Componentes da Frente

FNI - Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática {APOIAM ==> SINDPD/SC; SINDTIC/SE; OLT SERPRO/BA; OLT SERPRO/RJ; OLT Dataprev/SP; OLT Datraprev/RS; OLT SERPRO/RS; SINDPD/RS }

O Que é a FNI

A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Campanha em defesa dos trabalhadores e do SERPRO em outdoors no RS



Desde o dia 15 de Dezembro, outdoors espalhados pelas cidades de Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha e Viamão estampam a campanha em defesa do empregos e dos direitos dos trabalhadores e do SERPRO enquanto empresa pública de TI (Tecnologia da Informação). Ao todo, o Sindppd/RS contratou 30 outdoors por duas semanas, permanecendo portanto até esta semana.

Essa ação foi aprovada pelos trabalhadores do SERPRO na assembleia em 9 de Dezembro na Regional Porto Alegre e integra a campanha nacional O Brasil precisa do SERPRO. Os outdoors denunciam a tentativa de desmonte da empresa de TI pelo governo federal e deixa claro que os trabalhadores não irão pagar pela crise financeira no país.

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Outdoor na Coronel Marcos, junto à AABB (zona Sul de Porto Alegre)




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Outdoor na saída da rua Ramiro Barcelos com a Avenida da Legalidade (saída de Porto Alegre)




Além dos outdoors, foram confeccionadas faixas que estão colocadas em frente ao prédio da Regional. O Sindppd/RS e a OLT Serpro/RS, junto com os trabalhadores, também realizaram um importante ato público em defesa da empresa, que contou com o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, em 16 de Dezembro. Veja vídeo do ato neste link: https://www.youtube.com/watch?v=NGTTSKBnBFw&feature=youtu.be



Embora a direção do SERPRO tente minimizar e “tranquilizar” os trabalhadores em relação à fusão com a DATAPREV e a Telebras e/ou ao desmonte da empresa, a campanha irá prosseguir. Afinal, os trabalhadores sabem que é necessário permanecermos vigilantes e atentos, pois a retirada de direitos, demissões e até mesmo a redução do SERPRO pode ocorrer a qualquer momento. E caso aconteça, precisamos estar preparados para resistir!




Abaixo, os endereços onde estiveram os outdoors da campanha em defesa do SERPRO:



Porto Alegre
Av. Bento Gonçalves, esquina Av. João Pessoa
Rua Dr. Alcides Cruz, próximo Av. Protásio Alves
Av. Ipiranga, esq. Av.Antônio de Carvalho
Av. Sertório, próximo entrada Jardim Lindóia
Av. Sertório, próximo BIG – Leroy Merlin
Rua Voluntários da Pátria, esq. R D. Teodora – Arena
Av. Severo Dullius, frente Aeroporto Salgado Filho
Saída R. Ramiro Barcelos c/Av. da Legalidade
Av. Perimetral, frente Largo dos Açorianos
Av. Borges de Medeiros, junto Pça.Itália – F.Pq.Marin
Av. Praia de Belas, frente. R. Botafogo – próximo Shopping
Rua Alter C. Oliveira,esq. Av. Praia de Belas
Av. Juca Batista, próximo esq. Av. da Serraria
Av. Diário de notícias
Av. Icaraí, frente ao Hipódromo
Rod. Mal.Osório – Freeway, próximo Trevo BR 116-Arena
Av. Teresópolis
Av. Sertório, lado 3424, esq. Rua São Gonçalo
Av. Nilo Peçanha, lado Savarauto, próximo Iguatemi
Rua Barros Cassal, em frente à Igreja Pompéia
Av. Oscar Pereira, esq. Rua Florianópolis F.Azenha
Av. Cel. Marcos, ao lado da AABB
Av. Protásio Alves, esquina Rua Ten. Ary Tarragô



Canoas
Av. Guilherme Schell, n.º 8.200 – frente ao Big



Cachoeirinha
Av. Flores da Cunha, próximo Shopping do Vale e Big


Viamão
Av. Sen. Salgado Filho, próximo Supermercado BIG






Notícia retirada do site do Sindppd/RS

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Direção do SERPRO descarta fusão e minimiza redução da empresa. Mas sigamos vigilantes contra qualquer desmonte!


Outdoor da Campanha O Brasil precisa do SERPRO
instalado em Porto Alegre. Crédito: OLT SERPRO/RS 
No dia 16 de Dezembro, em Brasília, aconteceu a segunda reunião com a direção do SERPRO para tratar sobre os assuntos da fusão/
incorporação e ou da redução da empresa.

O presidente Marcos Mazoni e o diretor Antonio João se revezaram nas respostas aos representantes sindicais, os quais levaram para o encontro as preocupações dos trabalhadores. A fusão, segundo eles, teria sido descartada na reunião que tinha ocorrido no dia anterior com o DEST e que contou com a presença das três empresas (SERPRO, DATAPREV e Telebras). Essa reunião definiu um calendário de ações para planejar a otimização de serviços entre as três empresas o que, de acordo com os diretores, poderá trazer uma economia grande.

Em relação ao risco de redução do SERPRO e ao corte de direitos dos trabalhadores, a palavra da empresa é de que neste momento não está colocada essa possibilidade. Mazoni e Antonio João afirmaram que os estudos sobre a redução, os quais serão apresentados ao Conselho Diretor do SERPRO em 25 de Janeiro, serão em "outro sentido".

Muitas perguntas levadas pelos representantes sindicais se relacionaram à situação dos pagamentos dos clientes e descontos nas faturas. O diretor Mazoni afirmou que foi proibida, pelo Conselho, a continuidade dos descontos nas faturas - e que os descontos que ocorreram tinham o sentido de garantir os pagamentos em dia.

No mesmo dia da reunião em Brasília acontecia um grande ato público na Regional Porto Alegre em defesa da empresa e de seus trabalhadores e que contou com importantes representações políticas e sindicais como o prefeito da cidade José Fortunati, Luciana Genro, do PSOL, o presidente da PROCEMPA (empresa de TI da Capital gaúcha), Mario Luis Teza, e sindicalistas da CSP-Conlutas. A diretoria do SERPRO reunida em Brasília foi informada dos acontecimentos.

Outro tema debatido na reunião é a necessidade urgente de discutirmos, na próxima campanha salarial, a manutenção do plano de saúde com o aporte da empresa quando os trabalhadores se aposentam e se desligam do SERPRO. A não existência dessa condição faz com que inúmeros trabalhadores permaneçam na empresa muito além do que gostariam.



Assessores externos e internos e diálogo com TODAS as representações sindicais

Nessa reunião, voltamos a falar dos assessores da diretoria. A empresa já havia informado que os 8 assessores externos seriam desligados porque o ministério cancelou as cedências. Em relação aos internos, nossa opinião é de que também não se justificam, pois o SERPRO tem um número grande de Funções Comissionadas que podem ser ocupadas sem necessidade de nomeação de assessores. Outro tema que preocupa são os altos salários de alguns grupos de funcionários, os quais têm salários de mais de R$ 40 mil e que, somados a créditos eventuais que perduram por vários meses, chegam a ganhar em torno de R$ 70 mil. Acreditamos que valores altíssimos como esses não deveriam ser normais em uma empresa como a nossa - na verdade, em NENHUMA empresa pública.

A representação dos sindicatos da FNI tratou de retomar um tema importante: o respeito e o diálogo com TODAS as entidades sindicais, pois a empresa não pode deixar ninguém de fora em nenhum momento, mas especialmente numa conjuntura como essa. O diálogo aberto e a mais ampla democracia nas relações são fundamentais para avançar nos debates em relação à empresa e também nas questões que afetam a vida dos trabalhadores.



E agora, José?

Acreditamos que apesar de parecer que a tempestade passou devemos ficar em alerta, pois em momentos de crise política e econômica nunca é demais estarmos precavidos para que não nos coloquem na mira novamente. O ministro Joaquim Levy caiu, mas o governo continua o mesmo, bem como o projeto de desmonte das estatais como forma de combater a crise financeira, entre elas os Correios e a Petrobras.

Não há garantias de que o SERPRO e a DATAPREV sejam cartas fora do baralho. Sigamos vigilantes, colegas!




OLTs e sindicatos que constroem a FNI e entidades parceiras

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Campanha O Brasil precisa do SERPRO. Ajude a divulgar!






Vídeo do ato público que aconteceu em Porto Alegre (16/12) em defesa dos empregos e dos direitos dos trabalhadores e do SERPRO enquanto empresa pública de TI. Participaram do ato o prefeito da Capital, José Fortunati, o presidente da PROCEMPA (empresa de TI do município de Porto Alegre), Mario Luis Teza, pela bancada do PSOL na Assembleia Legislativa, Luciana Genro; Deborah Xavier do SIMPA (Sindicato dos Municipários) e pela CSP-Conlutas, Altemir Cozer. Além é claro, dos próprios trabalhadores e do Sindppd/RS Sindicato.

Vídeo feito pelo pessoal do CORRERIA (https://www.facebook.com/CorreriaTV/?...).



Essa não é uma campanha apenas dos trabalhadores do SERPRO do RS, mas sim de todo o país. Ajude a divulgar o vídeo e demais materiais.


A maior empresa de TI do Brasil não vai pagar o preço da 


crise. Trabalhadores do SERPRO contra o desmonte!




OLTs e sindicatos que constroem a FNI e entidades parceiras

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Prefeito de Porto Alegre participa de ato público em defesa do SERPRO e dos trabalhadores






Ato público aconteceu em Porto Alegre e contou com o apoio e a participação do prefeito José Fortunati, do presidente da PROCEMPA, Mario Luis Teza, e da integrante do PSOL Luciana Genro. Sindicalistas e a central sindical e popular CSP-Conlutas reforçaram a luta.


Mas foi a presença massiva dos trabalhadores da Regional Porto Alegre e PSEs que garantiu uma atividade forte e bonita, que chegou até a diretoria do SERPRO e da FENADADOS, que estavam reunidos junto com os sindicatos da FNI em Brasília no mesmo horário. Cerca de 200 colegas da Regional se concentraram em frente ao prédio da empresa para recepcionar os apoiadores e mostrar que vão lutar contra o desmonte do SERPRO. A diretora do Sindppd/RS, Vera Guasso, que estava na reunião em Brasília repassou informes sobre o ato que ocorria em Porto Alegre.





CLIQUE AQUI para ver a galeria de fotos do ato que publicamos no Face do sindicato





O primeiro convidado a falar foi Mario Luis Teza, funcionário do SERPRO e, atualmente, preside a PROCEMPA, empresa de TI do município de Porto Alegre. Teza reforçou que o serviço prestado pelos trabalhadores da empresa não consegue e nem deve ser suprido pela iniciativa privada, pois o SERPRO lida diretamente com dados dos cidadãos brasileiros e com movimentações comerciais e financeiras do governo federal. “A economia que poderia ser feita com a junção das três empresas [Serpro, Dataprev e Telebras] e com a redução dos nossos postos de trabalho não vai reduzir o custo de TI do governo federal. Ao contrário, haverão mais licitações, mais terceirizações e o pior: os sistemas estruturantes do governo vão ter descontinuidade”, analisou.

ato_face_7Teza (ao lado) exemplificou com o que ocorreu no final dos anos 90, quando o governo federal da época, gestão de Fernando Henrique Cardoso, em um processo de desmonte semelhante tentou transformar a empresa em uma consultoria e demitiu centenas de trabalhadores em todo o país. Ele contou que na época os funcionários do SERPRO se mobilizaram contra o sucateamento e alertaram que os dados das empresas privadas que utilizam os sistemas do SERPRO para o comércio exterior poderiam ser vazados para a concorrência. Naquele momento, existiam 500 clientes privados na rede da empresa. “A partir da nossa mobilização, da rejeição das próprias empresas que usavam o SISCOMEX na época, da mobilização sindical e do trabalho parlamentar conseguimos reverter essa tentativa [do governo FHC]”, afirmou.








ato_face_12Luciana Genro (ao lado), integrante do PSOL, representou o deputado estadual Pedro Ruas, que não pôde comparecer ao ato devido a uma audiência pública sobre o direito à moradia que encerrou com repressão da Brigada Militar na parte da manhã no Legislativo gaúcho. Luciana lembrou que várias categorias de trabalhadores de empresas públicas, tanto no âmbito federal quanto no estadual, estão sofrendo ataques por parte dos governos e das forças econômicas. “É pra se fazer ouvidos e para fazer suas vozes valerem que vocês estão aqui hoje nesta mobilização. E é para isso também que a gente traz o nosso apoio, a nossa solidariedade e a garantia de que o PSOL vai estar com vocês nessa luta”.






ato_face_13O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (ao lado), em sua declaração de apoio aos trabalhadores e à manutenção do SERPRO como empresa pública de TI, lembrou que quando foi deputado federal utilizou muito os serviços prestados pelo SERPRO. “Já entrei em contato com a presidente Dilma Rousseff e pedi para que mantenha o SERPRO como ele é e preserve os empregos”. Fortunati também salientou a relação antiga de parceria que existe entre a prefeitura e a empresa. Afinal, há 16 anos o SERPRO, junto com a prefeitura da Capital, a PROCEMPA e organizações sociais da TI e de software livre patrocina e realiza os Fóruns Internacionais (os FISLs).












Solidariedade dos trabalhadores à categoria do SERPRO


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Acima, Deborah Xavier (SIMPA) 



Trabalhadores de outras categorias participaram do ato em apoio aos funcionários do SERPRO. Deborah Xavier, do SIMPA (Sindicato dos Municipários de Porto Alegre) e Altemir Cozer, da central CSP-Conlutas, disseram que a união e a luta são fundamentais para barrar as demissões e a retirada de direitos dos trabalhadores, pois os ataques estão vindo de todos os lados e contra qualquer categoria.




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Altemir Cozer (CSP-Conlutas)









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Por parte dos funcionários da Regional do SERPRO falaram Luis Hugo (acima, à esquerda), trabalhador antigo que enfrentou a tentativa de desmonte no final dos ano 90, e Flávio Garcia (acima, à direita), que é da OLT e trabalha na empresa há 11 anos. “Estamos na luta por nós e pelos próximos trabalhadores que virão à empresa”, defendeu Luis Hugo.







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Hilda Dobal (ao lado), PSE do SERPRO na Receita Federal e diretora do Sindppd/RS, denunciou a desvalorização salarial e a diferença de tratamento dado aos PSEs em relação aos demais trabalhadores do SERPRO. “Se houver demissão, com certeza nós seremos os primeiros”, alertou os demais colegas.





















Diretores do Sindppd/RS que são trabalhadores de outras empresas da nossa categoria também participaram do ato, levando o apoio dos seus colegas ao SERPRO. Foram eles: Ormar Rosa, da PROCERGS, Irineu Devincenzi, da BB Tecnologia, e Carlos Osório, da PROCEMPA.


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O ato público encerrou com um “abraço” no prédio da Regional







Campanha O Brasil precisa do SERPRO prossegue no RS


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Esse ato na Regional Porto Alegre integrou a campanha nacional O Brasil precisa do SERPRO, organizada conjuntamente pelos sindicatos de todo o país, a FNI e entidades parceiras e a FENADADOS.

Mais ações da campanha, que foram deliberadas na assembleia da semana passada na Regional Porto Alegre, são efetivadas pelo Sindppd/RS, pela OLT e pelos trabalhadores. A partir dessa quarta-feira (16/12), 30 outdoors com a arte da campanha estão sendo colados por toda a cidade.

Também estamos fazendo um vídeo desse ato público com a contribuição e a parceria do pessoal do CORRERIA, que deverá ficar pronto em breve. Assim que estiver finalizado iremos divulgar aqui no site e nas redes sociais.

Pedimos, desde já, a ajuda dos colegas do SERPRO do RS e também de todo o país para divulgar o vídeo na internet e as demais ações. E também estimulamos os outros estados que façam atividades e efetivem a campanha da forma que conseguirem. Afinal, a luta é de todos nós e, quanto mais formos, teremos mais força para resistir a esse e outros ataques que virão!





O que é o SERPRO



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O SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados) é uma empresa pública de TI (Tecnologia da Informação) ligada ao governo federal e vinculada ao Ministério da Fazenda. A empresa possui hoje 11 (onze) Regionais (Porto Alegre é uma delas) e escritórios de serviços nas diversas capitais brasileiras, totalizando 10 mil trabalhadores em todo o país. Apenas no RS, o SERPRO contabiliza cerca de 500 trabalhadores lotados na Regional Porto Alegre e cedidos na Receita Federal na capital gaúcha e nas diversas delegacias da Receita Federal pelo interior do estado.

O SERPRO é a maior empresa de TI do Brasil, tanto no setor público quanto no setor privado. Parte dos serviços dos sistemas de TI criados e mantidos pelos trabalhadores do SERPRO são para o Ministério da Fazenda e a Receita Federal: o sistema do Imposto de Renda para Pessoa Física (IRPF) e para Pessoa Jurídica (IRPJ), Sistema do Imposto Territorial Rural (ITR), SISCOMEX (Sistemas de Comércio Exterior) e sistemas das compras governamentais. O SERPRO também atua em outros setores da Administração governamental, como o sistema de emissão de PASSAPORTES (inclusive no exterior) e o Sistema EXPRESSO de e-mails nos órgãos e ministérios do governo federal.




OLT Serpro/RS e Sindppd/RS


* Notícia retirada do site do Sindppd/RS

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

DESMONTE DO SERPRO: Sindicatos da FNI participam da reunião com presidente Mazoni. A luta em defesa da empresa tem que se massificar!



A reunião ocorreu na sexta-feira (11/12 - foto abaixo) e teve como pautas o assunto da fusão entre SERPRO, DATAPREV e Telebras, que vem sendo divulgado na mídia, e o risco de desmonte da empresa por meio do fechamento de Regionais e de escritórios e de outras medidas que atacam os direitos dos trabalhadores.

Foi uma reunião longa, em que o presidente da empresa refutou o fechamento de Regionais; ao contrário das notícias que circulam, ele disse que gostaria de abrir mais uma unidade do SERPRO em Manaus (AM). Também negou que esteja em discussão, no SERPRO, a possibilidade de fusão entre a empresa, a DATAPREV e a Telebras.

Ao mesmo tempo, Mazoni disse que existe um debate com as empresas no sentido de otimizar os serviços e custos, integrando cada vez mais os sistemas entre o SERPRO e a DATAPREV. Ele também cogita colocar a empresa a prestar serviços para a iniciativa privada.

O que o presidente Mazoni confirmou é que está decidida a devolução dos CCs externos devido a uma medida do Ministério da Fazenda, que não irá renovar as cedências. Vale lembrar que a FNI e as entidades parceiras sempre denunciaram como um absurdo a existência dos assessores externos e também dos internos, os quais devem prosseguir na empresa, segundo relatos do próprio presidente e do diretor Antonio João. Já vão tarde. 

Os diretores do SERPRO também reconheceram que circulam documentos sobre a fusão em órgãos do governo e o fato de que dentro do Conselho Diretor da empresa foi solicitado um estudo sobre a redução do tamanho do SERPRO e de alguns direitos dos trabalhadores.

Nessa reunião, os sindicatos da FNI lembraram ao presidente que os trabalhadores e alguns sindicatos vêm denunciando, há anos, a preocupação com os balanços negativos, o não pagamento pela prestação de serviços feitos a alguns clientes, o recorrente aporte de recursos ao SERPRO, a enorme quantidade de cargos de confiança e o alto custo dos assessores como fatores de fragilização da empresa.




Em defesa dos trabalhadores, dos direitos deles e da empresa!

Ao olhar para o lado e ver o que está acontecendo com as demais empresas públicas estatais como os Correios, a Petrobras e agora também a DATAPREV podemos constatar que o SERPRO não ficará de fora dos planos do governo de ataque às empresas. Haverá nova reunião com a direção do SERPRO e as representações dos trabalhadores nesta quarta-feira (16/12), às 14h, pois um dia antes, terça-feira dia 15 de Dezembro, acontecerá um encontro das três empresas (SERPRO, DATAPREV e Eletrobras). De acordo com a diretoria do SERPRO, desta reunião do dia 15/12 deverá ser encaminhado um documento sobre o que está em debate em relação à situação das empresas.

Na DATAPREV, está em curso uma tentativa de “exportar” uma parcela dos trabalhadores que tem o cargo de assistente e aposentados para outros órgãos do governo. No entanto, os que quiserem ser transferidos terão perdas salariais e correm o risco de serem demitidos. É uma situação gravíssima para os colegas.



Precisamos lutar contra a possibilidade de desmonte do SERPRO agora

Precisamos prosseguir com a UNIÃO construída na greve e expandi-la ainda mais para defender nossos empregos, nossos direitos e a empresa. Não podemos nos enganar e achar que não seremos atingidos. Precisamos nos antecipar a qualquer tentativa de desmonte, seja no SERPRO, seja na DATAPREV, porque os projetos estão conectados.

O sindicato do RS levou, na reunião do dia 11 de Dezembro, propostas de ações deliberadas na assembleia dos trabalhadores do dia 9/12 em Porto Alegre. Essas propostas foram complementadas com alguns itens que já haviam sido discutidos no Conselho Diretor da FENADADOS.

A plenária da FNI e entidades parceiras que aconteceu nesse final de semana (12 e 13/12) em São Paulo também discutiu esse tema. Os trabalhadores presentes na plenária entendem que é necessário começar, para já, a construir uma campanha conjunta em defesa das duas empresas.




Encaminhamentos conjuntos da reunião de 11/12 entre os sindicatos do RS e de SC com a FENADADOS e seus sindicatos:

Nome da campanha: O Brasil precisa do SERPRO


# Faixas na frente das regionais em defesa dos trabalhadores e da empresa
# Atos e/ou assembleias no dia 18/12 na porta das Regionais
# Participação na reunião do dia 16/12 com a direção da empresa






Ações deliberadas na assembleia dos trabalhadores do SERPRO no RS que já estão em andamento:


# Vários outdoors espalhados em Porto Alegre e cidades da região metropolitana

# Construção de um manifesto e de um dossiê sobre o SERPRO

#  Faixas em frente à Regional POA

# Apedido para ser publicado em jornal de circulação nacional denunciando a tentativa de desmonte do SERPRO e em defesa da empresa

#  Preparar campanha com o mesmo tom do apedido para outdoors em Porto Alegre e emissoras de rádio da Capital (com abrangência no interior gaúcho)

# ATO PÚBLICO no dia 16/12 (nesta quarta-feira) em frente à Regional Porto Alegre, com a presença de parlamentares que apoiam a manutenção da empresa.

# Preparar um grande ato público em Brasília em Janeiro/16 com os demais sindicatos e a FENADADOS

# Atualizar as informações sobre a sindicância no SERPROS e o tamanho do rombo, para inserir este assunto extremamente importante nessa campanha 




OLTs e sindicatos que constroem a FNI e entidades parceiras


Sindicatos da FNI querem participar da reunião sobre os cedidos da DATAPREV à AGU



Os sindicatos do RS, de SC e de AL da FNI enviaram, nesta segunda-feira (14/12), ofício à direção da FENADADOS afirmando que querem participar da reunião que ocorre amanhã (15/12) em Brasília para tratar da cedência de trabalhadores da DATAPREV à AGU (Advocacia Geral da União). O encontro acontecerá às 10h no Rio de Janeiro e irão participar a federação e seus sindicatos filiados e a direção da empresa. Os sindicatos da FNI, que representam os trabalhadores da DATAPREV de seus estados, não foram convidados até o momento.

No documento, os sindicatos ressaltam a necessidade de unidade entre TODAS as representações dos trabalhadores contra as tentativas de ataques aos trabalhadores e aos direitos deles pelas direções das empresas. Os sindicatos lembram que, no SERPRO, a federação agiu corretamente ao chamar todas as representações dos trabalhadores para terem mais informações sobre os rumores de fusão e de desmonte que rondam a empresa e os seus trabalhadores.

Pois na DATAPREV, colocam os sindicatos da FNI, não deve ser diferente, pois a empresa também está envolvida nessas notícias divulgadas na mídia sobre a fusão e vem praticando demissões e medidas nebulosas, como esta de ceder funcionários à AGU.

Veja abaixo o documento enviado à FENADADOS. Estamos aguardando um posicionamento da federação. Excluir os sindicatos do RS, de SC e de AL apenas enfraquece a luta e contraria a necessidade de unidade para lutar!















Sindppd/RS, Sindpd/SC e Sindpd/AL


domingo, 13 de dezembro de 2015

6ª Plenária Nacional da FNI: Juntar as forças das mobilizações e greves de 2015 para as próximas lutas que virão






Trinta e cinco trabalhadores do SERPRO, da DATAPREV e da BB Tecnologia e integrantes da assessoria jurídica estiveram presentes no primeiro dia da 6ª Plenária Nacional da FNI e Entidades Parceiras. O encontro acontece neste final de semana em São Paulo. Participam representantes dos sindicatos do RS, SC, AL e da BA; das OLTs do SERPRO do RS, SC, SP, RJ, Brasília, BA e CE; das OLTs da DATAPREV de SC, PB, AL e CE; e trabalhadores da BB Tecnologia do RS e de AL. Colegas da DATAPREV do RJ e de SP, do SERPRO do PR e o sindicato de SE não puderam comparecer por motivos pessoais, mas expressaram seu apoio à plenária e reafirmaram seus compromissos na construção dessa alternativa de luta.

Este primeiro dia foi bastante movimentado e polêmico. Na primeira parte do encontro, teve o debate sobre a conjuntura do país, que ficou concentrado no que os trabalhadores classificaram de projeto de desmonte das empresas públicas. Após o almoço, os presentes fizeram um balanço das campanhas salariais deste ano e abordaram, especificamente, o projeto de desmonte no SERPRO e na DATAPREV.

No final do dia, cada estado apresentou suas propostas de alterações ou de inclusões de pautas para as campanhas salariais. O centro das reivindicações para SERPRO e DATAPREV é a defesa dos trabalhadores, de seus empregos e da empresa, a recomposição dos salários e dos benefícios, a jornada única de 6h e a garantia de participação nas mesas de negociação.











O projeto de desmonte não é somente no SERPRO ou na DATAPREV: é contra todas as empresas públicas


A participação de Geraldinho, trabalhador dos CORREIOS em São Paulo, diretor da FENTECT e integrante da CSP-Conlutas, mostrou que a tentativa de desmonte não se restringe apenas às empresas federais de TI. É um ataque à grande parte das empresas e dos trabalhadores públicos federais.

Geraldinho relatou brevemente a situação enfrentada pelos trabalhadores dos CORREIOS. Alegando a crise financeira e as perdas de ganhos dos CORREIOS, a direção da empresa quer alterar o ACT (Acordo Coletivo) recém assinado, a fim de arrochar ainda mais os trabalhadores. O fundo de pensão dos trabalhadores dos CORREIOS, chamado POSTALIS, está em dívida devido à má gestão e fraudes - e existe a proposta, pela direção da empresa, de que os funcionários paguem por esse rombo.

Agências e postos vêm sendo fechados e o governo Dilma Rousseff, no ano passado, efetivou o CorreiosPAR*, empresa subsidiária que permitirá que a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) expanda sua atuação em outros ramos, por meio da compra e de sociedade com grupos privados. Ou seja, é forma velada para a população e os trabalhadores, mas bastante concreta de privatizar os CORREIOS, a exemplo do que foi feito nos leilões dos poços da PETROBRAS e da privatização dos aeroportos. Para que o CorreiosPAR começasse a funcionar, foi aprovado pelo Conselho de Administração da ETC um aporte de R$ 300 milhões, valor que foi retirado do caixa dos próprios CORREIOS. Para os trabalhadores ficam os baixos salários e o arrocho porque a empresa "não tem dinheiro", mas em se tratando do CorreiosPAR o problema da falta de verba foi rapidamente resolvido.




Na dureza da resistência contra a perda de direitos, Geraldinho relatou que nos CORREIOS tem sido muito importante a UNIDADE DOS TRABALHADORES. Na categoria também existe uma federação de sindicatos ligados à CUT, que é a FENTECT, alinhada ao governo federal, e uma Oposição (da qual ele faz parte) que, junto com os trabalhadores, estão lutando pelas conquistas da categoria. "Nós, trabalhadores, não podemos pagar essa conta da crise", defendeu.

No entanto, o desmonte da empresa não se dá apenas pelo viés econômico, mas também político. Somente nos CORREIOS, foram colocados em postos de chefia cerca de 800 sindicalistas. Cargos de direção são ocupados por pessoas externas à empresa, que sequer conhecem os CORREIOS e a sua administração; elas são alocadas como forma de barganha política e de troca entre compadres políticos.

Com o fim de um ciclo de governos do PT e os acordos que fizeram com o grande capital, a pressão contra os trabalhadores deverá ser aprofundada ainda mais e há grandes riscos de que as empresas públicas sejam desmontadas. Cada vez mais se faz necessário lutar contra tudo isso.





Em 2015, união dos trabalhadores garantiu mobilizações e greves, com a cara de cada estado do Brasil


O balanço das campanhas salariais do SERPRO, da DATAPREV e da BB Tecnologia foi bastante complexa, refletindo a diversidade dos movimentos feitos pelos trabalhadores. Em comum às três empresas, este ano se tornou simbólico com a participação ativa dos sindicatos da FNI na conciliação dos dissídios do SERPRO, da DATAPREV e da BB Tecnologia. A presença desses sindicatos como assistentes junto ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) gerou mais confiança aos trabalhadores, que sentiram suas reivindicações serem representadas. Por meio da brecha aberta por esses sindicatos, diversas OLTs e trabalhadores de base puderam também participar das audiências. Pela primeira vez neste ano, os sindicatos da FNI (RS, SC e AL) assinaram os acordos coletivos do Serpro e da BB Tecnologia. Não é à toa que a FENADADOS quer cassar, de toda forma, a decisão do TST que garante a participação das entidades nas mesas de negociação do SERPRO: é porque realmente incomodamos e ameaçamos a federação, que na prática não tem representando os anseios dos trabalhadores.


No SERPRO, as representações nas plenárias ressaltaram a importância de ter sido construído um calendário progressivo de mobilizações, iniciando por atividades curtas, passando pelos protestos em formato de jornada única de 5h (JU5h) com paralisações de 3h e culminando com as greves. Esse calendário passo a passo permitiu juntar forças nos estados e mobilizar os trabalhadores, resultando nas atividades sincronizadas conseguidas nas 11 Regionais e alguns escritórios. A pauta da jornada de trabalho de 6h sem redução dos salários foi destaque na campanha salarial, pois além de ser uma reivindicação justa e possível também funcionou como "faísca" para incentivar os trabalhadores a participarem das atividades. Essa pauta ainda ajudou OLTs e sindicatos a dialogarem com diversos trabalhadores com os quais não tinham contato, especialmente PSEs da Receita Federal e cedidos a outros órgãos do governo federal.






Os participantes da plenária da FNI e entidades parceiras trouxeram o sentimento de que, de forma geral, os colegas de seus estados consideraram o resultado obtido com a greve uma vitória. Embora não se tenha conseguido a reposição integral da inflação nos salários, a conquista dos 7% de reajuste salarial somente foi obtida pela organização e pela forte mobilização dos trabalhadores. Afinal, se dependesse da direção do SERPRO e da própria FENADADOS, o Acordo teria sido fechado com 5,5% de reajuste e para mais de um ano. Outro pedido feito pelos colegas de base e trazidos para a plenária é que a campanha salarial inicie logo e com força, para que o Acordo seja fechado antes do final do ano.

Diversos estados colocaram que a entrada de São Paulo na greve foi fundamental, pois os trabalhadores sempre questionaram, em anos anteriores, a não participação de uma das principais regionais da empresa nos movimentos nacionais. A forte greve em Brasília também constou como um fator incentivador para a adesão à paralisação nas demais Regionais. Especificamente em Brasília, o representante da OLT, Luiz Carlos Ferreira (Luizinho), destacou a participação das mulheres na greve. "Foram elas que tiveram a iniciativa de montar os piquetes desde o início da greve, de fazer os textos, de chamar os demais colegas", relatou.





Na DATAPREV, os participantes da plenária lamentaram pelo fato de que justamente não teve uma campanha salarial forte e com mobilizações nacionais. Sem ser organizada qualquer atividade de pressão ou de mobilização dos trabalhadores, a FENADADOS levou a dissídio no TST em que foi conseguida a reposição integral da inflação (IPCA – 8,17%) nos salários e nos benefícios. No entanto, os retroativos à data-base foram parcelados em 3x, que terminarão de serem pagos em Dezembro/2016 e sem qualquer correção de juros ou de multa aos trabalhadores. Assim como no SERPRO, na DATAPREV paira a preocupação de desmonte da empresa e em relação à medida, que já está sendo efetivada, de ceder trabalhadores para a AGU (Advocacia Geral da União) por 12 meses sem garantias. Os trabalhadores também enfrentam o PDI (Programa de Demissão Incentivada) e, há 5 anos, a política da demissão de aposentados. Fica o desafio de a FNI e entidades parceiras expandirem suas atuações junto aos trabalhadores da empresa. 





Os trabalhadores da BB Tecnologia e os sindicatos avaliaram que a greve esteve bastante forte e foi, justamente por isso, que a categoria conseguiu fechar o Acordo Coletivo de forma rápida. Também devido à greve é que os trabalhadores desmontaram a proposta da empresa de reajuste salarial de 4% e conquistaram 7% de reposição nos salários na conciliação do TST (para a data-base da empresa a inflação pelo IPCA fechou em 7,49%). Mas ficou sem solução uma importante reivindicação, a redução dos altos custos do plano de saúde.










Reunião com a direção do SERPRO e a FENADADOS sobre o desmonte da empresa

Após o balanço, Lucia Helena Bernardes (do Sindados/BA), Ronaldo Gariglio (Sindpd/SC) e Vera Guasso (Sindppd/RS) repassaram informes sobre a reunião que aconteceu na sexta-feira (11/12) em Brasília para tratar dos rumores sobre o projeto de redução drástica da empresa, que está sendo debatido no Conselho Diretor. Participaram representações sindicais de todo o país, a FENADADOS e a diretoria do SERPRO, incluindo o presidente Marcos Mazoni.

Foi uma reunião longa, em que o presidente da empresa refutou o fechamento de Regionais; ao contrário das notícias que circulam, ele disse que queria abrir mais uma unidade do SERPRO em Manaus (AM). Também negou a possibilidade de fusão entre a empresa, a DATAPREV e a Telebras, aproveitando a situação para divulgar o que fez de positivo, de acordo com ele, em sua gestão.









Ao mesmo tempo, Mazoni disse que é necessário otimizar os serviços entre SERPRO, DATAPREV e Telebras, integrando cada vez mais os sistemas entre as empresas, e cogita colocar o SERPRO a prestar serviços para a iniciativa privada. Ele falou na devolução dos CCs externos – o que a FNI e as entidades parceiras sempre denunciaram como um absurdo que existam, com seus altíssimos salários.

Está claro o projeto de desmonte do SERPRO do governo federal. Embora o presidente Mazoni queira passar um sentimento de tranquilidade, todas as informações que circulam até agora tratam das possibilidades de fusão entre as empresas e/ou do desmanche do SERPRO. Ao olhar para o lado e vermos o que está ocorrendo nas demais empresas públicas, constatamos que o SERPRO e a DATAPREV possivelmente não ficarão de fora dessa política de desmonte.



Precisamos prosseguir com a UNIÃO construída na greve do SERPRO e nas campanhas salariais da DATAPREV entre os trabalhadores e expandi-la entre todas as entidades sindicais para defender nossos empregos, nossos direitos e a sustentabilidade das empresas. Precisamos nos antecipar a qualquer tentativa de desmonte seja no SERPRO, seja na DATAPREV.

Nesse sentido, a plenária da FNI e entidades parceiras passou a discutir os eixos da campanha salarial e a construir uma campanha conjunta em defesa das duas empresas. Durante o domingo, deverão ser encaminhadas as propostas. 




Sindicatos e OLTs que constroem a FNI e entidades parceiras





* CorreiosPAR: desdobramento da Medida Provisória 532/2011 aprovada no governo Lula, mas efetivado em 2014 pelo governo Dilma. Consiste numa empresa privada que servirá como subsidiária para que a ECT expanda sua atuação em outros ramos, através da compra e de sociedade com grupos privados. Apesar de estar submetida a Estatal e de ser financiada com dinheiro dos Correios, essa empresa vai operar com as regras da iniciativa privada. As contratações dos trabalhadores não serão por concurso público e os lucros serão apropriados pelo viés privado. As organizações dos trabalhadores estimam que essa empresa atue nos setores mais lucrativos, como logística, banco postal, telefonia, com grande possibilidade de transferência de áreas que hoje são dos Correios, como as encomendas. Apenas o setor de cartas e telegramas continuará como monopólio da ECT.


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Regional Porto Alegre inicia Campanha em Defesa do SERPRO




Uma grande assembleia com trabalhadores da Regional Porto Alegre e PSEs da Receita Federal nessa quarta-feira (9/12), em frente à empresa, debateu as notícias sobre o desmonte do SERPRO e encaminhou possíveis ações. Contamos com a presença de uma colega aposentada de Santana do Livramento, que relatou as dificuldades dos colegas que trabalham no interior do estado.
Diretores do Sindppd/RS repassaram as informações que chegaram até o sindicato sobre a drástica redução que está sendo estudada no Conselho Diretor da empresa. As notícias que temos é de que esse desmonte se daria via diminuição das FCTs, das GFCs e de diretorias e pelo FECHAMENTO DE REGIONAIS E DE ESCRITÓRIOS. Está marcada uma reunião nesta sexta-feira (11/12) entre a direção do SERPRO e a FENADADOS para tratar do assunto, para a qual os sindicatos da FNI (RS, SC e AL) foram convidados e estarão presentes.
Integrantes do Sindppd/RS e os trabalhadores do SERPRO e PSEs ressaltaram que o momento é de unir de todo o esforço possível no Brasil a fim de denunciar essa tentativa de desmonte e  de defender a empresa e os serviços de TI de qualidade prestados por ela. Os colegas defenderam a importância das Regionais e Escritórios do SERPRO, dos trabalhadores PSEs e dos lotados em unidades da Receita Federal/ Ministério da Fazenda e outros órgão do governo federal fazerem ações e atos conjuntos para termos mais força.
Está claro, para quem participou da assembleia, que apenas TODOS JUNTOS, tanto aqui na Regional Porto Alegre quanto em outros estados, conseguiremos impedir o sucateamento da empresa e qualquer prejuízo aos trabalhadores. Embora as informações sejam bastante escassas e não saibamos exatamente o que o Conselho Diretor está planejando, precisamos nos antecipar a qualquer tentativa de perdas de direitos e de demissões.


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A colega aposentada de Santana do Livramento (RS), foto acima à esquerda, que estava na assembleia aproveitou a ocasião para reclamar do tratamento dado pelo SERPRO e pela Receita Federal aos trabalhadores do interior e PSEs. Ela ressaltou a necessidade de o sindicato e os trabalhadores da Regional Porto Alegre estarem em contato com os colegas do interior, repassando informações e mantendo-os atualizados. Também sugeriu que algumas atividades da campanha em defesa do SERPRO sejam feitas em sextas-feiras, para que os colegas possam se deslocar para a Capital a fim de participar. “O terrorismo feito aos colegas do interior e PSEs é tão grande quanto o enfrentado aqui”, afirmou.



Deliberações da assembleia dessa quarta-feira (9/12) para a Campanha em Defesa do SERPRO:


# Faixas em frente à Regional POA

# Apedido para ser publicado em jornal de circulação nacional denunciando a tentativa de desmonte do SERPRO e em defesa da empresa

# Preparar campanha com o mesmo tom do apedido para outdoors em Porto Alegre e emissoras de rádio da Capital (com abrangência no interior gaúcho)

# ATO PÚBLICO no dia 16/12 (próxima quarta-feira) em frente à Regional Porto Alegre, com a presença de parlamentares que apoiem a manutenção da empresa. Em um contato preliminar com parlamentares, a atividade está tendendo a ocorrer na PARTE DA TARDE. Este ato público foi bastante debatido na assembleia, sendo aprovado por UNANIMIDADE dos presentes. Portanto, a presença de todos e de todas para que seja um ato de peso e importante para a nossa luta é fundamental. É preciso ter comprometimento, colegas! E convidem desde já tod@s @s trabalhador@s que puderem! OBS.: O Sindppd/RS tentará articular que outros estados façam atos semelhantes neste mesmo dia

# Organizar um dossiê sobre a importância do SERPRO e dos serviços prestados pela empresa e por seus trabalhadores ao país. A ideia é divulgá-lo na mídia, no Congresso Nacional e em demais espaços possíveis, a fim de fazer com que o SERPRO seja conhecido pela população

# Preparar um grande ato público em Brasília em Janeiro/16 com os demais sindicatos e a FENADADOS

# Atualizar as informações sobre a sindicância no SERPROS e o tamanho do rombo, para inserir este assunto extremamente importante nessa campanha







Trabalhadores se mobilizaram nos Anos 90 e impediram desmonte do SERPRO. Vamos à luta novamente!

Diretores do Sindppd/RS e colegas mais antigos da Regional relembraram, na assembleia, o processo de desmonte enfrentado pelos trabalhadores do SERPRO nos anos de 1998 e 1999. Naquela época, a direção da empresa e o governo federal tentaram efetivar o projeto de transformar o SERPRO em uma consultoria de TI, terceirizando serviços e reduzindo o quadro funcional.
A forte luta dos trabalhadores, que contou com protestos nos estados e mobilizações nacionais até mesmo no Congresso em Brasília, impediu o fechamento das Regionais (já existiam as 10). Mesmo assim, ocorreram demissões e terceirizações de alguns serviços de TI.
O colega Ismael de Oliveira, da Regional Porto Alegre, foi um dos afetados por esse projeto e relatou brevemente na assembleia dessa quarta-feira. Emocionado, Ismael contou que na época o SERPRO Regional Porto Alegre terceirizou o serviço da RAIS para a TI da metalúrgica GERDAU. Ele foi demitido da empresa e acabou sendo contratado pela GERDAU para prosseguir trabalhando neste sistema – ou seja, para fazer trabalho semelhante que desempenhava no SERPRO. Felizmente devido a um trabalho político/jurídico do sindicato, ele e outros colegas conseguiram retornar à empresa.
A terceirização da RAIS deu tão errado que, anos mais tarde, a direção do SERPRO retomou o serviço para seu corpo funcional. Ismael foi readmitido logo em seguida, mas outros colegas só retornaram anos mais tarde por meio da Campanha dos Anistiados, outra grande luta, com bastante vitórias, travada pelos trabalhadores da empresa.
Os gestores, presidentes da empresa e governo passam, mas quem fica realmente são os trabalhadores e o SERPRO. Portanto colegas, não vamos esperar por milagres e uma possível boa vontade da direção da empresa e do governo. Façamos nós a nossa própria história.







Vêm pra luta, colegas!