Em 20 de novembro de 2010, representações dos trabalhadores de TI de diversos estados, reunidos na cidade do Rio de Janeiro, lançaram a Frente Nacional dos Trabalhadores de Informática (FNI) para ser a verdadeira alternativa na organização em defesa dos interesses das trabalhadoras e dos trabalhadores da categoria.
Vivemos num mundo onde o capital está profundamente conectado. O que acontece em algum país pode ter reflexos diretos em qualquer lugar do planeta. A crise que começou em 2008 nos Estados Unidos continua trazendo perdas de direitos e o principal deles são as reformas da previdência e redução na legislação de proteção aos trabalhadores. No Brasil, teremos um governo federal que pretende dar continuidade às reformas.
Vivemos num mundo onde o capital está profundamente conectado. O que acontece em algum país pode ter reflexos diretos em qualquer lugar do planeta. A crise que começou em 2008 nos Estados Unidos continua trazendo perdas de direitos e o principal deles são as reformas da previdência e redução na legislação de proteção aos trabalhadores. No Brasil, teremos um governo federal que pretende dar continuidade às reformas.
No movimento sindical, desde 2003 temos assistido a rendição de várias centrais sindicais e federações em especial a CUT e a Fenadados ao passarem a defender as ações e propostas desse governo. Vamos lembrar que em 2003, os trabalhadores do Serpro e da Dataprev perderam em torno de 18,23% e a Fenadados assinou acordo com a reposição de 6%. Até hoje, não recuperamos totalmente aquela perda.
Foram anos de entreguismo, com a assinatura de acordo coletivo passando por cima de greves, como foi o caso da Dataprev em 2003 e do Serpro em 2006. Já passou da conta a quantidade de vezes que os trabalhadores foram surpreendidos por negociações farsescas, pactos federativos, esquemas fraudulentos de assembleias e outras formas para em comum acordo com as empresas derrotar a categoria.
Na Dataprev, as alterações nas normas funcionais trouxeram prejuízos como o ataque a Norma de férias, o não pagamento da PPLR de 2008 etc.
Traíram a categoria, na greve do Serpro quando na conciliação no TST negaram a possibilidade de fechar acordo por um ano com algum ganho. O último golpe se deu com o acordo que pune os trabalhadores, obrigando-os a compensar mais de 9000 minutos até abril/2011, com o objetivo de arrasar o moral da categoria para a próxima campanha salarial.
Tudo isto tem demonstrado a necessidade de apontar um novo rumo e a construção de uma alternativa, para combater as traições e o entreguismo e organizar a categoria. É um caminho difícil mas necessário, sob pena de continuarmos sofrendo novos ataques e traições. É importante também salientar que a cada ano que passou sem uma alternativa de organização, não foram poucos os dirigentes sindicais que estavam no campo da luta e se bandearam para o caminho fácil dos esquemas com a Fenadados e as direções das empresas.
A construção da FNI, Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática, surge da necessidade de unir as representações dos trabalhadores, que estão nos sindicatos, CIPAs, OLTs, associações e oposições sindicais. Esta iniciativa vai se fortalecer com o apoio e a participação efetiva dos trabalhadores e tem sido assim em outras categorias a exemplo de petroleiros, bancários e trabalhadores de correios.
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