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A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.
terça-feira, 9 de junho de 2015
Fenadados nega proposta de conciliação do TST, mantendo a exclusão dos sindicatos da FNI
A assessoria jurídica dos sindicatos da FNI teve acesso, na quarta-feira (3/06), à resposta da Fenadados (federação nacional dos sindicatos da TI, orgânica à CUT) sobre a proposta de conciliação feita pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) no dia 15 de Maio. Na ocasião, o vice-presidente do tribunal, ministro Ives Gandra, apresentou uma mediação com quatro itens que, entre outras questões, reconhecia o direito à participação nas negociações dos sindicatos desfiliados à Fenadados e a utilização das liberações sindicais para todos os estados, pois entende que o acordo coletivo é um direito de todas as entidades sindicais.
Gandra deu o prazo de até o dia 25 de Maio para as partes se manifestarem sobre os quatro itens da proposta apresentada na conciliação. Os sindicatos da FNI (Sindppd/RS e Sindpd/SC) que participaram da audiência no TST, junto com o Sindpd/AL, cumpriram com o prazo e apresentaram a resposta da frente, de aceitação da mediação com alguns aperfeiçoamentos.
Fenadados diz NÃO porque quer manter os trabalhadores divididos na campanha salarial
Já a Fenadados REJEITOU A PROPOSTA DE MEDIAÇÃO do Tribunal. Respondeu ao ministro Ives Gandra após o prazo, argumentando que havia a necessidade de tomada de decisão colegiada e que, devido à descentralização dos diretores em vários estados, não conseguiu cumprir com o prazo - afirmação inventada para esconder a verdade, pois se negou a fazer conselho diretor como havia dito que faria na mediação do TST. Além disso, diferente dos sindicatos da FNI, a Fenadados não fez consulta formal às entidades filiadas e sequer pensou em assembleia dos trabalhadores de base para consultá-los sobre a proposta do TST. A direção da Fenadados, mais uma vez, decidiu sozinha, pois não seria fácil convencer os trabalhadores em assembleia de que que divididos somos fortes como é a vontade da federação.
CLIQUE AQUI para ver o documento de RESPOSTA da FENADADOS na íntegra
As OLTs e sindicatos da FNI, bem como os trabalhadores do Serpro de suas bases nas regionais gostariam muito de saber quais são os interesses dos representados da Fenadados e por que eles não foram atendidos. Se a federação e os sindicatos que a compõem são tão a favor dos trabalhadores, por que não aceitam que as representações dos colegas do RS, SC, AL, SE e BA participem das mesas de negociação da campanha salarial? Se a federação e seus filiados não têm nada a temer e nem a esconder, por que tentam impedir que haja diversidade de opiniões? Por que não respeitam a decisão de trabalhadores desses estado, os quais não se sentem representados nenhum pouco por essa entidade?
O que pretende mostrar a Fenadados em querer subjugar os que não concordam com a mesma e ao obrigá-los a entregar procurações e darem plenos poderes a ela para poderem participar da campanha salarial?
A direção do Serpro tem participação na resposta negativa da Fenadados
A direção da empresa, em especial o presidente Marco Mazoni, foi apoiada pela Fenadados para se manter na direção do Serpro - haja visto documentos de apoio de setoriais de TI do PT pelo "fica Mazoni" e, inclusive, pedindo cargos diretivos da empresa como contrapartida desse apoio. Mazoni já demonstrou publicamente preferência em negociar com seus apoiadores da federação, mas a direção da empresa tem a cara de pau de chegar em frente aos ministros do TST, fazer-se de boazinha e dizer que não tem nada a ver com a nossa exclusão das negociações.
Sabemos que ambos, empresa e federação/sindicatos aliados, são todos do mesmo partido do governo e, por esse motivo, não querem ver os interesses dos trabalhadores sendo defendidos de forma intransigente, assim como não querem que exista mobilização da categoria para pressionar o Serpro e o governo federal.
Posturas como essa da Fenadados só reforçam o caráter antidemocrático e coercitivo dessa federação, de seus dirigentes e dos sindicatos que se sentem representados por ela. E alimentam ainda mais a relação de parceria que a federação tem com a direção do Serpro.
A Fenadados e o Serpro sabem que não irão nos calar, mas com essa postura de exclusão o que eles querem é atrapalhar a luta em nível nacional e, se possível, evitar que nos mobilizemos. Vide o que aconteceu no dia 29 de Maio, Dia Nacional de Paralisações, no qual a Fenadados, ao invés de estar nas bases fazendo a paralisação, estava sentada em sua sede em Brasília, juntamente com seus sindicatos aliados.
O que fica cada vez mais nítido é que precisamos nos organizar e construir uma agenda de mobilizações dos trabalhadores do Serpro em todo o país, para que nossa campanha salarial não fique mais uma vez nas mãos da empresa.
Sindicatos e OLTs que constroem a FNI e entidades parceiras
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