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O Que é a FNI

A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MANIFESTO ÉTICA E INDEPENDÊNCIA da OLT Serpro/BA

É interessante e oportuno que a empresa esteja neste momento divulgando e fomentando o nosso código de ética. O termo “ética” vem do grego “ethos” que significa “aquilo que pertence ao caráter”, e no dicionário Aurélio está definida como “o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto”.

Diversos filósofos se dedicaram ao estudo da ética no decorrer dos séculos. Para todo efeito, vamos nos ater às ideias de Adam Smith, mais conhecido por sua obra “A riqueza das nações”, citada como a precursora da teoria econômica moderna. Porém, segundo o próprio, sua obra mais profunda e filosófica foi “A Teoria dos Sentimentos Morais”, onde Smith desenvolve uma teoria sobre as situações onde os valores éticos são os alavancadores de sentimentos de empatia ou antipatia nas relações interpessoais.


É digno de registro o sentimento de revolta que assoma aos funcionários em relação à campanha “Ética – Valores que têm muito valor”. Não é pouco lembrar que entre as premissas que constam dos componentes estratégicos do Serpro encontra-se “Atuar com ética e responsabilidade cidadã” e que o primeiro dos valores expressos entre estes componentes encontra-se o “respeito às pessoas”, neste sentido, o papel do dirigente é o da liderança pelo exemplo. Pela atitude desta Direção nos últimos Acordos Coletivos de Trabalho temos que convir que o exemplo dado é o negativo, ou seja, o exemplo de como não agir.


Para embasar esta afirmação, recorremos ao próprio código de ética que estão oportunamente divulgando, que prega, entre outros itens, como princípios que deveriam pautar a atuação dos nossos dirigentes:


3.5.1. O reconhecimento à legitimidade e manutenção de um diálogo permanente com as instituições representativas dos trabalhadores, legalmente constituídas, mantendo canais de diálogo pautados no respeito mútuo, seriedade, responsabilidade e transparência nas relações;


Quando uma Diretoria se nega a reconhecer a vontade de imensa parte do corpo funcional que há muito não se sente representado pela Fenadados e que por vias legais não passou procuração para que esta nos representasse no atual ACT, está ferindo o próprio código de ética que pretende valorizar, provocando um sentimento legítimo de repulsa e indignação nos trabalhadores.


É lícito – apesar de imoral – que um governo tente manter metas que incluam o arrocho salarial dos servidores, ainda que por outros meios pudesse conseguir maiores resultados contendo, por exemplo, a sangria dos cofres públicos por meio da corrupção que ataca o tecido da administração pública como um câncer, em várias esferas e órgãos. Mas é inadmissível que para o atingimento de seus fins se utilize de meios imorais e anti-éticos, de acordo com a própria definição do nosso código.


A OLT/BA vem, neste momento de celebração do marco inicial de uma independência que ainda estamos longe de obter, convocar a todos – funcionários e dirigentes de ocasião – a refletirem sobre a questão da legitimidade da representação dos trabalhadores, e do respeito aos nossos direitos, que a Direção da empresa nos deve não como favor, mas como imperativo ético e legal.


Que defendam seus interesses e suas metas, sim, mas de forma lícita e ética, respeitando a integridade da vontade dos trabalhadores.


Sem Ética Pública não há Independência!



Saudações OLTistas,
OLT-BA
Gestão 2011/2013
"Ousando resistir e lutar, venceremos sempre."

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