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FNI - Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática {APOIAM ==> SINDPD/SC; SINDTIC/SE; OLT SERPRO/BA; OLT SERPRO/RJ; OLT Dataprev/SP; OLT Datraprev/RS; OLT SERPRO/RS; SINDPD/RS }

O Que é a FNI

A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.

terça-feira, 15 de março de 2011

Plenária histórica fecha pauta de reivindicações da campanha salarial alternativa do Serpro e da Dataprev


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Trabalhadores do Serpro e da Dataprev do RS, SC, PR, DF, RJ, SP e BA participaram, neste final de semana (12 e 13/03) no Rio de Janeiro, da 1ª Plenária Nacional da FNI (Frente Nacional dos Trabalhadores de Informática). Eles debateram sobre os desafios a serem enfrentados na construção da campanha salarial alternativa e como será organizada esta campanha. Os colegas também fecharam a pauta de reivindicações alternativa a ser entregue às direções do Serpro e da Dataprev. Esta pauta única foi composta a partir das pré-pautas discutidas e aprovadas nas assembleias de trabalhadores nos estados. A plenária contou ainda com a presença dos assessores jurídicos Délcio Caye, do Sindppd/RS, e Aderson Bussinger, da FNI. Apesar de não terem conseguido ir ao encontro no Rio de Janeiro, os trabalhadores de Sergipe também estão contemplados na pauta e irão participar da campanha salarial alternativa.

Veja a cobertura completa da 1ª Plenária Nacional da FNI no blog.


Além da pauta, foram definidos os eixos da campanha salarial alternativa, os quais sintetizam as principais reivindicações da categoria. No eixo econômico, os destaques são o reajuste salarial de 16% (cabendo atualização do índice de Abril) e a incorporação ao salário da FCT/FCA no Serpro – pois são verbas salariais – e, na Dataprev, do adicional por atividade. No eixo geral, os trabalhadores reivindicam estabilidade no emprego, auxílios creche e escolar de R$ 1.090 ,00, nenhuma redução de direitos e redução da jornada de trabalho sem diminuir o salário. Entre as lutas gerais das categorias, são importantes a correção de todas as perdas da tabela do IR (Imposto de Renda) e rejeição às reformas trabalhista e previdenciária previstas pelo governo federal.



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Trabalhadores debatem pauta de reivindicações. Na foto ao lado, colegas do Rio de Janeiro e, no fundo, do RS.

A plenária da FNI foi encerrada sabendo-se das dificuldades, que não serão poucas, a serem enfrentadas durante a campanha, começando pelas negociações com as empresas Serpro e Dataprev e a organização do conjunto da campanha. Mas todos saíram com a certeza de que estão dando um passo muito importante na construção de um novo movimento sindical e com o compromisso de sempre lutar em defesa dos interesses dos trabalhadores com independência e autonomia frente às direções das empresas e governos.



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Final da 1ª Plenária Nacional da FNI.

Movimentos autônomos e independentes são um desafio dos trabalhadores

No encontro, os trabalhadores também debateram sobre os desafios do sindicalismo atual no Brasil, já que boa parte dos sindicatos e das centrais sindicais – como a federação dos sindicatos do setor de TI, a Fenadados - estão deixando de lado a sua independência e autonomia e a defesa das reivindicações dos trabalhadores para atender aos interesses de empresas e do governo federal. Atnagoras Lopes, integrante da executiva nacional da CSP-Conlutas, exemplificou com o acordo feito entre centrais e governo federal para correção da tabela do Imposto de Renda (IR) em 4,5% - índice abaixo da inflação (que em 2010 chegou a 6,5%) e que tem pouco impacto já que o reajuste na tabela está defasado em 64%. O acordo irá valer para os próximos quatro anos. “Estas centrais, ao invés de lutarem pelos trabalhadores, buscam alternativas para sustentar o governo”, criticou.



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Debate sobre conjuntura nacional.

A plenária ainda teve a participação do diretor do dirigente da FNP (Frente Nacional dos Petroleiros), Claiton Coffy, que trouxe a experiência dos petroleiros de construção de um movimento alternativo à FUP (Federação Única dos Petroleiros, ligada à CUT). Semelhante ao que acontece hoje com os trabalhadores, sindicatos e a Fenadados, muitos petroleiros não se sentiam mais representados pela federação, a FUP. Coffy também relatou situações em que a federação colocou os interesses da direção da Petrobras e do governo federal acima dos trabalhadores.


O peso da responsabilidade e a vitória da audácia e da resistência

A plenária terminou com uma avaliação emocionada de todos os presentes que sentiam o peso da responsabilidade, mas também a sensação de alívio e de dever cumprido após mais de dez anos de desgastes e sofrimentos pelas traições impostas aos trabalhadores das empresas Serpro e Dataprev. Essa grande vitória, de ter chegado até aqui, se deve à vontade dos trabalhadores de todo o país que conseguiram colocar para fora toda a sua indignação e deram um basta às posturas da Fenadados.

Veja mais sobre os debates no blog da FNI: http://fnialternativa.blogspot.com/

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