Diferentemente dos últimos anos, bastou uma mesa de negociação para aparecer a proposta econômica e, também, para o conjunto da pauta de reivindicações. Não se ouviu a palavra DEST nenhuma vez. Parece que a força da nossa greve de 2015 ainda ecoa, além de ser grande o impacto da crise política que vive o país.
A direção do SERPRO ofereceu o IPCA integral para salários e benefícios e os 20 dias para licença-paternidade. Em relação à nossa proposta de redução da jornada para 6h de trabalho conseguimos, com grande esforço, tirar um compromisso de que em 15 dias a empresa dará sua posição se aceitaria ou não, após ter em mãos o relatório da Comissão Paritária, que deve fechado ainda nesta semana.
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A destruição das OLTs pelas mãos da FENADADOS: não podemos permitir!
No entanto, a parte trágica para os trabalhadores acabou aparecendo. E o pior, articulado pela FENADADOS. Estava tudo combinado com a direção do SERPRO. A federação e seus sindicatos filiados propuseram a alteração do caput e do parágrafo 3º da CLÁUSULA 27, que trata da OLT (Organização por Local de Trabalho). E o SERPRO aceitou.
A proposta da FENADADOS é de que tanto a prorrogação do mandato das OLTs quanto as eleições estarão subordinadas e serão coordenadas SOMENTE pelos SINDICATOS. Tirando, com isso, o resto da autonomia das OLTs, que são fundamentais para ajudar na organização dos trabalhadores, especialmente em estados grandes como é o caso do RJ, DF e SP.
A FENADADOS e a direção do SERPRO, mais uma vez, atuam juntas porque não suportam a ideia de que os trabalhadores possam se organizar de forma autônoma e não aceitam oposição, como aconteceu na campanha salarial do ano passado, quando as OLTs e os sindicatos independentes, entre eles os da FNI, fizeram a maior GREVE DE BASE da história da empresa.
Na mesa de negociação, os sindicatos da FNI protestaram e exigiram a retirada dessas alterações da ata, mas não conseguiram. Sobrou a alternativa de fazer um registro em separado da ata (reproduzimos abaixo), colocando-se TOTALMENTE CONTRÁRIO ao atrelamento das OLTs aos sindicatos e defendendo a liberdade e a autonomia dessa importante e histórica ferramenta de organização e de resistência dos colegas do SERPRO.
Outro grave problema aos trabalhadores foi o fato de que a direção do SERPRO não quis se comprometer com o abono dos dias da greve de 2015. Mesmo com toda a insistência dos sindicatos que estavam na mesa em Brasília.
ATENÇÃO, COLEGAS DO SERPRO: se queremos as OLTs enquanto forma de organização autônoma dos trabalhadores, AS ASSEMBLEIAS NOS ESTADOS não podem aceitar o fim delas, e devem também exigir o abono da greve. Precisamos REJEITAR a destruição das OLTs, o que prejudicaria MUITO os trabalhadores nas próximas lutas.
Nossa proposta para as assembleias:
- Aceitar o reajuste pelo IPCA
- Aceitar o aumento da licença-paternidade e licença-gala
- Não aceitar a alteração na Cláusula 27ª das OLTs
- Exigir o abono das horas da greve de 2015
O momento é de, mais uma vez, os trabalhadores do SERPRO mostrarem sua força e REJEITAREM, nas assembleias nos estados, essas duas propostas VERGONHOSAS da FENADADOS e da direção do SERPRO.
Precisamos, juntos, resistir mais uma vez aos ataques da federação e da empresa!
OLTs e sindicatos que constroem a FNI e entidades parceiras
Não descarto a importância das OLT's dentro dos prédios, porém ao longo dos anos (Governo PT), a atuação desse grupo ficou mal interpretado. As OLT's atuam sempre nos prédios, com intuito de minimizar os conflitos pontuais, e caso não consigam acionar os sindicatos. Porém algumas viraram braços , olhos etc dos mesmos sindicatos o que é falha grave. Agora os sindicatos estão acreditando que suas filiais precisam está parceiras eternamente, acredito que foi erro das proprias OLT's que confundiram seu papel dentro dos prédios. Mas discordo que devemos fincar a aprovação do ACT/16 a essa clausula, se querem ficar com as OTL's que fiquem, os funcionários tem suas próprias organizações e podem atuar independentemente de grupos institucionais.
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