Mais um ano, mais um
ciclo de promoções do PGCS. Deveriam ser promoções por mérito,
mas novamente fica evidente que o conceito de “mérito” no SERPRO
é turvo e tortuoso. Numa afronta à lógica, empregados guindados à posição de chefia tentam inovar em matéria
de Gestão de Pessoas, mostrando incompetência para avaliar os seus subordinados.
O primeiro sintoma
dessa inabilidade é recorrente (é o segundo ano seguido): as chefias
da DESDR aplicam um critério absolutamente deturpado, disfarçado em
critério de qualidade, mas que não resiste a um olhar superficial
para revelar sua incoerência. Algo que no ano anterior foi chamado
“exercício escolha sua equipe” e que neste ano mostrou nome mais
pertinente: “os oito mais”. O tal “método” consiste em
reunir todos os chefes do Departamento para escolherem “a dedo” 8 entre as 143 pessoas sob regime do PGCS. Para essa tarefa,
foi pedido a cada chefe que indicasse 8 pessoas do Departamento
que seriam destaques. Como cada chefe convive com cerca de 10
funcionários em sua equipe, voltado durante todo o ano para as suas
atividades e para os seus projetos, é claro que se torna humanamente impossível
ter uma visão justa do mérito de cada um dos 130
restantes durante o ciclo que se passou. Este fato incontestável não motivou nenhum deles a se
declarar inapto para esta escolha. Dessa forma, o critério da
escolha individual mostrou-se completamente inadequado por ser
personalista e desfocado do centro da questão: o mérito do empregado em um período específico. Assim, as chefias
inovam, criando um novo conceito para promoção: o “mérito
presumido”. Qualquer um percebe o absurdo deste critério nas suas
diversas manifestações: valorizar o marketing pessoal, as relações
interpessoais, até mesmo uma imagem de mérito passado, em
detrimento do que realmente está sendo avaliado: o desempenho
profissional no período.
A segunda evidência, mais ampla que a primeira, pois não ocorre apenas no Departamento de Desenvolvimento, é a realização inevitável do feedback, uma prática que deveria ser constante. Muitas chefias só o fazem por ser uma etapa obrigatória do processo. Além disso, são inúmeros os relatos, em toda regional, de insatisfação acerca do feedback recebido da chefia. Há ainda, por incrível que pareça, empregados que não receberam retorno de sua avaliação. Bem ou mal avaliado, como pode esse empregado evoluir? Se não há feedback, como ele pode ajudar a atingir as metas estabelecidas pela empresa?
A segunda evidência, mais ampla que a primeira, pois não ocorre apenas no Departamento de Desenvolvimento, é a realização inevitável do feedback, uma prática que deveria ser constante. Muitas chefias só o fazem por ser uma etapa obrigatória do processo. Além disso, são inúmeros os relatos, em toda regional, de insatisfação acerca do feedback recebido da chefia. Há ainda, por incrível que pareça, empregados que não receberam retorno de sua avaliação. Bem ou mal avaliado, como pode esse empregado evoluir? Se não há feedback, como ele pode ajudar a atingir as metas estabelecidas pela empresa?
A terceira evidência de
incapacidade para resolução desta tarefa de construção das listas ordenadas
para promoção, está no critério de ordenação dos demais “não
agraciados” pela visão olímpica dos “oito mais”: para as
vagas distribuídas pelos setores da DESDR concorreriam somente os que
passaram pelo menos 8 meses na equipe. Caso contrário, irão para o
“fim da fila”, ou seja, praticamente perdem a oportunidade de
promoção.
Este “critério” consegue ser ainda mais grosseiro que o primeiro, pelos motivos abaixo:
1. Sua definição ocorreu no momento da ordenação das listas, e não no início do ciclo, como deve ser com qualquer regra que se pretenda justa: ser prévia e conhecida de todos ANTES do jogo iniciar.
2. Torna-se ainda mais absurda quando avaliamos o cenário do Departamento de Desenvolvimento, que foi alvo de uma junção das diversas equipes de desenvolvimento num único departamento regional, há cerca de cinco anos. Entre os motivos alegados para a junção, estava a melhoria da gestão de recursos entre projetos, aumentar a mobilidade.
3. A decisão de realocação não é do funcionário, mas da gerência. Trocando em miúdos, você é penalizado por algo que foge à sua decisão. Pior, é prejudicado por aceitar a determinação de troca de equipe em prol das decisões que melhor atendam ao Departamento (lembre disso no próximo ano quando pedirem sua colaboração em uma nova equipe). Na prática, esses colegas deveriam ser vistos com mais mérito, pois é facilmente realocado o profissional que apresenta versatilidade, disponibilidade, facilidade de aprendizado e adaptação.
Por fim, o mínimo que podemos exigir, além de critérios claros e coerentes com o intuito da promoção por mérito, é a transparência nos resultados, divulgando além da relação dos agraciados, as notas e os critérios usados para cada promoção em todos os Departamentos. A este propósito, somamos a esta crítica, o pedido de transparência também para o documento intitulado “Práticas Essenciais em Gestão de Pessoas”, distribuído pela empresa para orientação aos gerentes, segundo registro do SERPRO em ata de reunião com a Fenadados sobre o processo de promoção por mérito, ocorrida em 21/11. Seria bom termos conhecimento dessas práticas essenciais divulgadas para comparação com os critérios efetivamente praticados. Enfim, não parece ser por falta de informação que esses erros são cometidos.
Errar é humano, mas a decência impõe limites! Recomendamos que se busque humildemente ajuda de profissionais especializados na hora de definir (previamente) os critérios pelos quais vão decidir questões importantes na vida das pessoas. Até quando veremos as chefias brincarem com a vida profissional e com a saúde dos colegas?
Este “critério” consegue ser ainda mais grosseiro que o primeiro, pelos motivos abaixo:
1. Sua definição ocorreu no momento da ordenação das listas, e não no início do ciclo, como deve ser com qualquer regra que se pretenda justa: ser prévia e conhecida de todos ANTES do jogo iniciar.
2. Torna-se ainda mais absurda quando avaliamos o cenário do Departamento de Desenvolvimento, que foi alvo de uma junção das diversas equipes de desenvolvimento num único departamento regional, há cerca de cinco anos. Entre os motivos alegados para a junção, estava a melhoria da gestão de recursos entre projetos, aumentar a mobilidade.
3. A decisão de realocação não é do funcionário, mas da gerência. Trocando em miúdos, você é penalizado por algo que foge à sua decisão. Pior, é prejudicado por aceitar a determinação de troca de equipe em prol das decisões que melhor atendam ao Departamento (lembre disso no próximo ano quando pedirem sua colaboração em uma nova equipe). Na prática, esses colegas deveriam ser vistos com mais mérito, pois é facilmente realocado o profissional que apresenta versatilidade, disponibilidade, facilidade de aprendizado e adaptação.
Por fim, o mínimo que podemos exigir, além de critérios claros e coerentes com o intuito da promoção por mérito, é a transparência nos resultados, divulgando além da relação dos agraciados, as notas e os critérios usados para cada promoção em todos os Departamentos. A este propósito, somamos a esta crítica, o pedido de transparência também para o documento intitulado “Práticas Essenciais em Gestão de Pessoas”, distribuído pela empresa para orientação aos gerentes, segundo registro do SERPRO em ata de reunião com a Fenadados sobre o processo de promoção por mérito, ocorrida em 21/11. Seria bom termos conhecimento dessas práticas essenciais divulgadas para comparação com os critérios efetivamente praticados. Enfim, não parece ser por falta de informação que esses erros são cometidos.
Errar é humano, mas a decência impõe limites! Recomendamos que se busque humildemente ajuda de profissionais especializados na hora de definir (previamente) os critérios pelos quais vão decidir questões importantes na vida das pessoas. Até quando veremos as chefias brincarem com a vida profissional e com a saúde dos colegas?
Texto retirado do BLOG da OLT Serpro/BA
Nenhum comentário:
Postar um comentário