Os sindicatos da FNI participaram da primeira mesa de negociação, que foi dentro da sede do Serpro, e a partir desse fato as mesas passaram a ser dentro da Fenadados. Lá, eles tuítam o que querem e as atas descrevem somente uma pequena parte do que conversam. São mesas longe dos trabalhadores do Serpro e com segurança na porta.
O que o Serpro e a federação/sindicatos "negociaram" contra os trabalhadores até agora:
- Controle dos sindicatos sobre as OLTs (essa questão é muito mais ampla que em nossa categoria, pois a CUT/metalúrgicos do ABC estão negociando esta e outras mudanças com o governo e os empresários. E junto com isso, vêm mudanças na CLT para pior);
- Mudança no processo administrativo (PAD), que ainda não conhecemos;
- IPCA pelo terceiro ano consecutivo;
- Deságio de até 25% no passivo das HE e DSR;
- Aumento no plano de saúde, que estão tratando sem informar os trabalhadores;
- Compromisso de não denunciar a exigência da fim dos Cargos de Confiança externos e da terceirização dos escritórios jurídicos, que foi decidido pelo TCU. A diretoria da empresa recorreu e está gastando tempo e dinheiro com isso.
Além de não haver nada de positivo, ainda estão entregando os direitos dos funcionários ou incentivando a empresa a diminuir esses direitos. E estão fazendo de forma escancarada. Esta situação é gravíssima!
Ou a categoria responde com mobilizações ou teremos perdas irreparáveis se consumado o que estão fazendo na "mesa de negociação".
Trabalhadores do setor elétrico entram em greve
Enquanto falamos em perdas, os trabalhadores do setor elétrico (empresas públicas federais), que também têm data-base em maio, entraram em greve nessa segunda-feira, pois não aceitaram a proposta de IPCA. Essa categoria teve ganhos reais nos últimos quatro anos. Os servidores federais também estão com uma greve nacional muito forte e que já dura mais de um mês, fazendo com que o governo abra negociação.
Exigimos Plenária Nacional com todos os sindicatos e OLTs para dar uma virada na Campanha salarial
Se estivermos unidos poderemos virar o jogo, que hoje está favorável às direções das empresas. Vamos exigir dos sindicatos e da Fenadados uma Plenária Nacional onde participem todas as representações sindicais, sem nenhuma pré-condição, a exemplo do que acontece com os servidores públicos federais, que têm um comando unificado com todas as entidades.
Se a categoria não der uma resposta, o risco é de perdermos ainda mais. Precisamos refletir sobre essa situação e mudar o rumo da prosa. Na Dataprev em 2011, a categoria passou por cima dos indicativos equivocados da Fenadados. Chegou a vez dos trabalhadores do Serpro e da Dataprev irem para a rua novamente.
Mobilização já! Podemos começar devagar, mas é preciso iniciar, vestindo uma roupa preta, noutro dia apitaço, depois nariz de palhaço em lanches coletivos e mostrar a indignação e dar forças aos mais de dez mil trabalhadores espalhados pelo país a fora.
A Farsa dos balanços negativos para fragilizar o Serpro
O fato de o Serpro estar há dois anos com balanço negativo é uma demonstração da farsa que a direção da empresa e o governo estão praticando e que pode facilitar o desmonte da empresa, destruindo nossas conquistas e possibilidade de avanços. Existe algum interesse grande por trás de tudo o que está acontecendo, e somente com mobilização poderemos desmascarar. No balanço de 2010, o órgão fiscalizador já apontou indícios de irresponsabilidade na gestão da empresa.
OLTS e sindicatos que constroem a FNI
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