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A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Greve no SERPRO cada vez mais forte. Trabalhadores exigem dos sindicatos a busca de mediação para retomar negociação com a empresa em outro patamar



Regional Curitiba (PR)
Já somos dez regionais em GREVE em todo o país (RS, PA, BA, Distrito Federal, SP, PE, SC, PR, RJ e MG). Uma GREVE que foi construída pela base e pelas OLTs que se organizam nacionalmente pelas redes sociais (Facebook e Twitter) e demais ferramentas de comunicação (Whatsapp e Telegram) e fazem uma das amplas GREVES da história do SERPRO. Um exemplo de organização, democracia e de construção coletiva que assusta a muitos sindicalistas que estavam acostumados a falar em nome de seus representados sem ouvir e deliberar em assembleia dos trabalhadores.

A GREVE já impacta serviços importantes e que tende a colocar em risco backups de vários sistemas - alguns, inclusive, poderão trazer prejuízos sérios - mas a direção do SERPRO e o governo federal agem de forma a mostrar que não estão interessados com que o que está acontecendo. Mas os trabalhadores, os que detêm o conhecimento e que são a força de trabalho, sabem que a GREVE está impactando e pode criar prejuízos desnecessários.

Os trabalhadores não aceitam (e estão irredutíveis) o fato de que a empresa e o governo queiram aplicar um reajuste salarial que traz prejuízos de mais de 10% nos salários e que pode levar o corpo funcional a perder mais de um salário por ano daqui para a frente. Outro tema forte é redução da jornada de trabalho diária para 6h, o que significa qualidade de vida e no trabalho. Sobre este tema, a empresa inclusive já disse na mesa de negociação do dia 2 de Outubro que o estudo ficaria pronto até o final de 2015 e seria tratado em 2016, mas nada disso ficou registrado em ata - e a luta por esta bandeira também prossegue.



O que os trabalhadores decidem no dia a dia da greve em todo o país:


Busca da mediação:  os trabalhadores decidiram em várias regionais como SP, DF,parte do RJ, BA, RS, PA, MG, PR e SC e alguns escritórios que não dá mais para esperar pelo SERPRO para que realmente aconteça a negociação. Até agora, a empresa apresentou proposta ilegal de 4 anos e, depois, apresentou outra de ACT de 2 anos que impõe um violento arrocho salarial. 

Os trabalhadores querem que as representações sindicais, no prazo máximo de 14 de Outubro, encaminhem a solicitação de mediação por meio do TST ou MPT. A greve já dura oito dias e a direção do SERPRO precisa ser levada a um espaço onde a negociação seja realizada de verdade. São vários os exemplos de categorias como os trabalhadores da Eletrobrás, da IMBEL e outras empresas que, por meio da mediação ou audiências de conciliação,  conseguiram fechar seus acordos coletivos com avanços importantes.

Negociação dos dias da GREVE durante a negociação da campanha salarial: os trabalhadores decidiram que não irão aceitar que os dias das greve sejam tratados fora da negociação da campanha salarial. Para não repetir a traição de 2009 quando, sem consultar a categoria, foi fechado um acordo entre SERPRO e Fenadados que fez o pessoal compensar milhares de minutos da GREVE.

Convocação, pela empresa, dos trabalhadores durante a greve: nenhum trabalhad@r deve aceitar ser convocado a voltar ao trabalho. Quem deve negociar contingência são os sindicatos,  com o apoio das OLTs, e o tema deve ser relatado nas assembleias. Isso está inclusive na Lei de Greve.

Quem decide sobre CONTRAPROPOSTA são os trabalhadores em GREVE: esse tema é muito importante, pois é na assembleia e não a portas fechadas que deve ser decidido quais os itens devem compor a propostas e contrapropostas dos trabalhadores.

Agir, em nível estadual, contra o desconto das paralisações: o SERPRO, agindo contra a Lei de Greve, colocou na prévia do contracheque os descontos das paralisações e da GREVE. Cada sindicato deve, por meio de seu jurídico, preparar ações judiciais com pedidos de liminar para que não aconteça nenhum tipo de desconto. O que o SERPRO tem que fazer é resolver a GREVE e não punir quem luta contra o arrocho salarial e as arbitrariedades da empresa.



Alguns itens da contraproposta dos trabalhadores encaminhada para a empresa na negociação do dia 30 de Setembro:

- IPCA retroativo à data-base

- Redução da jornada de trabalho para 6h

- Tíquetes - reajuste pelo índice de alimentação fora de casa e redução na participação do custeio para um real 

- Abono de duas cartelas de tíquetes. O mesmo que foi conquistado pela Telebrás

- Manutenção do plano de saúde pós-aposentadoria e desligamento da empresa, com aporte do SERPRO (muitos colegas em especial os de menor salário, não se desligam da empresa pelo alto valor a pagar)



Nossa greve continua bonita e forte porque está sendo construída pelos trabalhadores. Nesta SEXTA-FEIRA (9/10), os trabalhadores de Minas Gerais estão entrando em GREVE. 


Colegas da demais regionais e escritórios que AINDA não aderiram à GREVE, vão ficar esperando até quando? Precisamos de vocês na LUTA!


Venham junto com a gente!


Seguem algumas fotos e vídeos dos estados:



Curitiba (PR)









Salvador (BA)





Rio de Janeiro (RJ)





Porto Alegre (RS)









São Paulo (SP)






Belém (PA)






Recife (PE)






Brasília 



Belo Horizonte (MG)



Fortaleza (CE) rejeitou proposta da empresa em assembleia. Colegas, precisamos de vocês na GREVE!






OLTs e sindicatos que constroem a FNI e entidades parceiras


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