A representação da empresa se comprometeu em encaminhar a questão da coparticipação para os fóruns superiores, mas disse que este assunto deve ser tratado na Comissão Paritária. Relatamos que já havíamos buscado resolver a demanda nesta Comissão, mas que foi sugerido levar para a negociação do ACT (Acordo Coletivo) porque aquela não tem autonomia para resolver. Não aceitamos que a empresa enrole e deixe de resolver os problemas do plano de saúde, afinal quem está pagando a maior parte são os trabalhadores!
Em relação à Campanha Salarial, a representação da empresa argumentou não ter resposta para a pauta de reivindicações porque a SEST não informou as diretrizes das tratativas. Essa situação se repete há vários anos, e cabe lembrar que a pauta de reivindicações dos trabalhadores foi entregue em 10 de março. É injustificável o tratamento que vem sendo dado à categoria, já que a SEST aprovou, de forma bastante rápida, 15% de aumento nos vencimentos da diretoria - inclusive, passou pelo Conselho de Administração, sem a presença do representante eleito pelos trabalhadores.
Por fim, a empresa informou que o ACT será renovado até o final de junho. Também destacou algumas cláusulas do atual Acordo Coletivo que poderão ser renovadas porque não tem nenhuma reivindicação nova dos trabalhadores e nem alteração por parte da empresa.
Diretoria ganha reajuste de 15% nos seus vencimentos em 2025 e já totaliza em torno de 30% nos últimos três anos. Já os trabalhadores…
Mais uma situação constrangedora foi criada pela diretoria da empresa: um reajuste absurdo de 15% na sua remuneração! Em 2023 foi de 9%; em 2024, 4,62%. Nos últimos 3 anos, totalizou um reajuste em torno de 30%. Já os trabalhadores deverão receber bem abaixo de 20% neste mesmo período. A diretoria argumenta que ficou 3 anos sem ter reajuste, mas isso foi no governo passado! Para os trabalhadores, nunca é legítimo pedir reajustes de anos passados, mas a diretoria pode pedir e, ainda, consegue. Nada justifica 30% em 3 anos! Junta-se a isso, os gastos astronômicos em viagens internacionais, que foram, inclusive, questionados no Conselho de Administração.
Outra situação inexplicável, numa gestão de um governo eleito pelos trabalhadores, são as terceirizações. Com a desculpa de contratar mão-de-obra mais barata para economizar, fragilizam a empresa, colocando em risco a qualidade dos serviços prestados. O SERPRO já teve experiências desse tipo e não deu certo, assim como em outras empresas estatais de TI. A diretoria da empresa está tomando medidas que vão no caminho da privatização do SERPRO, isso é inaceitável! Na contramão do corte de gastos que a diretoria diz buscar, ocorre mais uma farra nos contratos com consultorias a valores exorbitantes.
A mobilização precisa crescer. Temos que dar uma resposta e exigir, da direção da empresa, que se alcance os 70% no custeio do plano de saúde e que se valorize os trabalhadores, que são responsáveis pela conquista dos altos lucros para a empresa. Na semana passada, realizamos assembleias estaduais de mobilização em quase todas as regionais e também em Brasília.
Os próximos passos da mobilização: assembleias estaduais na semana de 2 a 6 de junho para deliberar o indicativo de paralisação nacional na manhã do dia 12/06.
Vamos exigir o atendimento das reivindicações da categoria, não podemos esperar mais!
Sindppd/RS, Sindpd/SC e FENADADOS
Nenhum comentário:
Postar um comentário