Os trabalhadores foram surpreendidos com uma drástica e inaceitável medida da nova direção da empresa: cortes de dois níveis, em média, nas FCTs/FCAs. Essa decisão afeta diretamente os ganhos dos trabalhadores, pois essas rubricas são verbas salariais conforme decisões judiciais em todo o país.
Já vínhamos denunciando algumas medidas que tinham sido tomadas pela direção anterior de cortar benefícios importantes, como foi o caso dos fretados do RJ e SP; cortes no café, demissão de terceiros e a ameaça que pairava de cortes nas FCTs.
Já havíamos dito também que a empresa deveria fazer reduções no andar de cima, cortando parte da centenas de cargos de confiança, assessorias etc. Esses cortes eram esperados pelos trabalhadores, pois é impossível não ficar indignado com uma média de 1 chefe para cada 5 trabalhadores, criação permanente de novos cargos que são completamente desnecessários para o bom funcionamento da empresa etc.
Vejamos o caso concreto das coordenações de ACNR nas Regionais: além de serem ocupadas por gerentes, recebem 3 níveis para essa coordenação.
Mas a empresa, mais uma vez, optou por cortar nos trabalhadores. Essa medida é inaceitável. E mais: ela causará uma nova avalanche de ações judiciais, a exemplo do que aconteceu em 2008. Não pagaremos a conta da crise econômica, política e social em que os governos meteram o nosso país e, por consequência, a nossa empresa.
Trabalhadores precisam se organizar e lutar
Não podemos aceitar esses fatos de diminuição das FCTs/FCAs, que são verbas salariais, e outras medidas que estão sendo estudadas pela empresa, as quais precarizam e retiram direitos. Chamamos as OLTs e sindicatos a organizarem assembleias nas regionais na terça-feira para que organizemos uma resposta nacional com ações em todo o país.
Dados alarmantes e medidas que podem ser tomadas para reduzir o custeio da empresa sem tirar direitos dos trabalhadores
Os dados a que tivemos acesso, verificando os custos da empresa são ALARMANTES, a começar pelo enorme número de GFCs (Gratificação de Função de Confiança) que foram sendo criadas e somam QUASE 30. Isso propicia um sem número de cargos de superintendentes, gerentes de departamento, gerentes, chefes, supervisões etc. A empresa realmente não pode ficar assim.
Outro dado alarmante: em 14 GFCs, os valores gastos com a totalidade dos funcionários que ganham GFCs são MAIORES que os valores gastos com GFE/FCT/FCA. Isso é um absurdo, pelo simples motivo que são muitos menos colegas com cargo de confiança ganhando valores totais MUITO maiores que os valores gastos com TODOS os colegas que recebem FCT/FCA.
De que adianta a reposição da inflação se o corte de FCT/FCA vai retirar este direto do trabalhador em 2016?
Medidas imediatas que a direção da empresa deve tomar:
# Reduzir o número de diretorias: o Serpro, na maior parte de sua história, sempre teve um número menor de diretores
# Redução das gratificações (salário de DASs) dos diretores que ficarem na empresa
# Acabar com os assessores internos
# Reduzir as gratificações (GFCs) das Superintendências e/ou Coordenações com nível de Superintendência que existem no Serpro
# Cortar as várias Coordenações, desnecessariamente e impropriadamente, criadas nos anos de 2015 e 2016
# Reduzir as gratificações (GFCs) dos superintendentes
# Reduzir as gratificações (GFCs) dos cargos de gerências e chefias mais altos como Coordenações etc.
OLTs e sindicatos que constroem a FNI e entidades parceiras
O corte de FCT´s comete um injustiça comigo e muitos funcionários que nunca processaram o Serpro por principios e o que vemos é que os funcionarios que tem gratificações incorporadas não será afetados por tal medida.
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