Com uma postura autoritária e desrespeitosa aos trabalhadores a direção do SERPROS, que está sendo questionada pela PREVIC, conseguiu com que a empresa Petição Pública Brasil retirasse do ar a petição pública "Abaixo-assinado pela exoneração da direção executiva do SERPROS". Já contávamos com mais de 1.600 assinaturas dos trabalhadores do SERPRO de todo o país, mesmo tendo ficado poucos dias na web.
Nós, OLTs e sindicatos da FNI, tomamos conhecimento da situação apenas quando o próprio SERPROS divulgou, por e-mail, que tinha pedido ao site para cancelar o abaixo-assinado. De acordo com a o texto enviado aos participantes do fundo, "após tomar conhecimento do 'Abaixo-assinado pela exoneração da direção executiva do SERPROS', divulgado no site 'Petição Pública', e ter constatado informações inverídicas, a Diretoria Executiva comunicou o fato ao administrador da página, que reconheceu que o documento não atendia aos termos e condições do site, retirando-o do ar".
A página petição pública recebeu notificação extrajudicial do SERPROS
CLIQUE AQUI para ver a notificação extrajudicial enviada à Petição Pública pelo SERPROS
Entramos em contato com a equipe da Petição Pública Brasil para registrar nossa indignação com a atitude da empresa em tirar nosso abaixo-assinado do ar. Reclamamos que sequer fomos avisados pela Petição Pública sobre essa decisão e questionamos o encaminhamento tomado pela empresa, já que o documento não continha NENHUMA denúncia vazia ou irresponsável. Afinal, o SERPROS passou por uma investigação federal da PREVIC, órgão do governo federal que cuida dos fundos de pensão das empresas públicas, devido à denúncia de má administração. Essa situação é de conhecimento público e de todos os trabalhadores do SERPRO.
E-mail enviado à equipe da Petição Pública Brasil
Por sua vez, a equipe do site respondeu o nosso contato afirmando que lamentava o ocorrido, mas que tinha recebido uma notificação extrajudicial do SERPROS para a suspensão do abaixo-assinado em questão. Veja o e-mail enviado pelo site:
E-mail enviado pela equipe da Petição Pública Brasil
Pelo e-mail enviado pelo site, não parece que o administrador tenha "reconhecido que o documento não atendia aos termos e condições do site, retirando-o do ar" como afirmou a nota do SERPROS. Parece-nos sim que o site foi coagido por notificação extrajudicial para que tomasse essa medida totalmente antidemocrática. Afinal, em nenhum momento o abaixo-assinado foi desrespeitoso e nem afirmou nada que a investigação da PREVIC já não tenha tornado público.
Apenas pedíamos que a nova diretoria do SERPRO determinasse aos Conselheiros Deliberativos indicados pela patrocinadora que, imediatamente, votassem pela exoneração da atual Diretoria Executiva e pela nomeação de uma nova. E que a nova Diretoria Executiva fosse construída consensualmente entre conselheiros eleitos e indicados e que tenha o respeito de todos os participantes, ativos e assistidos.
Se a direção do SERPROS pediu para que a petição pública fosse retirada do ar é porque se sentiu incomodada. O que será que temem esses senhores? Que os trabalhadores voltem a ter ingerência em relação ao fundo, que é deles e que está sendo mal administrado? Ou incomodou ver que a petição, que juntou mais de 1.600 assinaturas em pouquíssimo tempo na web, estava representando os anseios de muitos trabalhadores, participantes e assistidos do SERPROS?
No dia 16 de Junho, o Sindppd/RS enviou ofício ao presidente do CDE (Conselho Deliberativo) do SERPROS, Marcos Benjamin, pedindo uma videoconferência convocada pelo CDE com todos os trabalhadores do SERPRO no país. O objetivo é que o Conselho Deliberativo esclareça várias dúvidas que os trabalhadores têm em relação ao fundo, visto que circulam muitas informações extraoficiais sobre a situação do SERPROS, as quais geram bastante preocupações entre todos e todas.
Até o momento, o presidente do CDE não se manifestou sobre o nosso pedido.
Parece que está muito mais interessado em podar qualquer crítica ou livre manifestação dos trabalhadores, os maiores interessados pelo bem do fundo de pensão, do que responder a simples questionamentos.
OLTs e sindicatos que constroem a FNI e entidades parceiras
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