Reajuste de 15% no plano de saúde é inaceitável. É necessário decidir coletivamente!

Mais uma vez, o plano de saúde é reajustado acima dos parâmetros da recomposição salarial, muito acima.

Daqui a alguns meses, teremos a data-base da categoria e, novamente, virá a choradeira de que a empresa e o governo não podem pagar nem a inflação.

Os trabalhadores estão cansados desta situação e exigem que a empresa reverta este reajuste. Queremos discutir juntamente com a Campanha Salarial e avaliar, de conjunto, os salários e o custeio do plano de saúde.

Por outro lado, não podemos aceitar que, mais uma vez, nenhum sindicato ou a FENADADOS aceitem este reajuste sem consulta à categoria. No ano passado, já tivemos um reajuste altíssimo, de 13,55%. Este tema é do interesse coletivo, e os trabalhadores têm o direito de fazer assembleia em todo o país para discutir a situação do plano de saúde e decidir sobre o custeio que irá recair para cada colega.

O momento é de RESISTÊNCIA! Não podemos aceitar nada imposto pela empresa, sem discussão entre os trabalhadores, pois esta postura fortalece o SERPRO para nos empurrar novas medidas goela abaixo.

Chamamos a todas as representações sindicais e a FENADADOS para rever esta posição em relação ao custeio do plano e, juntos, construirmos a solução com os trabalhadores.



OLTs e sindicatos que constroem a FNI e entidades parceiras

Gestor do SERPROS e sua torcida para que o próximo governo faça a Reforma da Previdência e o Estado brasileiro diminua seus serviços para os trabalhadores

Num cenário de enormes perdas de direitos com a malfadada Reforma Trabalhista exigida pelo "mercado", isto é, pelos grandes conglomerados econômicos em 2017, e com a próxima exigência, a Reforma da Previdência, que é ainda mais trágica para os trabalhadores, especialmente os de menores salários e de trabalhos mais precários, e ainda o risco de acontecer dezenas de privatizações do patrimônio do país, o SERPROS passou a divulgar as chamadas CARTA DO GESTOR DE INVESTIMENTO com opiniões muito preocupantes.

A Carta de 14/11, além de fazer análises muito particulares e otimistas sobre um futuro combate à corrupção, consegue fazer pior: dar vivas a uma agenda liberal que, na prática, é mais uma vez priorizar os interesses dos bancos e grandes empresários, que são devedores de milhões de reais em impostos, ao tirar os direitos dos pobres e dos trabalhadores e da classe média em detrimento de uma falácia de liberdade para a economia e aumentar a confiança dos empresários.

Já a Carta do dia 26/12 passa a defender, de forma nítida, a Reforma da Previdência ao dizer que ela é necessária e, se não for feita, será dos principais riscos de curto prazo. É descabido que um Fundo dos trabalhadores como é o nosso SERPROS passe a divulgar as vontades de um privatista e defensor do fim dos direitos dos trabalhadores. 

É inaceitável que nosso Fundo continue a dar divulgação às ditas cartas, que nada mais, nada menos servem para causar desinformação e repetir a mesma inverdade que os governos e grandes meios de comunicação já divulgam há bastante tempo. Não aceitamos tiro nos nossos próprios pés, especialmente porque é MENTIRA que a Previdência Pública é DEFICITÁRIA. A Previdência tem sido enfraquecida pelos governos, que permitem a sonegação, não fazem cumprir a Constituição Federal que prevê o recolhimento das verbas de custeio e, também, desviam 30% do montante recolhido ao se utilizar da DRU, a chamada Desvinculação das Receitas da União, pela qual colocam a mão numa fatia do dinheiro sem precisar dar explicação para a população.

Não podemos permitir que o SERPROS continue a divulgar informações falsas a serviço do poder econômico e contra os interesses e direitos dos trabalhadores, conquistados com muita luta.

Vejam, abaixo, os parágrafos das tais cartas que emitem opiniões que não são as dos verdadeiros donos do nosso SERPROS, nós trabalhadores, que todo o mês investimos boa parte do nosso salário para mantê-lo.


Carta do Gestor de Investimento de 14/11/18
"Finalmente, o cenário político eleitoral encerrou seu ciclo e a vitória de Jair Bolsonaro como Presidente-eleito do Brasil permite a análise econômica de uma Agenda liberal. Não há dúvidas de que os desafios são enormes e que a situação fiscal é periclitante, porém o novo governo traz uma Agenda liberal apoiada no combate à corrupção e no encolhimento do Leviatã, o que é suficiente para estabelecer uma trajetória de recuperação da confiança do empresariado na retomada do crescimento econômico."


Carta do Gestor de Investimento de 26/12/18"Em relação às questões políticas, o mercado segue tentando entender quais serão as medidas práticas adotadas pelo novo governo para endereçar as questões fiscais que são, sem dúvidas, as mais importantes para subsidiar um processo de recuperação econômica sólido e de médio e longo prazo. Cabe destacar, uma vez mais, que dentro dos ajustes necessários, o principal deles será a reforma da previdência, que se configura no maior fator de risco de curto prazo já que, caso a expectativa de aprovação rápida seja frustrada, haverá uma substancial reprecificação dos ativos de risco. "




Sindicatos e OLTs que constroem a FNI  e entidades parceiras