Estamos vivendo o início dos reflexos da crise econômica criada pelos grandes conglomerados financeiros e empresariais que ronda o mundo desde 2008. E nem bem começou o 2º mandato da presidente Dima e já sentimos o choque, com o aumento da energia elétrica e dos combustíveis e, logo a seguir, as medidas provisórias 663 e 664 que retiraram direitos históricos, especialmente dos trabalhadores com menor remuneração. Mas os ajustes não param, e o governo também quer cortes pesados no custeio dos serviços e nas empresas públicas.
Ainda assim, tudo podia piorar, e foi então desengavetado o PL 4330 das Terceirizações generalizadas, que estava parado desde o início dos anos 2000. O improvável aconteceu: os trabalhadores começaram a ir para as ruas e a paralisação nacional de 15 de Abril foi um grande sucesso, fazendo com que fossem retiradas as empresas públicas da terceirização nas áreas fins. No entanto, o projeto acabou sendo aprovado na Câmara dos Deputados. É preciso derrotá-lo, pois se a terceirização se espalhar no setor privado será terrível para a grande maioria dos trabalhadores brasileiros, voltando mais tarde, com força, para as empresas públicas. Com essa divisão entre público e privado, os defensores do projeto querem dividir os trabalhadores para enfraquecer nossa luta contra a aplicação da semi-escravidão em massa no nosso país. Só uma greve geral pode derrotar de vez este PL.
Repercussões no Serpro sobre os ajustes do governo federal: Nenhum corte para os 40 assessores da diretoria!
A direção do Serpro, ao aderir ao pedido do governo para reduzir custos, irá cortar o leite e o chá dos cafés, irá desativar um dos elevadores das regionais e, ainda, reduzirá o número de trabalhadores terceirizados na portaria, na copa e na limpeza etc. As demissões de terceirizados são um exemplo de quem sofre mais com a crise econômica.
O detalhe é que não se viu nenhuma linha sobre os 40 assessores da diretoria, os quais ganham polpudos salários. A direção do Serpro não anunciou nenhum ajuste sobre eles. Em Porto Alegre, por exemplo, os gastos com assessores é bem alto. Também se sabe que a corrupção correu solta, com contratos mal explicados e R$ 3 bilhões por dia sendo gastos com os juros da dívida pública. A famosa dívida que, quanto mais juros se paga, mais ela cresce.
O que se ouve no Serpro nos últimos dias é de que a empresa irá deslocar vários assessores da diretoria para ocuparem coordenações e, com isso, "desinchar" a caixa dos assessores - que é um verdadeiro acumulador de cargos de confiança dos que perderam gerências ou gente de fora da empresa que perdeu cargos nos governos estaduais e municipais.
Campanha Salarial: serão necessárias a organização e a mobilização dos trabalhadores
A campanha salarial está em andamento e mais uma vez a empresa se manifesta negando a negociação com os sindicatos que não compactuam com a Fenadados. O governo e entidades com quem faz parceria estão envolvidos num mar de lama sem precedentes, e mesmo assim se negam a garantir a democracia aos trabalhadores.
Temos que nos preparar de Norte a Sul, pois se depender da postura do governo e da direção da empresa iremos enfrentar muitas dificuldades pelo caminho. Por isso, somente a nossa mobilização pode derrotar a intransigência nessa campanha salarial.
Debate da jornada de seis horas começa a tomar conta
Está começando um promissor debate entre dezenas de trabalhadores do Serpro e da Dataprev sobre a luta pela jornada de 6h, a exemplo do que aconteceu com a mobilização em 2014 na base das duas empresas em Santa Catarina. Esse tema tende a ser uma das reivindicações que poderá unificar os trabalhadores em todo o país.
Sindicatos e OLTs que constroem a FNI e entidades parceiras
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