Componentes da Frente

FNI - Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática {APOIAM ==> SINDPD/SC; SINDTIC/SE; OLT SERPRO/BA; OLT SERPRO/RJ; OLT Dataprev/SP; OLT Datraprev/RS; OLT SERPRO/RS; SINDPD/RS }

O Que é a FNI

A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Editorial do Globo erra ao apontar prejuízo na DATAPREV


A diretoria da ANED enviou ofício à DATAPREV no dia de hoje, 30 de agosto, cobrando um posicionamento da empresa face ao ataque recente desferido pelo jornal O Globo, em editorial do dia 27 de agosto. A ANED acredita que esse posicionamento já deveria ter sido tomado de modo imediato e espontâneo pela direção da empresa, que deveria zelar pela sobrevivência da DATAPREV como instituição prestadora de importantes serviços sociais, independente do governo ou da força política a que presta obediência.

No editorial, o jornal conclama os presidenciáveis a um “debate” de supostos déficits em estatais, arrolando, erroneamente, a DATAPREV como um exemplo desse tipo de empresa. Não bastasse o desconhecimento que o veículo demonstra, quando cita a DATAPREV, fica clara a pressão que quer exercer para impor uma pauta privatista, contra o interesse da população e pró-dilapidação do patrimônio público e do pouco que resta de tentativa de se fazer justiça social no Brasil. A malfadada nota, que demonstra a posição ideológica conservadora do jornal, ataca ainda diretamente os trabalhadores da DATAPREV e de outras empresas públicas, ao chamá-los de privilegiados e corporativistas por defenderem a manutenção de seus postos de trabalho e de anacrônicos aqueles que acreditam que uma empresa pública pode servir de modo eficiente ao interesse social.

Vivemos uma grave crise e o que o modelo defendido pelo jornal – e por alguns candidatos – pretende é fazer com as fatias menos favorecidas economicamente da população paguem o preço da crise sem mexer, por exemplo, com os bilhões de lucro dos banqueiros e rentistas, para o que aquela conhecida empresa jornalística, apoiadora histórica de golpes institucionais, fecha sempre seus olhos.

A diretoria da ANED se manterá vigilante na defesa dos trabalhadores da DATAPREV, da própria empresa e de sua importância estratégica para o Estado e para a sociedade brasileira.


Abaixo, segue o texto do ofício enviado à Dataprev.

ASSUNTO: Pedido de posicionamento institucional

Prezados presidente e diretoria da Dataprev

A diretoria da Aned externa seu pesar e repúdio e solicita que haja um posicionamento da Dataprev diante de recente ataque midiático sofrido pela empresa e por seus trabalhadores em editorial do dia 27 de agosto do jornal O Globo, intitulado Candidatos precisam debater o déficit nas estatais. Entre outros absurdos, o editorial classifica como “delírios políticos” estratégias de Estado como a manutenção de uma empresa de tecnologia da informação de ponta e com prestação exemplar de serviços públicos à população, como a Dataprev, acusando de “dogmas ideológicos” aqueles que defendem sua existência. Ofende ainda diretamente os trabalhadores ao apresentar como um privilégio corporativo a manutenção da empresa.

Por fim, em sua ânsia de pautar o debate presidencial em torno da ideia de um Estado mínimo, com contornos dilapidantes do patrimônio público e esvaziadores de demandas por justiça social, o referido editorial comete um equívoco crasso, ao insinuar estar a Dataprev no rol de empresas deficitárias ao país. 

Insistimos que a matéria merece uma resposta institucional, principalmente em se tratando de um editorial, um texto que reflete o pensamento daquela empresa de comunicação, exposto à população de maneira falaciosa e quem sabe para defender, de maneira sub-reptícia, alguma das candidaturas já estabelecidas ou para pressionar os demais candidatos a adotarem aquilo postulado pelo veículo e que poria, sem dúvida, em risco a existência da Dataprev como empresa pública de tecnologia da informação.

Cordialmente e externando nossa solidariedade em face do ocorrido,


Diretoria da Aned



ANED - Associação Nacional dos Empregados da Dataprev


segunda-feira, 20 de agosto de 2018

O SERPRO passou por cima de dois acordos coletivos e alterou a flexibilidade da norma GP 83 sem negociação


De forma impositiva e sem nenhum diálogo  com a categoria, passando por cima de Acordos Coletivos e, em tempo recorde, a empresa resolveu misturar dois temas caros aos trabalhadores: a norma de flexibilidade e o banco de horas, num único procedimento. Fez inúmeras alterações na norma GP 83 e criou um banco de horas que, na prática, vai servir em primeiro lugar aos interesses da empresa, deixando de lado os trabalhadores.

Essas afirmações se baseiam no fato de que gerentes e chefes estão criando regras para a utilização no banco de horas ao seu bel prazer. O problema é que os trabalhadores foram praticamente obrigados a aderir às regras na norma GP 89 do banco de horas para ter a garantia de flexibilidade no ponto.

A empresa esqueceu que não temos REP, e o ponto alternativo, no caso o SISCOP, precisa ser negociado com os trabalhadores. O último Acordo Coletivo do Sistema Alternativo de Registro de Jornada aconteceu em 2014, e nunca mais voltamos a negociar; e neste acordo, resultou na norma GP 83 V3. A empresa, sem negociação, impôs várias novas versões da norma GP 83 nos últimos dias e acabou com a flexibilidade. Também vale lembrar que o ACT 2016/2019, resultado de negociação, tem previsões de como deve se dar as compensações, mas a empresa está desconhecendo o que assinou. 

Já foram feitos vários pedidos de negociação, mas até agora nada. A empresa está, de forma consciente, criando  mais um passivo trabalhista. Sem negociação o caminho é buscar tomar as medidas cabíveis contra o atropelo e a retirada de direitos. Os trabalhadores não irão esperar mais por quem não quer negociar, já bastam as explicações que nada explicam!


Sindppd/RS e OLT Serpro

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Ao se negar à negociação sobre a norma GP 89, SERPRO abre espaço para atacar direitos


Ontem (31/07), encerrou o prazo para adesão à Norma GP 89, que cria o Banco de Horas e pretende alterar o regime de flexibilidade existente. Esta norma coloca, na mão das chefias, poderes de decidir sobre a vida dos trabalhadores, que não víamos há bastante tempo no SERPRO, dentre outros problemas.

No entanto, o principal alvo são as horas extras; a empresa quer reduzir em muito o pagamento delas. Já é sabido que há alguns anos não havia nenhuma gestão sobre este tema, mas o responsável por este problema foi o próprio SERPRO. Agora, querem enxugar custos diminuindo direitos e colocando em risco algumas conquistas dos trabalhadores, como é o caso da Norma GP 83, que prevê flexibilidade para o cumprimento da jornada de trabalho ao longo do mês. 


Exigimos a manutenção da Norma GP 083, que garante a flexibilidade! 

É muito IMPORTANTE lembrar que a Norma GP 083 (CLIQUE AQUI para acessar), datada de  11/05/2017, ainda está vigente e foi minimamente negociada com a representação dos trabalhadores. Foi ela que permitiu que a empresa pudesse ter outra forma de registro ponto que não fosse o REP, definido pela portaria 1510 do Ministério Público do Trabalho e Emprego.  Defendemos que a mesma  seja MANTIDA!

Não há nenhuma justificativa para que a empresa passe a controlar ou ameaçar com punição os trabalhadores a partir do registro de ponto com cortes de flexibilidade etc. A garantia de produtividade, como já é sabido e comprovado, não passa somente pelo cumprimento da jornada, mas sim pela garantida de direitos e de boas condições de trabalho. Entendemos que o controle de horas extras deve ser feito sem ferir nenhum direito. Insistimos para que o SERPRO avalie, com atenção, todos os riscos ao tentar impor a adesão ao Banco de Horas, para que não seja o incentivador de novas ações trabalhistas, pois os trabalhadores não aceitarão perder direitos.

Como a adesão à norma do Banco de Horas não é definitiva, indicamos aos trabalhadores que avaliem essa opção de forma tranquila. Os sindicatos da FNI continuarão analisando, com sua assessoria jurídica, os prejuízos pela adesão às novas regras e qualquer alteração que a empresa venha a fazer nas condições hoje vigentes. E se for constatada perda de direitos tomaremos, junto com os trabalhadores, as medidas cabíveis.

A direção do SERPRO não pode pressionar à adesão sob o pretexto de retirar a flexibilidade e nem “convocar” o trabalhador a isso, devendo ser apenas um convite, caso necessário. Se a direção da empresa quer debater esta implementação, deve chamar TODAS as representações dos trabalhadores. Além disso, não receber as horas extras em pecúnia deve ser uma decisão do TRABALHADOR e não uma imposição da empresa!


Sindicatos e OLTS que constroem a FNI e entidades parceiras