrogância e relação de parceria com as direções das empresas.  O fato é que tudo piorou em 2013, pois a Fenadados aplicou o golpe de peleguismo mais cruel em relação aos trabalhadores do Serpro de SC e RS, que foram fundamentais na mobilização da categoria em nível nacional, ao fazer a diferenciação do restante dos trabalhadores em relação à compensação das horas paralisadas.

Na Dataprev, a situação não foi diferente. A federação e seus sindicatos fizeram novamente uma pauta de três itens e não construíram a mobilização, para ao final costurar um acordo no TST (Tribunal Superior do Trabalho) que retoma cláusulas do ACT. Embora entendamos também que a  remessa de cláusulas de sentença normativa para o Acordo Coletivo seja positivo, não  podemos concordar que, desde já,  se pactue que determinadas cláusulas poderão ser alteradas ou flexibilizadas. Perguntamos por que foi feito dessa forma, se nossa luta histórica é pela manutenção do que conquistamos e o acréscimo de direitos.

É neste panorama que se insere a realização do encontro da FNI nos dias 07 e 08 de Dezembro em Porto Alegre. Encontro que será fundamental para fazer uma avaliação do ano que passou e traçar as ações para as campanha salariais e outros temas da categoria. E é interessante informar que em 2013 começamos a acompanhar também a campanha salarial dos trabalhadores da empresa BB Tecnologia (Cobra).

Um chamado a todas as OLTs e sindicatos a participar do encontro e ajudar a construir uma nova entidade nacional

A grande maioria dos trabalhadores, especialmente do Serpro e da Dataprev, tem sofrido as consequências das traições da Fenadados e de seus sindicatos, que passaram a ser porta-vozes das direções das empresas e dos governos. Mas o mais importante é sabermos que é possível mudar essa realidade. Podemos dar um passo à frente, no sentido de construir uma alternativa que represente a vontade dos trabalhadores, com total independência das direções das empresas e dos governos. Já temos dois sindicatos desfiliados da Fenadados, SC e RS, mas temos a possibilidade de novas desfiliações.

As OLTs e sindicatos que constroem a FNI convidam a todas as entidades e representações dos trabalhadores que não estão de acordo com as posturas da Fenadados a participarem do encontro no próximo final de semana, pois é preciso unir todos que tiverem concordância da necessidade de fazer uma campanha salarial independente. Queremos unir todos e todas que querem fazer uma nova história nas empresas federais de TI.

Aproveitamos para fazer um chamado aos trabalhadores que fundaram o SINDSERPRO/CE a se somarem nessa construção de uma alternativa dos trabalhadores em nível nacional. Pois se tivermos concordância em apenas um item, a necessidade de uma Campanha Salarial para os trabalhadores e não para as direções das empresas, já teremos muitas coisas em comum.

As OLTs e sindicatos que tiverem interesse em participar do encontro façam contato por meio do BLOG da FNI ou ligando para o Sindppd/RS (51 3213-6100). 

Venha construir, com a gente, um grande encontro da FNI em 07 e 08/12, em Porto Alegre/RS!

Onde foi parar o mérito no processo de promoção?

Mais um ano, mais um ciclo de promoções do PGCS. Deveriam ser promoções por mérito, mas novamente fica evidente que o conceito de “mérito” no SERPRO é turvo e tortuoso. Numa afronta à lógica, empregados guindados à posição de chefia tentam inovar em matéria de Gestão de Pessoas, mostrando incompetência para avaliar os seus subordinados.
 
O primeiro sintoma dessa inabilidade é recorrente (é o segundo ano seguido): as chefias da DESDR aplicam um critério absolutamente deturpado, disfarçado em critério de qualidade, mas que não resiste a um olhar superficial para revelar sua incoerência. Algo que no ano anterior foi chamado “exercício escolha sua equipe” e que neste ano mostrou nome mais pertinente: “os oito mais”. O tal “método” consiste em reunir todos os chefes do Departamento para escolherem “a dedo” 8 entre as 143 pessoas sob regime do PGCS. Para essa tarefa, foi pedido a cada chefe que indicasse 8 pessoas do Departamento que seriam destaques. Como cada chefe convive com cerca de 10 funcionários em sua equipe, voltado durante todo o ano para as suas atividades e para os seus projetos, é claro que se torna humanamente impossível ter uma visão justa do mérito de cada um dos 130 restantes durante o ciclo que se passou. Este fato incontestável não motivou nenhum deles a se declarar inapto para esta escolha. Dessa forma, o critério da escolha individual mostrou-se completamente inadequado por ser personalista e desfocado do centro da questão: o mérito do empregado em um período específico. Assim, as chefias inovam, criando um novo conceito para promoção: o “mérito presumido”. Qualquer um percebe o absurdo deste critério nas suas diversas manifestações: valorizar o marketing pessoal, as relações interpessoais, até mesmo uma imagem de mérito passado, em detrimento do que realmente está sendo avaliado: o desempenho profissional no período.

A segunda evidência, mais ampla que a primeira, pois não ocorre apenas no Departamento de Desenvolvimento, é a realização inevitável do feedback, uma prática que deveria ser constante. Muitas chefias só o fazem por ser uma etapa obrigatória do processo. Além disso, são inúmeros os relatos, em toda regional, de insatisfação acerca do feedback recebido da chefia. Há ainda, por incrível que pareça, empregados que não receberam retorno de sua avaliação. Bem ou mal avaliado, como pode esse empregado evoluir? Se não há feedback, como ele pode ajudar a atingir as metas estabelecidas pela empresa?

A terceira evidência de incapacidade para resolução desta tarefa de construção das listas ordenadas para promoção, está no critério de ordenação dos demais “não agraciados” pela visão olímpica dos “oito mais”: para as vagas distribuídas pelos setores da DESDR concorreriam somente os que passaram pelo menos 8 meses na equipe. Caso contrário, irão para o “fim da fila”, ou seja, praticamente perdem a oportunidade de promoção.

Este “critério” consegue ser ainda mais grosseiro que o primeiro, pelos motivos abaixo:


1. Sua definição ocorreu no momento da ordenação das listas, e não no início do ciclo, como deve ser com qualquer regra que se pretenda justa: ser prévia e conhecida de todos ANTES do jogo iniciar.



2. Torna-se ainda mais absurda quando avaliamos o cenário do Departamento de Desenvolvimento, que foi alvo de uma junção das diversas equipes de desenvolvimento num único departamento regional, há cerca de cinco anos. Entre os motivos alegados para a junção, estava a melhoria da gestão de recursos entre projetos, aumentar a mobilidade.


3. A decisão de realocação não é do funcionário, mas da gerência. Trocando em miúdos, você é penalizado por algo que foge à sua decisão. Pior, é prejudicado por aceitar a determinação de troca de equipe em prol das decisões que melhor atendam ao Departamento (lembre disso no próximo ano quando pedirem sua colaboração em uma nova equipe). Na prática, esses colegas deveriam ser vistos com mais mérito, pois é facilmente realocado o profissional que apresenta versatilidade, disponibilidade, facilidade de aprendizado e adaptação.

Por fim, o mínimo que podemos exigir, além de critérios claros e coerentes com o intuito da promoção por mérito, é a transparência nos resultados, divulgando além da relação dos agraciados, as notas e os critérios usados para cada promoção em todos os Departamentos. A este propósito, somamos a esta crítica, o pedido de transparência também para o documento intitulado “Práticas Essenciais em Gestão de Pessoas”, distribuído pela empresa para orientação aos gerentes, segundo registro do SERPRO em ata de reunião com a Fenadados sobre o processo de promoção por mérito, ocorrida em 21/11. Seria bom termos conhecimento dessas práticas essenciais divulgadas para comparação com os critérios efetivamente praticados. Enfim, não parece ser por falta de informação que esses erros são cometidos.


Errar é humano, mas a decência impõe limites! Recomendamos que se busque humildemente ajuda de profissionais especializados na hora de definir (previamente) os critérios pelos quais vão decidir questões importantes na vida das pessoas. Até quando veremos as chefias brincarem com a vida profissional e com a saúde dos colegas?

Texto retirado do BLOG da OLT Serpro/BA