
De 26 a 28 de agosto, ocorreram as assembleias das pessoas trabalhadoras do Serpro nos estados para deliberar sobre a proposta da empresa para a Campanha Salarial. De um total de 13 estados, 10 aprovaram (CE, Brasília, ES, MG, PA, PE, PI, PR, RJ e RN). Na Bahia, ficou empatado. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, as assembleias rejeitaram.
O prazo para realização das assembleias era o dia 29 de agosto para dar a resposta final ao TST (Tribunal Superior do Trabalho), tendo em vista a pressão do Serpro de ameaçar não prorrogar o ACT vigente após 31 de agosto. A direção do Serpro rejeitou, na mediação ocorrida no TST, no dia 18 de agosto em Brasília, a continuidade do processo de mediação para buscarmos avanços na proposta da empresa. O Serpro, de forma arrogante e autoritária, manteve sua proposta rebaixada para um acordo de 2 anos e, intransigente, negou-se a fazer qualquer avanço que atendesse às reivindicações das pessoas trabalhadoras.
Sem qualquer abertura do Serpro para negociar, o TST encaminhou que os sindicatos e a Fenadados colocassem em votação nos estados até a 6ª feira (29/08). O comando nacional da campanha salarial se reuniu na semana passada, e a maioria dos representantes indicou pela aprovação da proposta, decisão que se repetiu nos estados.
Embora a categoria tenha aprovado este Acordo Coletivo (ACT), e ainda por 2 anos, as pessoas trabalhadoras estão insatisfeitas e indignadas com a postura da direção do Serpro de desvalorização dos funcionários. A avaliação é de que se faz necessário fortalecer o movimento para enfrentar essa nova estratégia do Serpro de enrolar por meses a negociação e recorrer ao TST tentando pressionar pelo dissídio coletivo. O outro fato grave foi a ausência do sindicato de São Paulo durante toda a campanha, deixando as pessoas de SP sem possibilidade de debater e deliberar sobre a campanha salarial.
A campanha salarial encerrou, mas a luta em defesa de melhores condições de trabalho e na manutenção do Serpro público continua. Os ataques à empresa via terceirizações e tentativas de retirada de direitos não param.
A tarefa de cada um e de cada uma é fortalecer o movimento. Muitos colegas novos entraram na empresa recentemente sem direitos importantes, tais como o anuênio, que foi retirado do ACT em 2022. Precisamos trazê-los junto na defesa dos nossos salários e dos direitos de todas as pessoas trabalhadoras; por melhores condições de trabalho e por uma vida mais digna; e em defesa do Serpro e da TI públicos.
A luta é de todos e de todas nós! E depende de cada um de nós para seguir!
