Negociação com direção do SERPRO não dá em nada. A hora é de REFORÇAR as greves e as mobilizações!

Notícia de última hora do SERPRO: foi marcada uma mesa de negociação para esta SEXTA-FEIRA (2/10), às 15h30min, em Brasília. Matéria atualizada às 19h20min 

A direção do SERPRO voltou a ser extremamente desrespeitosa com os trabalhadores nessa quarta-feira (30/10) durante a mesa de negociação em Brasília. Além de não ter proposta, sequer quis se posicionar sobre a contraproposta feita pela categoria e não quis marcar nova data para a próxima mesa de negociação.

Como já era do conhecimento de tod@s, representantes dos sindicatos da FNI, da Fenadados e da direção da empresa se reuniram mais uma vez nesta quarta-feira na Capital federal. Na mesa de negociação, as representações dos trabalhadores informaram que a categoria rejeitou a proposta do SERPRO (de reajuste salarial de 21% em 4 anos, o que dá uma média de reajuste de 5,25% em cada ano) nas assembleias que foram realizadas nos estados. Também apresentaram uma contraproposta construída conjuntamente, na qual reivindicam reajuste salarial de 8,17% (índice IPCA) e 1% de aumento real; reajuste de 10,92% no vale-refeição; duas cartelas extras de vale-refeição, como ocorreu em outras estatais federais; auxílios creche, educação e filho deficiente de R$ 981,43 e plano de saúde pós-aposentadoria, entre outros itens.

A representação do SERPRO não deu resposta sobre a nova oferta dos trabalhadores. Ao tomar conhecimento da forte paralisação e greve nas 10 regionais e em alguns escritórios que ocorria durante a mesa, a direção da empresa ameaçou utilizar a Lei de Greve para punir os trabalhadores. E não quis marcar reunião para realizar uma próxima mesa de negociação.

Ou seja, o SERPRO passou 5 meses da campanha salarial sem apresentar NENHUMA proposta aos seus trabalhadores. Quando o fez, foi uma proposta ILEGAL de fechar Acordo Coletivo em 4 anos e que não repõe nem mesmo a inflação dos períodos. E ainda ameaça os trabalhadores que ousam lutar, num governo liderado pelo partido que se diz dos trabalhadores.

Para furar tamanha intransigência será somente com fortes mobilizações, colega, não adianta permanecermos sentados nas cadeiras na empresa. Se a direção do SERPRO e o governo federal não querem reconhecer nosso valor espontaneamente, que o façam pressionados pela nossa luta! Chega de zombarem da nossa cara!



Trabalhadores, em assembleia, votam a necessidade de buscar mediação frente ao descaso do SERPRO

A mediação é um tema que está sendo tratado nas assembleias, mas infelizmente a Fenadados se nega a buscá-la. Já deliberaram por mediação os estados do RS, PA, BA, SC, DF e ES. Outros estados também tratarão desse tema. Em São Paulo, foi também aprovado o dissído com mediação prévia. Se a Fenadados não está disposta a encabeçar a busca de uma mediação teremos que trilhar outros caminhos, pois não permitiremos que o SERPRO derrote esta poderosa luta que está surgindo diretamente dos trabalhadores. 



A saída é reforçar as GREVES e as MOBILIZAÇÕES. Quem não luta, não conquista!

Este é um momento delicado e crucial da nossa campanha salarial. Precisamos que os estados que AINDA não aderiram ao calendário de greves e paralisações, que o façam. Três estados prosseguem em greve por tempo indeterminado: RS, Brasília e PA. São Paulo já deliberou por entrar em greve na terça-feira (06/10). As demais regionais (BA, PR, RJ, MG, SC e PE) estão realizando assembleias entre hoje e amanhã para deliberarem sobre o movimento. O escritório do ES, que aderiu às paralisações, também decide se entra em greve por tempo indeterminado.

Nesses locais que já estão mobilizados, precisamos aumentar a participação dos colegas e fortalecer as greves que já estão em andamento. Nesta hora, cada um e cada uma faz a diferença. Portanto, não é o momento de se manter em cima do muro, colega: é preciso escolher um lado, e precisamos muito que escolha o lado dos colegas que já estão em luta!

Aos estados que AINDA não estão paralisados, avisamos que a hora para aderir é agora. Esperar mais significa perder o momento de fortalecer a greve nacional, podendo acarretar no enfraquecimento do movimento mais pra frente, pois ele depende da participação de todos e de todas nesta luta. A questão do dissídio coletivo no TST (Tribunal Superior do Trabalho) só pode acontecer em duas hipóteses: ou em comum acordo entre a direção da empresa e os sindicatos/federação, ou em dissídio de greve encaminhado pela empresa. Qualquer outra hipótese significará a extinção do processo de dissídio. Por isso, temos que tratar o tema com muito cuidado.

Os trabalhadores em greve exigem a busca de mediação frente ao fato de que o SERPRO está agindo de forma irresponsável. Este é o pedido já aprovado no RS, SC, BA, PA e DF, e está sendo discutido nos outros estados.




Nada é de graça, precisamos lutar e conquistar!

E os trabalhadores não precisam depender da boa vontade dos sindicatos para se mobilizarem. Em vários estados é isto que está acontecendo: são as OLTs e os trabalhadores que estão fazendo a luta acontecer. A FENADADOS infelizmente tem cumprido um papel de dificultar as ações e calendários nacionais, vide a desmarcação da greve do dia 30/09. A federação também se opôs à transmissão da mesa de negociação dessa quarta-feira por internet, para que os trabalhadores pudessem acompanhar ao vivo. O que será que teme a Fenadados? Felizmente, os trabalhadores estão superando todas as barreiras, e a luta não para de crescer.

O lado dos sindicatos e das federações deve ser o dos trabalhadores. Mas se essas entidades não quiserem, que sigam os trabalhadores, pois é na organização e na nossa luta que o novo virá.

Assembleia em Brasília definiu por entrar em greve

Greve em Brasília nessa quinta-feira

Pará em greve 

Assembleia no RS nessa quinta-feira referendou a continuidade da greve 

BA fez greve de 24h na quarta-feira e decide sobre os próximos passos na regional

Estamos na luta, colega do SERPRO. E precisamos de ti! 



OLTs e sindicatos que constroem a FNI e entidades parceiras