Nunca
antes na história do Serpro se viu tamanha quantia de cargos de confiança.
Aumento de diretores, superintendências, coordenações, gerência, chefias de
setor, supervisões. E como se isso não bastasse, temos a figura dos assessores
da presidência, que estão espalhados por todas as regionais - uma função nunca
vista em outras administrações de nossa empresa.
Quem são
esses assessores e o que fazem?
Dos 41
assessores pesquisados, 31 são funcionários do Serpro e 10 são pessoas de fora
da empresa. Somente em Porto Alegre, tem seis assessores, sendo quatro deles de
fora do Serpro e dois da casa. Em nível nacional eles são ex-diretores aguardando
aposentadoria, ex-ouvidores, ex-gerentes e parceiros políticos que vêm de
outras empresas. Diversos deles dificilmente são encontrados dentro do Serpro;
alguns são cabos eleitorais, outros são liberados para organizações de Software
Livre, mas tem também ex-sindicalistas, indicados por seus parceiros, que atuam
dentro dos sindicatos.
Toda a
vez que um superintende resolve mudar um gerente – que terá seu salário
rebaixado - o mesmo vira um assessor, uma função ampla e que mantém os salários
estabilizados. É um verdadeiro cargo de acolhimento para amigos e ex-amigos, que
precisam manter seu poder aquisitivo ou os que não querem voltar para suas
empresas de origem.
Os gastos
não são pequenos para manter essa equipe enorme de assessores. Acredita-se que
nem a Presidência da República tenha tanto assessores como tem o gabinete da
presidência do Serpro. Os valores são diferenciados e começam em R$ 5.081,00,
indo até R$ 11.511,00.
E na
campanha salarial não vai nada?
Em meio a
campanha salarial, quando ouvimos o Serpro falar em dificuldade para aumentar
sua proposta, e inclusive cita o DEST para reforçar sua penúria, vem uma
pergunta: foi negociado com o DEST esse séquito de assessores? Será que não
daria para cortar essa farra de assessores e os trocentos cargos e outros
gastos desnecessários, distribuindo a verba a todos os trabalhadores?
Com a
palavra, a direção do Serpro.
Sindicatos
e OLTs que constroem a FNI
O que deveria ser uma empresa norteada por princípos e ações estritamente técnicos se transformou no paraíso da politicalha mais suja e rasteira.
ResponderExcluirPor que a FNI não denuncia aos órgãos competentes do governo? O assunto é de interesse de toda sociedade. Afinal, quem paga esses senhores e o Mazoni?
ResponderExcluir