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terça-feira, 15 de outubro de 2019

Audiência pública no Senado defende SERPRO e DATAPREV e a soberania tecnológica


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Senador Paulo Paim (PT/RS) apoia a campanha contra a privatização do SERPRO e da DATAPREV



Representantes da FNI, da ANED (Associação Nacional dos Empregados da DATAPREV) e da FENADADOS participaram de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos (CDH) na 2ª feira (14/10) para defender as empresas públicas federais de TI SERPRO e DATAPREV. A diretora do Sindppd/RS, Vera Guasso, esteve na atividade em Brasília pelas OLTs e sindicatos da FNI a convite do senador Paulo Paim (PT/RS), presidente da comissão.

A audiência pública integrou o ciclo de debates Previdência e Trabalho, que na manhã dessa 2ª feira focou a agenda de privatizações anunciada pelo governo federal e o  impacto que essas medidas terão na população. Além de Vera, estiveram presentes os trabalhadores da DATAPREV, Maria do Perpétuo Socorro (FENADADOS) e Ugo Cavalcanti (ANED), e o diretor da FENTECT e trabalhador dos CORREIOS, José Rivaldo.




CLIQUE AQUI para assistir a audiência pública na íntegra


Repercussão da audiência pública nos links abaixo:


Agência Senado: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/10/14/para-debatedores-privatizacao-de-empresas-de-dados-coloca-em-risco-a-soberania-nacional 

Rede Brasil Atual (RBA): https://www.redebrasilatual.com.br/economia/2019/10/pais-privatizar-serpro-dataprev/




A primeira a se manifestar foi a diretora da FENADADOS, Maria do Socorro. Trabalhadora da DATAPREV há 31 anos, Socorro contou um pouco da história da empresa de TI, que desenvolveu tecnologias as quais contribuíram muito para agilizar o encaminhamento dos pedidos de aposentadoria e de benefícios sociais e previdenciários. Ela lembrou que, antigamente, as pessoas precisavam passar por longas e intermináveis filas para acessar ao que tinham direito; hoje, este processo não leva mais de 15 dias. A DATAPREV processa 35 milhões de benefícios previdenciários em todo o país, estando presente no cotidiano de grande parte dos brasileiros. “A DATAPREV e o SERPRO estão presentes do nascimento ao óbito da população”, disse.


Socorro lembrou que nos últimos anos, os países considerados centrais na economia mundial têm retomado para o Estado serviços considerados cruciais à população e que haviam sido privatizados. Ela argumentou que até mesmo nos EUA (Estados Unidos), país bastante liberal, setores estratégicos estão sob a tutela do Estado.


Ugo Cavalcanti, com o
senador Paulo Paim (PT/RS)
Ugo Cavalcanti, também trabalhador da DATAPREV (Paraíba) e integrante da ANED,  lembrou que a DATAPREV resulta da junção dos serviços prestados por diferentes institutos de previdência no país. A empresa existe há mais de 40 anos e é bastante moderna e eficiente. Foi a DATAPREV que desenvolveu a central 135, que acabou com as filas nas agências do INSS, e o app para celular “Meu INSS”. Os trabalhadores da empresa hoje se dedicam ao desenvolvimento do Sistema de Prova de Vida por biometria, permitindo que idosos ou pessoas com problema de saúde mais grave façam a prova de vida de casa pelo celular, sem precisar ir até uma agência.

A DATAPREV, observou Ugo, também é responsável por atender o Ministério do Trabalho, segundo maior cliente da empresa depois da Previdência Social, por meio dos sistemas de seguro-desemprego, licença-maternidade, CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e CTPS digital (carteira de trabalho digital). Parte desses sistemas foi remetida à DATAPREV após o caso negativo da privatização da DATAMEC em 1999. A empresa foi comprada pela UNISYS, que prestou os serviços de TI ao governo federal até 2005. Mas devido ao preço alto cobrado pela UNISYS e os problemas nos sistemas devido à descontinuidade e à grande rotatividade de funcionários, o governo federal da época retomou os serviços e passou à DATAPREV.

Ugo também utilizou o momento para rebater alguns mitos em relação às empresas públicas, como os que elas são atrasadas e ineficientes e que a privatização delas irá permitir mais investimento em saúde e educação. A própria DATAPREV, analisou o representante da ANED, é lucrativa, embora não seja este o principal objetivo da empresa, é competitiva e vem ganhando diversos prêmios na área de TI.


 
Mesa de debate da audiência pública na CDH (Comissão de Direitos Humanos) do Senado. Crédito: Geraldo Magela/ Agência Senado



Já Vera Guasso, trabalhadora do SERPRO e diretora do Sindppd/RS, fez uma análise mais geral do processo de privatização das empresas, que integra o projeto liberal do ministro da Economia, Paulo Guedes, e é dirigido pelo secretário da Desestatização, Salim Mattar. Ela comparou que projeto semelhante foi aplicado pelo Governo Macri na Argentina, resultando em 35% da população vivendo na pobreza e na miséria.



CLIQUE nos links abaixo para assistir às duas manifestações da diretora Vera Guasso na audiência pública no Senado:

1ª manifestação: https://www.facebook.com/sindppd/videos/436717993619060/

2ª manifestação:
https://www.youtube.com/watch?v=Ak38DxEmnOE&feature=youtu.be




Vera também falou um pouco dos serviços prestados pela empresa em que trabalha, SERPRO, e da importância da segurança no armazenamento das informações, dados e processos econômicos que tanto o SERPRO quanto a DATAPREV guardam e cuidam em seus sistemas. Uma fonte riquíssima, bastante almejada por empresas privadas que querem lucrar com os dados de milhares de brasileiros e do próprio governo brasileiro e que ameaçam a soberania do país.


Colegas do SERPRO e da DATAPREV: assistam os vídeos, pois a audiência pública foi de grande qualidade, e divulgue!



NÃO À PRIVATIZAÇÃO DO SERPRO E DA DATAPREV!

EM DEFESA DA SOBERANIA TECNOLÓGICA BRASILEIRA!





* Texto retirado do site do Sindppd/RS

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