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A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Direção do SERPRO descarta fusão e minimiza redução da empresa. Mas sigamos vigilantes contra qualquer desmonte!


Outdoor da Campanha O Brasil precisa do SERPRO
instalado em Porto Alegre. Crédito: OLT SERPRO/RS 
No dia 16 de Dezembro, em Brasília, aconteceu a segunda reunião com a direção do SERPRO para tratar sobre os assuntos da fusão/
incorporação e ou da redução da empresa.

O presidente Marcos Mazoni e o diretor Antonio João se revezaram nas respostas aos representantes sindicais, os quais levaram para o encontro as preocupações dos trabalhadores. A fusão, segundo eles, teria sido descartada na reunião que tinha ocorrido no dia anterior com o DEST e que contou com a presença das três empresas (SERPRO, DATAPREV e Telebras). Essa reunião definiu um calendário de ações para planejar a otimização de serviços entre as três empresas o que, de acordo com os diretores, poderá trazer uma economia grande.

Em relação ao risco de redução do SERPRO e ao corte de direitos dos trabalhadores, a palavra da empresa é de que neste momento não está colocada essa possibilidade. Mazoni e Antonio João afirmaram que os estudos sobre a redução, os quais serão apresentados ao Conselho Diretor do SERPRO em 25 de Janeiro, serão em "outro sentido".

Muitas perguntas levadas pelos representantes sindicais se relacionaram à situação dos pagamentos dos clientes e descontos nas faturas. O diretor Mazoni afirmou que foi proibida, pelo Conselho, a continuidade dos descontos nas faturas - e que os descontos que ocorreram tinham o sentido de garantir os pagamentos em dia.

No mesmo dia da reunião em Brasília acontecia um grande ato público na Regional Porto Alegre em defesa da empresa e de seus trabalhadores e que contou com importantes representações políticas e sindicais como o prefeito da cidade José Fortunati, Luciana Genro, do PSOL, o presidente da PROCEMPA (empresa de TI da Capital gaúcha), Mario Luis Teza, e sindicalistas da CSP-Conlutas. A diretoria do SERPRO reunida em Brasília foi informada dos acontecimentos.

Outro tema debatido na reunião é a necessidade urgente de discutirmos, na próxima campanha salarial, a manutenção do plano de saúde com o aporte da empresa quando os trabalhadores se aposentam e se desligam do SERPRO. A não existência dessa condição faz com que inúmeros trabalhadores permaneçam na empresa muito além do que gostariam.



Assessores externos e internos e diálogo com TODAS as representações sindicais

Nessa reunião, voltamos a falar dos assessores da diretoria. A empresa já havia informado que os 8 assessores externos seriam desligados porque o ministério cancelou as cedências. Em relação aos internos, nossa opinião é de que também não se justificam, pois o SERPRO tem um número grande de Funções Comissionadas que podem ser ocupadas sem necessidade de nomeação de assessores. Outro tema que preocupa são os altos salários de alguns grupos de funcionários, os quais têm salários de mais de R$ 40 mil e que, somados a créditos eventuais que perduram por vários meses, chegam a ganhar em torno de R$ 70 mil. Acreditamos que valores altíssimos como esses não deveriam ser normais em uma empresa como a nossa - na verdade, em NENHUMA empresa pública.

A representação dos sindicatos da FNI tratou de retomar um tema importante: o respeito e o diálogo com TODAS as entidades sindicais, pois a empresa não pode deixar ninguém de fora em nenhum momento, mas especialmente numa conjuntura como essa. O diálogo aberto e a mais ampla democracia nas relações são fundamentais para avançar nos debates em relação à empresa e também nas questões que afetam a vida dos trabalhadores.



E agora, José?

Acreditamos que apesar de parecer que a tempestade passou devemos ficar em alerta, pois em momentos de crise política e econômica nunca é demais estarmos precavidos para que não nos coloquem na mira novamente. O ministro Joaquim Levy caiu, mas o governo continua o mesmo, bem como o projeto de desmonte das estatais como forma de combater a crise financeira, entre elas os Correios e a Petrobras.

Não há garantias de que o SERPRO e a DATAPREV sejam cartas fora do baralho. Sigamos vigilantes, colegas!




OLTs e sindicatos que constroem a FNI e entidades parceiras

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