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A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Mesa de negociação com o SERPRO: respostas óbvias e nenhum avanço


Nos dias 5 e 6 de Julho, aconteceu a segunda mesa de negociação com a direção do SERPRO em Brasília. A empresa, que tinha apresentado, em reunião anterior, a renovação de 14 cláusulas do atual ACT (nas quais não havia proposta de alteração por parte dos trabalhadores), nesses dois dias de reunião trouxe resposta para um conjunto de cláusulas sociais e sindicais. Não ocorreu apresentação de nenhum avanço.

CLIQUE AQUI para ver a ata

Uma das cláusulas importantes neste novo cenário de retirada de direitos foi o tema das terceirizações. A empresa NÃO ACEITOU a reivindicação de não terceirizar a área fim.

Sobre as cláusulas sindicais, as representações dos sindicatos da FNI defenderam posições importantes que refletem a vontade dos trabalhadores. O tema da organização e da forma das eleições das OLTs foi um deles, e causou polêmica, pois a empresa não aceitou a proposta que consta nas pautas da FEITTINF e dos sindicatos da FNI, de que sejam os trabalhadores e as próprias OLTs que decidam a sua forma de eleição e organização - como acontecia até 2013. De lá para cá houve uma profunda alteração no acordo coletivo, que TIROU A AUTONOMIA das OLTs. Chamamos a atenção da FENADADOS sobre a importância de retomar os princípios da criação das organizações por local de trabalho. Esperamos, sinceramente, que a  FENADADOS e seus sindicatos reavaliem essa postura, pois a luta em defesa da empresa e dos direitos dos trabalhadores não terá sucesso sem a autonomia e a força das OLTs.

Outro tema foram as liberações sindicais. Nosso acordo prevê que as mesmas sejam controladas pela FENADADOS e não pelos sindicatos. Isso, na nossa opinião, é um profundo equívoco, pois tira a autonomia dos sindicatos de base, que representam diretamente os trabalhadores. As federações existem devido aos sindicatos, e não o contrário.

A próxima mesa de negociação está marcada para os dias 25 e 26 de Julho. Esperamos que, até lá, o SERPRO apresente resposta para os itens econômicos e cláusulas novas, como a transmissão das negociações para todos os trabalhadores.




REESTRUTURAÇÃO DO SERPRO, SEM DIÁLOGO COM OS TRABALHADORES

Na reunião, também foram apresentados alguns temas que não estão envolvidos diretamente com as negociações da campanha salarial e, por isso, não estavam na pauta. No entanto, esses temas são importantes para os trabalhadores e constam na ata.

Nesse sentido, os sindicatos da FNI, com o apoio do conjunto das representações da FENADADOS e da FEITTINF, cobrou sobre a reestruturação da empresa com a transferência do CD de SP e, futuramente o do RJ, para Brasília, além de outras mudanças que estão ocorrendo na empresa.

Abordamos sobre a centralização de UGs por região e a transferência, em andamento, do centro de dados de SP para Brasília. Também citamos a possibilidade do mesmo acontecer com o CD do RJ. A representação dos trabalhadores questionou as motivações, os impactos aos trabalhadores dessas regionais e, também, o custo de alterações desta monta. A representação do SERPRO disse que não tinha respostas para essas perguntas. Ao final da reunião, a empresa propôs trazer o diretor Iran, no próximo encontro, para responder às questões.

Essa situação é extremamente preocupante e precisa ser parte da luta nesta campanha salarial. Os trabalhadores e a OLT de SP já tinham levantado essa questão, mas não obtiveram respostas satisfatórias sobre essa mudança, por parte da empresa, que poderá ter impacto importante na estrutura do SERPRO e nos postos de trabalho. Não há garantia de segurança para os serviços e nem de redução de custos, mas sobram dúvidas, como as que podemos ver no texto abaixo, transcrito de um vídeo do diretor Iran.




Segue transcrição de vídeo sobre este tema feito pela direção do SERPRO e divulgado aos trabalhadores em 29 de Junho:

Diretor de Operações, Iran Porto, fala sobre os objetivos da empresa com esse trabalho.

O diretor de Operações, Iran Porto, vai falar sobre a consolidação dos CPD de São Paulo e Brasília.


Diretor, quais são os benefícios dessa consolidação?

O primeiro benefício é o da redução do custo. A gente manter duas estruturas de centro de dados, hoje, é um custo muito alto do ponto de vista de todo o hardware e software envolvidos. Então, a gente centralizando a gente tem uma economia direta no mainframe, que a gente já vai conseguir a partir do ano que vem. Então, esse é o principal benefício. Além de toda a estrutura logística envolvida que a gente trazendo para Brasília simplifica essa estrutura.


A estrutura de logística de Brasília tem condições de absorver todos os serviços do CPD de São Paulo?

A estrutura principal do Centro de Dados aqui em Brasília, na regional, ela comporta totalmente o Centro de Dados de São Paulo aqui em Brasília. O que a gente está analisando nesse momento é a redundância que nós precisamos ter em Brasília para suportar a contingência. Então, nós estamos avaliando a possibilidade aqui na Sede, que a gente já tem uma contingência, ela vai sofrer uma pequena reforma para comportar, inicialmente, esta contingência. E, num segundo momento, se for necessário a gente alugar um espaço ou fazer uma parceria com algum outro órgão para uma contingência. Mas, inicialmente, o espaço principal é do Centro de Dados da Regional Brasília que comporta perfeitamente a estrutura de São Paulo.


Qual foi o principal objetivo da empresa com esta consolidação? Como vai ficar o CPD do Rio de Janeiro?

Inicialmente, este ano até meados do ano que vem, que é quando a gente está prevendo a conclusão desse projeto, a gente vai trabalhar exclusivamente com Brasília e São Paulo para simplificar, principalmente, a operação de mainframe e toda a parte de suporte ao grande porte e a consolidação dos dois centros de dados. A partir daí, a gente vai avaliar os benefícios alcançados e avaliar obviamente se a gente permanece com a necessidade de dois centros de dados, um em Brasília e outro no Rio. Mas, inicialmente, o nosso foco esse ano até meados do ano que vem é a consolidação de São Paulo em Brasília.


Qual vai ser o custo dessa consolidação?

A gente está trabalhando no viés da redução desse custo.

Atualmente, a gente tem dois mainframes, um em Brasília e um em São Paulo. A gente fez uma aquisição de uma máquina nova em Brasília, já prevendo esse projeto de consolidação. Então, nós não precisamos investir num mainframe em São Paulo. E a máquina nova que já temos contratada com a IBM e que chega no ano que vem, também ela vai reduzir o custo de manutenção que a gente tem com as duas máquinas. Então, a gente está falando numa redução de mais de 20 milhões ao longo dos próximos anos. É uma redução significativa e é o principal fator de motivação para esse trabalho.



OLTs e sindicatos que constroem a FNI e entidades parceiras

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