O DIEESE divulgou recentemente o balanço das negociações das campanhas salariais no primeiro semestre de 2012. O resultado foi que os trabalhadores em 97% das negociações salariais fechadas conquistaram ganho real e apenas 3% não conquistaram. O ganho real médio conquistado foi de 2,23%. No SERPRO, empresa pública federal de TI, a direção da empresa ofereceu apenas a inflação e uma cartela extra de tíquete. Para piorar, lança uma verdadeira campanha terrorista contra os trabalhadores a respeito dos balanços negativos da empresa e com isso quer justificar a retirada do PPLR. Isso é um desrespeito completo!
Condições existem para atender as reivindicações dos trabalhadores do SERPRO. Sobram os cargos comissionados na empresa, o governo federal bate recordes de arrecadação e o setor de TI cresce a taxas altíssimas no país todo, com o setor público sendo o principal consumidor e as empresas públicas tendo muitas possibilidades de crescer. No entanto, a opção é clara: incentivar as empresas privadas de TI. Elas ganham incentivos do Governo Dilma de todo tipo como subsídios, isenções e financiamentos a taxas baixíssimas. Agora, em fiscalização do TCU, foi constatado que R$ 104 bi já foram gastos pela União somente em contratos de TI e muitos com irregularidades. Como não tem condições de atender as reivindicações dos trabalhadores do SERPRO e, assim, promover uma verdadeira política de informática pública?
A direção do SERPRO só consegue aplicar a cartilha do arrocho do Governo Federal devido ao papel da FENADADOS. O acordo de desconto nas horas extras foi assinado sem consultar a categoria e mais ataques estão sendo preparados pela direção da empresa em conluio com a federação, a exemplo de: a) conceder o controle das eleições das OLTs para os sindicatos e retirá-lo das organizações por local de trabalho; b) querem aumentar em mais de 50% o plano de saúde; c) restringir o direito de defesa dos trabalhadores previsto na cláusula 19. Agora a Federação fecha um acordo sem nem fazer uma campanha salarial de verdade, vetando estados que se opõe ao controle da federação (BA, DF, SC, SE e RS) da decisão da assinatura do ACT e ignorando por meio do pacto federativo a maioria da posição dos trabalhadores na base, pois RJ, PR, MG, ES e RN também rejeitaram a proposta da empresa.
SINDPDSC e OLT do SERPRO/SC
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