Componentes da Frente

FNI - Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática {APOIAM ==> SINDPD/SC; SINDTIC/SE; OLT SERPRO/BA; OLT SERPRO/RJ; OLT Dataprev/SP; OLT Datraprev/RS; OLT SERPRO/RS; SINDPD/RS }

O Que é a FNI

A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

5ª reunião da Comissão Paritária da PLR do Serpro: empresa mantém proposta bastante rebaixada. Trabalhadores buscam avançar na negociação

 


Mostrando a disposição dos trabalhadores em buscar uma solução para o impasse, a Representação dos Trabalhadores apresentou alternativas para avançar no fechamento de um acordo que contemple a vontade da categoria e dialogue com a posição da empresa. Tudo o que foi colocado em mesa manteve os princípios da proposta que foi construída em assembleia da categoria. No entanto, o SERPRO não sinalizou avanços.

Na ata da reunião (VEJA AQUI), a Representação dos Trabalhadores na Comissão Paritária fez um detalhado registro, que é importante ser lido. Questionou o conteúdo da proposta da empresa e também a forma como a mesma vem tratando os trabalhos. Afinal, o SERPRO tem como postura fazer uma disputa permanente com a Representação dos Trabalhadores em suas notas e divulga pouco o documento institucional, que é a ata da reunião, a qual reflete, de forma completa, as posições durante a negociação.

A direção da empresa não pode seguir mantendo esta intransigência e insistir numa proposta de PLR que, ainda, é pior do que foi pago em 2021. Vamos continuar exigindo avanços!

Representantes dos Trabalhadores na Comissão Paritária da PLR

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Escândalo! Reajuste de 24% no Plano de Saúde do SERPRO não precisava ser efetivado, segundo informação da Ata do Conselho de Administração da empresa

O aumento abusivo do plano de saúde feito de forma unilateral pela empresa, sem nenhum diálogo com a representação dos trabalhadores, tem sido questionado pela categoria, pois vários colegas ativos e aposentados não irão conseguir se manter no plano frente ao alto custo. A empresa, que em negociação realizada via mediação no TST (Tribunal Superior do Trabalho) afirmou que sempre convocaria a representação para debater sobre o plano – tendo em vista que boa parte do custeio se dá por meio da contribuição dos trabalhadores – se faz de louca e vem impondo altos índices de correção. E desta vez, passou de qualquer limite ao impor mais de 24% de correção.

Nesta semana, tomamos conhecimento da ata da Reunião do Conselho de Administração, e a informação que lá consta é assustadora: a empresa estaria gastando menos de 30% com o plano, quando poderia custear até 50%. De forma autoritária e desumana coloca, nas costas dos trabalhadores, 70% do custeio sem nenhuma consulta, penalizando principalmente os colegas que têm menores salários, especialmente os auxiliares e os aposentados.

Diz na ata do Conselho (CLIQUE AQUI para ver), item 6: ” O Colegiado manifestou sobre a Meta 2 – Manter os percentuais de custeio abaixo da média dos 04 anos, registrando o entendimento de que a Meta deve ser no sentido de baixar os percentuais de custeio, foi explicado que este indicador demonstra a evolução do percentual de custeio pelo Serpro, que deve ser abaixo da média dos últimos 4 anos (39,04%). Foi esclarecido que se trata da média e que o custeio acumulado até julho/2022 foi de 27%, com variações mensais, além de ter sido informado que a exigência legal é que o custeio pela empresa não ultrapasse 50%”.

Essas informações demonstram que o reajuste abusivo foi proposital e desnecessário, já que está bem abaixo dos 50% e porque a empresa vai fechar mais um ano com alta lucratividade.

O que a direção do SERPRO, indicada e apoiadora do ex-governo Bolsonaro, tem a dizer sobre isso?

Exigimos, mais uma vez, a imediata suspensão deste reajuste abusivo e que a empresa abra imediatamente o diálogo com a representação dos trabalhadores em nível nacional.

Temos, a nosso favor, uma decisão favorável aos trabalhadores do RJ que, por meio do Departamento Jurídico do Sindpd/RJ, conquistou mandado de segurança coletivo (liminar) contra o aumento abusivo no Plano de Saúde aplicado pelo SERPRO. Cabe recurso da empresa. As entidades sindicais e a Fenadados estão avaliando medidas para buscar barrar este aumento absurdo em nível nacional.

OLTs e sindicatos que constroem a FNI

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Privatização do SERPRO e da DATAPREV é revogada pelo Governo Lula. Vitória da resistência dos trabalhadores e das trabalhadoras. A luta em defesa das empresas continua!

 

Seminário Regional promovido por comissão da Câmara Federal em Porto Alegre (RS) contou com a participação dos trabalhadores e das trabalhadoras e parlamentares contra a privatização das empresas públicas de TI

 

Uma das primeiras medidas do novo governo federal, que tomou posse no domingo (1°/01), foi a revogação das privatizações de empresas públicas e estatais que constavam no Programa Nacional de Desestatização (PND) do governo de Jair Bolsonaro. Além do SERPRO e da DATAPREV, as empresas públicas de TI (Tecnologia da Informação), também foram poupados os CORREIOS (ECT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), a PETROBRAS e a EBC (Empresa Brasileira de Comunicação).

Esta é uma importante vitória da resistência e da luta dos trabalhadores e das trabalhadoras do SERPRO e da DATAPREV, de suas representações sindicais, da campanha Salve seus Dados e das OLTs. Construímos uma forte articulação nacional dos trabalhadores e das trabalhadoras das duas empresas e, desde 2019, denunciamos os interesses empresariais por detrás da privatização das empresas públicas de TI pelo Governo Bolsonaro. O discurso liberal do governo em "desinchar a máquina pública e reduzir gastos" foi desvendado, revelando que o objetivo real era obter muito lucro, repassando empresas sadias, com grande infraestrutura na TI e com um vasto e garantido cliente, o governo federal - por meio dos ministérios e das empresas públicas - para o setor privado. O interesse nunca foi de melhoria à coletividade do povo brasileiro, mas sim de fechar bons negócios, proporcionando muito dinheiro a alguns velhos conhecidos.

Também estava por trás a perda da soberania tecnológica do país e o risco de vazamento dos dados da população brasileira, em especial os mais sensíveis, pois essas empresas reúnem as informações de cada pessoa, desde o seu nascimento.



Relembre alguns momentos da Campanha Não à Privatização do SERPRO e da DATAPREV clicando nos links abaixo:

Atos nos estados nos 55 anos do SERPRO

Atos nos estados nos 45 anos da DATAPREV

Seminário regional promovido pela Câmara Federal, por iniciativa da deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL), realizado em dezembro de 2019 na sede do Sindppd/RS em Porto Alegre (RS), fortaleceu a luta, dando amplitude nacional e articulando apoio de parlamentares


Boletim 1
denuncia as privatizações e inicia a campanha e os atos em defesa das empresas públicas

Boletim 2: Ligações Perigosas (veja quem são e os interesses em jogo)

 



Realizamos atos nos estados e nas regionais, conseguimos apoio e o comprometimento de parlamentares na defesa da TI pública; acionamos os órgãos competentes, entre eles  o MP (Ministério Público) e o TCU (Tribunal de Contas da União), com denúncias que questionavam a privatização, mostrando o grave risco que se corria em repassar dados sensíveis de toda a população brasileira e do governo para as mãos de empresas privadas. Por iniciativa própria, colegas criaram a Campanha Salve Seus Dados, que contribuiu na luta.

Fizemos longas greves, de modo virtual em meio à pandemia da COVID-19, por reposição das perdas salariais, da manutenção dos nossos direitos, contra o desmonte e o fechamento de regionais e de escritórios do SERPRO e da DATAPREV e em defesa das empresas públicas.

Foram 4 longos anos de muita organização, de resistência e de luta, que valeram a pena!



NÃO ALIMENTEMOS A ILUSÃO DE QUE TUDO ESTÁ GARANTIDO. NOSSA FORÇA ESTÁ NA ORGANIZAÇÃO E NA LUTA DOS TRABALHADORES E DAS TRABALHADORAS!

Por ora, a privatização do SERPRO e da DATAPREV está revogada, mas devemos seguir mobilizados e em alerta para que prossiga assim. O SERPRO ficará vinculado ao Ministério da Fazenda, com o ministro Fernando Haddad, e a DATAPREV irá para o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, comandado pela ministra  Esther Dweck.

Além disso, as duas empresas sofreram um desmonte brutal nos últimos anos, com prédios sendo fechados, serviços e sistemas descontinuados, demissões acarretando em grande redução no número de funcionários e de funcionárias, achatamento dos valores dos salários e benefícios e cerceamento da participação dos trabalhadores e das trabalhadores em assuntos e decisões de interesse do corpo funcional das empresas.

É tempo de reconstruir o que foi destruído. Exigir recuperação nos nossos ganhos, concurso público para repor trabalhadores e trabalhadoras no SERPRO e na DATAPREV e investimento em tecnologia e em infraestrutura nas empresas. Precisamos pressionar para que sejam retomados os espaços de participação dos trabalhadores e das trabalhadoras nas decisões das empresas.

Só conseguiremos avançar se nos mantivermos organizados e mobilizados e com atuação independente do governo, com nossas organizações de base, sindicatos, a FNI e a FENADADOS vivos e atuantes na defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras do SERPRO e da DATAPREV e da TI pública. Podemos contribuir muito ao povo brasileiro prestando serviços públicos úteis, com agilidade e de qualidade.

À luta, que é justa e necessária!



OLTs e sindicatos que constroem a FNI