As trabalhadoras e os trabalhadores do SERPRO vêm sendo surpreendidos com medidas absurdas que partem da direção da empresa, especialmente do núcleo ligado ao presidente. A chegada do presidente Amorim no SERPRO foi saudada de forma efusiva pela maioria dos trabalhadores, pois a empresa havia passado pela sufocante ameaça de privatização, e com a mudança de governo havia uma expectativa de que voltássemos a ter tranquilidade para reconstruir o SERPRO enquanto empresa pública.
Para a surpresa da categoria, aquele senhor que visitou as regionais, fez promessa de diálogo, sorriso largo e conversa afável, foi tendo outro tipo de comportamento. Começou com uma live em que disse que quem estava descontente deveria procurar o RH; depois, frente à greve, um direito inalienável dos trabalhadores, provocou confrontos desnecessários e, após a paralisação, vem mostrando um profundo preconceito contra centenas de trabalhadores, divulgando a medida que cria a demissão compulsória aos 70 anos de centenas de valorosos colegas. Também avança no desmonte da empresa pública quando quer criar 45 vagas para gerentes e superintendentes de fora dos quadros do SERPRO. Trazer gente de fora da empresa para suprir vagas nas gerências e superintendências é a demonstração cabal de que estão apostando em tornar a empresa com cara de setor privado, além de dar cargos para pessoas que não têm nenhuma familiaridade com a TI. Mas as medidas não param por aí.
É inaceitável que a empresa tome medidas que fortalecem o etarismo, um preconceito abjeto sem nenhuma necessidade, e ainda com um prazo de menos de dois meses, que não dá nenhuma condição de as pessoas se prepararem. Essa medida poderia ser esperada de uma empresa privada que só almeja o lucro, mas nunca em uma empresa pública, que tem alta lucratividade e não precisa tomar uma medida desse tipo em curto prazo. Nossos colegas que serão impactados pela medida estão desesperados porque nunca foi tratado deste tema, e não esperavam serem tratados com tamanha violência. Temos casos em que as/os trabalhadoras/es estão em choque profundo, pois nunca imaginaram receber essa pancada.
Vamos resistir a essas medidas que atacam o emprego e os direitos dos trabalhadores da casa!
A representação dos trabalhadores, Fenadados e sindicatos, vêm atuando desde o dia que a primeira medida foi divulgada. Tivemos reunião com representação da empresa buscando que recuassem da medida que atinge as pessoas 70+ mas, infelizmente, não fomos atendidos. Não podemos recuar e precisamos retomar a nossa organização. Nesta segunda-feira (4/11), aconteceu uma reunião nacional, com a participação da Fenadados e sindicatos de todo o país, que definiu dois importantes encaminhamentos para a realização de assembleias que sirvam para informar e organizar mobilizações.
CALENDÁRIO DE AÇÕES:
# Assembleias nos estados: de 6 a 8/11
# Assembleia nacional no dia 12/11, às 9h
Vamos, juntas e juntos, defender os empregos e a empresa pública.
Xô Etarismo e preconceito contra os trabalhadores!
Basta de autoritarismo dentro do SERPRO!
Sindppd/RS, Sindpd/SC, Fenadados e Assindados
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