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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

SERPROS - Perdas nos investimentos: a situação é grave e preocupa


Desde os primeiros dias da intervenção no SERPROS o clima de intranquilidade aumentou, pois já se sabia dos graves problemas com os investimentos no BVA em 2013, que havia deixado um prejuízo razoável aos participantes e assistidos. Vale lembrar que os sindicatos da FNI e OLTs parceiras fizeram uma visita ao interventor em 24 de Junho e publicamos um texto na época (LEIA AQUI).

A expectativa de todos os colegas é grande para saber o resultado das investigações da Comissão de Inquérito nomeada pela PREVIC, mas até o momento não temos ainda nenhuma informação oficial. O que sabemos é que continuam os provisionamentos por conta de problemas com os investimentos feitos tanto no PSI quanto no PSII.

Na última vídeo convocada pela direção do SERPRO, com a fala dos diretores Mazoni e Antônio João (a propósito, estamos procurando a gravação da mesma e não encontramos) a sensação que temos é de que exageraram em dizer que não há problemas; mais uma vez, a tentativa foi de esconder a real situação do nosso SERPROS. Eles não disseram a verdade.

É importante lembrar dos estudos encomendados pela ASPAS (Associação dos Participantes e dos Assistidos do SERPROS) que foram divulgados nacionalmente em Setembro passado, os quais mostravam que os investimentos "podres" que antecederam a intervenção ultrapassam a R$ 400 milhões.

No balancete de Setembro de 2015, disponível na área restrita aos participantes no site do SERPROS, mostra que as perdas do PS II (na parte CD, dos ativos, e BD, dos aposentados) somam R$140 milhões. Isto reduzirá as cotas dos ativos, que terão que trabalhar mais tempo e/ou aumentar suas contribuições para repor as perdas. E o superávit da parte dos aposentados (este superávit não inclui os saldos de contas dos ativos, é só da parte dos aposentados e pagamentos de benefícios de risco) aumenta as chances, no futuro, de haver déficits, o que levará ao aumento da contribuição destes participantes.

E as perdas do PS I somam R$ 60 milhões, aumentando o déficit do plano para cerca de R$ 160 milhões. Se o déficit for mantido por três anos, haverá novo aumento de  contribuição para os ativos e aposentados. Estes pagam hoje 12,5% do benefício recebido. Se o déficit for mantido, a contribuição aumentará para mais de 15% do benefício recebido, quase 20%, o que é um absurdo. Lembramos ainda que o saldamento do plano, em 2013, foi feito exatamente para zerar o déficit, que era de cerca de R$ 100 milhões naquela época



Atitude injustificável em relação aos investimentos de risco feitos no PSI - Plano já saldado

Além do absurdo de fazer aplicações de alto risco para ambos os planos, PSI e PSII, não há nenhuma explicação plausível para aplicar recursos de um plano já saldado e equilibrado como é o caso do PSI, com contribuições altas, em aplicações de alto risco, sem necessidade alguma. Como também do PS II dos aposentados, que está superavitário.

Ainda há informações de que existem mais R$ 170 milhões provisionados,  totalizando R$ 370 milhões de provisionamentos desde Dezembro de 2014, que certamente vão aparecer nos próximos balancetes.

Esses números e as aplicações provisionadas batem com os cerca de R$ 470 milhões constatados pela ASPAS, até Dezembro de 2014. E o que é pior: ainda poderemos ter mais uns R$ 100 milhões de novos provisionamentos.



Direção do SERPRO é responsável por tudo o que aconteceu no SERPROS

Antes mesmo do término da investigação sobre os motivos que levaram a intervenção no SERPROS o último ex-presidente do instituto, que foi indicado pelo presidente Mazoni, ganhou o cargo de assessor da presidência da empresa e está lotado no Rio de Janeiro, no prédio do Andaraí. Em nossa empresa é desta forma que se tratam os problemas de gestão tanto no SERPRO como no SERPROS.

E para tentar manter as aparências, a direção do SERPRO vem mantendo o discurso de sempre: de que está tudo bem!



OLTs e sindicatos que constroem a FNI e entidades parceiras

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