Não é novidade que a proposta do Serpro tem importantes perdas para os trabalhadores,começar pela troca de índices, pois o INPC dos últimos dois anos é bem
menor que o IPCA. A reposição seria de somente metade do INPC, não está
previsto retroatividade para os 2% para a data base 2017 e também não
haveria impacto nos benefícios como tíquete, auxílio creche etc. Com todos estes impactos negativos somente na questão da reposição salarial, a indignação dos trabalhadores foi grande.
Ainda
tem a redução aos níveis da CLT para a hora extra e adicional noturno,
além da quitação das verbas trabalhistas para quem sair no APA. Vale
lembrar também que os trabalhadores ficaram um ano sem poder transformar
em pecúnia a licença-prêmio.
É bastante simples para qualquer trabalhador(a) verificar que ao aceitar a última proposta da empresa a economia da mesma seria muito
grande, enquanto para os trabalhadores o impacto negativo é inversamente proporcional.
Todos
estes elementos, mais o fato de que pela primeira vez na história
completamos um ano sem acordo coletivo ampliou a indignação dos colegas e
resultou em grandes assembleias em todo o país que votaram pela
REJEIÇÃO da proposta da empresa. Nas regionais, de 9 estados que realizaram
assembleia, a ampla maioria, BA, RJ, MG, RS, SC e DF rejeitaram, nos
escritórios também a rejeição predominou. A direção da empresa precisa
fazer uma avaliação deste cenário e as motivações para este RETUMBANTE
NÃO dado pelos trabalhadores.
Por
outro lado a direção da empresa precisa parar de colocar na conta dos
trabalhadores tantas perdas se utilizando do argumento das dificuldades
financeiras. A ameaça do fim da desoneração da folha e a necessidade de
novos cortes continua a pairar, o discurso dos balanços
negativos/prejuízos acumulados continuam, mas é sabido que os balanços
negativos são para o exercício e não para todo o sempre. A empresa
deveria falar dos pontos positivos, por exemplo do julgamento favorável
ao Serpro no STF sobre o pedido de isenção de ICMS, dentre tantos outros
temas.
As representações sindicais devem REAFIRMAR À MESA do dia 10, apresentar contraproposta e organizar PARALISAÇÃO neste dia
Dado
o fato da rejeição da proposta da empresa, mais do que nunca se faz
necessário que as representações sindicais tomem medidas urgentes. A
primeira delas é buscar garantir com a empresa a reunião agendada para o dia 10 de maio, para que sejam retomadas as negociações.
Junto com a reunião é fundamental apresentar contraproposta para a empresa. Já foi aprovada em algumas das assembleias tais como DF, RS, BA, SC entre
outras. A contraproposta tem como base a recomposição dos salários e
benefícios de 2017 e 2018 pelo IPCA e flexibilização dos valores da hora
extra pelo período de um ano, com validade até abril de 2019. Junto com
a contraproposta é preciso imediatamente convocar os trabalhadores
para a PARALISAÇÃO. Várias assembleias indicaram o dia 10 como dia
nacional de paralisação, tais como o RS, BA e RJ. Precisamos preparar um grande dia nacional de paralisação. Além da
importância de buscar a negociação não podemos esquecer que muitos
trabalhadores já não acreditam nesta possibilidade e alguns estados já
deliberaram por ir para o TST. A estes, dizemos que a mediação no TST não
está descartada se a empresa não mostrar interesse em atender os trabalhadores.
Nosso Pré Acordo de abril de 2017 permanece vigente
Estamos
em plena vigência do pré acordo, assinado em abril de 2017 por este
motivo não é momento de precipitações, apesar da empresa, ter lançado
uma nota na sexta-feira, início da noite, onde solicita a assinatura de
novo pré acordo com validade de 30 dias. O fundamental agora é jogar
força na mobilização e pressionar pela negociação para o mais
breve possível termos um acordo coletivo assinado.
Estamos há mais de um ano num grande impasse e não podemos permanecer neste desgaste por mais tempo. Não é bom para a nossa empresa e para o conjunto dos trabalhadores, é preciso demonstrar isso nos próximos dias. Os trabalhadores precisam demonstrar sua insatisfação, e no dia 10 de maio paralisar em TODAS as regionais e em TODOS os escritórios, pois somos todos parte da empresa, não podemos deixar para poucos uma luta que é de todos nós.
Estamos há mais de um ano num grande impasse e não podemos permanecer neste desgaste por mais tempo. Não é bom para a nossa empresa e para o conjunto dos trabalhadores, é preciso demonstrar isso nos próximos dias. Os trabalhadores precisam demonstrar sua insatisfação, e no dia 10 de maio paralisar em TODAS as regionais e em TODOS os escritórios, pois somos todos parte da empresa, não podemos deixar para poucos uma luta que é de todos nós.
Sindicatos e OLTs que constroem a FNI
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