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A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

MANIFESTO DOS TRABALHADORES DA DATAPREV DE SANTA CATARINA CONTRA AS DEMISSÕES IMOTIVADAS E O ARROCHO SALARIAL


Os trabalhadores da DATAPREV são alvos de uma política terrorista por parte da direção da empresa liderada por Rodrigo Assumpção, Janice Bruto, Márcio Adriano e cia limitada. Essa política é respaldada pelo Governo Dilma. Não acreditamos que é um exagero de nossa parte qualificar de “terrorista” a atual política. Devemos chamar as coisas pelo seu nome. Novamente, no início da campanha salarial, começam demissões imotivadas de trabalhadores.

Elas ocorreram inicialmente na regional do Rio de Janeiro neste ano e os trabalhadores já responderam com um dia de paralisação (02/05). Quando fechávamos a redação do manifesto, soubemos de demissões em São Paulo. Os trabalhadores da DATAPREV de Santa Catarina, por decisão de assembleia geral, declaram aqui sua total solidariedade aos colegas demitidos, exigindo a imediata readmissão dos demitidos e que não haja mais demissões, com garantia de emprego para todos.

A atitude da empresa e do governo federal não se explica por razões de dificuldades financeiras e econômicas. A  Dataprev foi eleita a segunda melhor indústria digital do ano, no especial Melhores e Maiores 2012 da Revista Exame. Ela foi a segunda empresa do setor em rentabilidade com 38,2% de retorno do investimento obtido no ano. Foi a 5ª colocada em liderança de mercado e em riqueza criada por empregado. Ocupou a 9ª posição em liquidez corrente. O faturamento cresceu 42,09% em relação ao ano anterior e alcançou o patamar de R$ 1,021 bilhão. O lucro líquido foi de R$ 148,6 milhões, o que representa um aumento de 481% em comparação aos R$ 25,6 milhões alcançados no ano anterior.  Todo ano tem concurso e novos são contratados.

Neste ano, a perspectiva econômica da empresa não é diferente. O faturamento projetado para 2013 é de R$ 1,257 bi e os investimentos em infraestrutura estão programados em R$ 230 milhões.

Tampouco a política de demissões contribui para a tão propagada “modernização da empresa”. A DATAPREV continua sendo feita por pessoas. As máquinas e os prédios são apenas instrumentos. Essa política irresponsável cria um clima de desmotivação e atenta contra a qualidade dos serviços prestados à previdência social. Tanto é verdade que a excursão de Márcio Adriano pelas unidades da empresa no país para falar de políticas do RH estão acontecendo esvaziadas, e só com muita força dos chefes existe algum público. Os trabalhadores da empresa não se deixam mais levar pelas falsas promessas.

É uma grande covardia por parte de Rodrigo Assumpção, Janice Bruto, Márcio Adriano e cia limitada demitirem imotivadamente. Já tivemos dois colegas que sob forte emoção e abalo profundo, coincidentemente ou não, deram fim à sua própria vida depois de receberam a cruel notícia. Que tipo de gente é essa que faz isso? Que não respeita? Que provoca? Que pisa? Que destrói? Que humilha? Que tipo de gente é essa!?

A atitude da empresa e do governo federal vai na contramão inclusive de recentes decisões judiciais. Desrespeita-se frontalmente a decisão do conservador Supremo Tribunal Federal (STF) no Recurso Extraordinário (RE) nº 589998, que entendeu que é obrigatória a motivação da dispensa unilateral de empregado por empresa pública e sociedade de economia mista, tanto da União quanto dos estados, do DF e dos municípios.

A política da empresa e do governo federal tem o claro intuito de criar um clima de intimidação, assédio moral coletivo e medo para que os trabalhadores não se mobilizem. Querem que não nos mobilizemos para que possam fazer caixa em cima do arrocho de nossos salários, aproveitando o bom momento econômico da empresa, e assim terem mais recursos para suas prioridades que são os grandes eventos, como a Copa do Mundo, os benefícios e incentivos públicos aos grandes empresários e o pagamento dos juros da dívida pública através do superávit primário, que vai engordar o lucro dos grandes bancos.

Esse cenário de intimidação e arrocho salarial é parte também de uma perigosa onda privatista que assola o país há muitos anos e agora conta com mais força devido à pressão de grandes grupos empresariais com a crise econômica mundial. O governo de Dilma, seguindo o exemplo dos governos de FHC e Lula, radicaliza na política do estado mínimo e do neoliberalismo. Nos dias 14 e 15 de maio acontece a 11ª rodada do petróleo, em que se pretende vender uma reserva imensa calculada em US$ 3 tri por preço de banana. Privatiza-se aeroportos, portos, rodovias, ferrovias, os Correios e até Hospitais Universitários. Nos serviços de TI cresce de maneira espantosa as terceirizações e as privatizações no setor público em todas as esferas de poder.

Mas os trabalhadores da DATAPREV já mostraram que tem ousadia e força para derrotar políticas neoliberais, como vimos acontecer na histórica greve de 2011. Enquanto isso, a FENADADOS mantém-se vergonhosamente passiva e conivente com as políticas da direção da empresa e do governo federal. Nem um calendário de luta e assembleias ela tem para apresentar à categoria. Chamamos à unidade na luta de toda categoria, das OLTs e entidades sindicais para derrotarmos a política de demissões, do arrocho salarial e do estado mínimo. A hora é agora!

SINDPD/SC

Texto retirado do site do Sindpd/SC

Um comentário:

  1. A fenadados nao esta fazendo nada para parar com as demissoes imotivadas na Dataprev, ate a açao de foi aberta no Ministerio Publico do trabalho em Brasilia sobre as demissoes em massa foi arquivada por falta de cooperaçao da fenadados!! Liguem para la e comprovem... o numero da mediaçao e 286 de 2012
    Fone- 61 - 3307-7248

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