As ações da Campanha Salarial 2014/2015 de Serpro e Dataprev já se iniciaram, num ano que está marcado pela Copa do Mundo FIFA e pelas eleições. O governo e as direções das empresas irão seguir à risca as medidas de contenção de gastos com os trabalhadores, para prosseguir privilegiando o repasse de bilhões aos grande bancos e às empresas, especialmente às relacionadas com a Copa.
Os trabalhadores do Serpro e da Dataprev não abrem mão de buscar avanços salariais e nos benefícios e estabilidade no emprego. Querem também uma GEAP com qualidade e baixo custo para os funcionários da Dataprev. No Serpro, vemos nosso fundo de pensão sofrendo prejuízos que irão impactar em nossa aposentadoria. Queremos um basta!
O ano de 2014 inicia diferente dos outros, pois está marcado pelas mobilizações de rua de junho de 2013, que repercutiram em todo o país. Também é influenciado pelas importantes lutas de categorias, que passaram por cima das travas de sindicatos que não queriam lutar. Em nossa categoria de TI, temos fatos novos, com o exemplo da construção de novas experiências de organização sindical, que resultaram no nascimento do SINDSERPROCE, o que repercute em todo o país. Os trabalhadores querem decidir sobre o seu presente e o seu futuro.
Os sindicatos exigem o direito legítimo e constitucional de participar das mesas de negociação, e serão tomadas todas as medidas necessárias para fazer valer este direito - se o mesmo não for garantido pelas empresas. A unidade da base do Serpro e da Dataprev só será possível com o reconhecimento da representação das OLTs e de todos os sindicatos (independentemente de filiação a federações, centrais sindicais etc). A base exige mobilização, democracia e defesa dos interesses dos trabalhadores.
Os trabalhadores do Serpro, da Dataprev, da Datamec, das empresas públicas estaduais e municipais e do setor privado estão desafiados a superar o passado para retomar o caminho das lutas e das conquistas. Mas isso só será possível se os sindicatos derem poderes de decisão às suas bases e se as federações forem um espaço de construção e articulação das lutas da categoria, sem querer substituir os sindicatos - pois os mesmos têm representação legal e estão mais próximos dos trabalhadores.
Continuamos a acreditar que os trabalhadores voltarão a confiar nas suas entidades representativas somente se elas atuarem com total independência e autonomia em relação aos governos e às direções das empresas. Outro tema fundamental hoje para a categoria, no Serpro e na Dataprev, é o fim do "Pacto Federativo" e a adoção da fórmula Um Trabalhador, Um Voto!
Os sindicatos e OLTs que constroem a FNI e as entidades parceiras, com a participação da ANED (Associação Nacional dos Empregados da Dataprev), já realizaram sua plenária e deram a partida na organização da pauta e das ações da Campanha Salarial 2014/2015. No entanto, entendemos que a construção desse processo não pode e não será papel de um ou de outro sindicato ou OLT. Entendemos também que não existe construção sem reconhecimento do direito de representação de todas as entidades dos trabalhadores, da democracia e da participação coletiva da categoria.
Campanha Salarial com participação efetiva só é possível com respeito ao direito de participação de todas as entidades dos trabalhadores!
Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática (FNI) e entidades parceiras
OLTs, SindPD/SC, Sindppd/RS, SINDTIC, SINDPD/AL, SINDSERPROCE, diretores sindicais do Serpro da BA e apoio da ANED
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