Não vote para mudar a claúsula da OLT

Post publicado no blog da OLT-RJ do Serpro

PARTE 1.

A Organização por Local de Trabalho – OLT, de diversas regionais do Serpro, vive um momento crucial, pois sua existência dependerá da vontade dos trabalhadores. Muitos já perceberam que tanto a direção da Empresa quanto a direção da Fenadados querem acabar com a liberdade e autonomia dessa organização, principalmente no DF, RJ e BA, pois nessas localidades suas representações atuam com liberdade e autonomia, sem estarem atreladas aos sindicatos e a cúpula da federação. Deixar alterar a atual clausula do ACT que regula o processo eleitoral é reconhecer e aceitar a ditadura sindical, pois com a proposta de alteração feita pela Federação e imediatamente aceita pelo Serpro, os sindicatos passam a controlar as regras do processo eleitoral, aquelas que são interessantes a eles, possibilitando manipulações e até ocorrências de fraude.

Muitos acham que a OLT não é tão importante assim e outros até a desconhece, mas além de auxiliar os sindicatos na organização e mobilização dos trabalhadores, ela exerce um papel fundamental na mediação de conflitos internos entre Empresa e empregados, além disso, pode também atuar junto ao Ministério Público do Trabalho. A OLT é uma organização estabelecida em convenção coletiva de trabalho e tem legitimidade.

Os sindicatos filiados a Fenadados, vão nos próximos dias, convocar assembleias nos Estados para tentar acabar com a campanha salarial 2012/2013 e uma das propostas a ser votada vai ser exatamente a alteração da clausula do ACT que trata das eleições da OLT. É neste momento que a participação dos trabalhadores será crucial, ou seja, se a proposta for colocada em votação é necessário que os trabalhadores a rejeite, mantendo o texto a atual da referida clausula. Se o sindicato não colocar em votação, será necessário que algum trabalhador a coloque em votação, para confirmar a rejeição.

PARTE 2.

Em defesa da autonomia das OLTs e do ganho real

Como esperado, a FENADADOS está encaminhando a campanha para que tenha o seu fim, confiando que o cansaço dos trabalhadores fará com que aceitem a proposta lesiva aos nossos interesses como base, especialmente em relação à tutela das OLTs por meio de eleições coordenadas pelos sindicatos.

Temos pegadinhas em cada campanha, e nessa o golpe se dá contra as OLTs.

Todos sabemos das dificuldades que estamos passando por causa do conluio com a empresa. Precisamos de OLTs independentes para que não fique pior!

Temos que pensar porque em 2010, 2011 e agora em 2012 não tem nenhum ganho e ainda querem acabar com a autonomia das OLTS. Não podemos aceitar proposta sem ganho real e fragilização das OLTs.

Assim, conclamamos a todos que não aceitem a proposta de alteração das eleições da OLT, restaurando o texto que está no Acordo Coletivo de 2011/2012.