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A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

SERPRO: Dia 25 de Janeiro tem primeira reunião da Paritária sobre a jornada de 6h





Está marcada, para 25 de Janeiro, a primeira reunião da Comissão Paritária que irá discutir a redução da jornada para 6h diárias no SERPRO. O encontro será entre a direção da empresa, os sindicatos da FNI e a FENADADOS na sede do SERPRO em Brasília.

A instituição da Comissão Paritária para discutir a jornada de 6h foi conquistada no julgamento do dissídio coletivo, devido à GREVE de quase um mês dos trabalhadores do SERPRO em todo o país. A redução da jornada é uma reivindicação importante da categoria, que vem se mobilizando há tempos em torno dessa pauta.

Abaixo, divulgamos um texto da FNI, feito em parceria com o Sindpd/SC, sobre a importância de permanecermos mobilizados para avançarmos na redução da jornada de trabalho para 6h.



A jornada de 6h sem redução de salário é possível


Empresas públicas de TI, inclusive parceiras do SERPRO, já reduziram suas jornadas de trabalho sem diminuir os salários dos trabalhadores. Um exemplo é o CIASC (Centro de Informática e Automação de Santa Catarina), do governo de SC, que no final de 2015 assinou acordo com o SERPRO para fornecer, via o programa Infovia SC, rede privada de alta velocidade com circuitos em fibra óptica com largura de banda de até 1Gbps e alta disponibilidade.

Os trabalhadores de TI do CIASC têm jornada de 6h diárias há mais de 10 anos. Antes, eles trabalhavam 8h, e a redução da jornada de trabalho deles se deu SEM A REDUÇÃO DOS SALÁRIOS. Sindpd/SC esteve presente no evento do fechamento do acordo com o CIASC e, representando os trabalhadores do SERPRO, fez um chamamento público ao presidente da empresa, Marcos Mazoni, pelas 6h diárias. O sindicato ressaltou que, com essa conquista, os trabalhadores do CIASC passaram a ter melhor qualidade de vida e menos doenças do trabalho, mantendo a mesma produção em seus locais de trabalho.

O maior patrimônio que as empresas possuem é o HUMANO, e este deve ser considerado. É com esse objetivo que os trabalhadores do SERPRO da Regional Santa Catarina levantaram a pauta da redução da jornada de trabalho para 6h diárias como principal na campanha salarial de 2014. Naquele ano, como forma de mobilização e para mostrar que essa reivindicação é possível, os colegas da Regional trabalharam 6h por vários dias. Chegaram a ser penalizados pela direção da empresa com descontos nos salários e suspensões, mas provaram aos trabalhadores do SERPRO de todo o país que é possível encarar a luta pela redução da jornada sem prejudicar os serviços e produtos de TI de qualidade que a empresa, por meio de seus funcionários, presta a toda a população brasileira. E sem diminuir os salários dos trabalhadores.

Nossa pauta das 6h diárias não é considerada absurda perante à Justiça. Na conciliação do dissídio coletivo na GREVE do SERPRO, o ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Ives Gandra, ao dialogar com a pauta dos trabalhadores propôs uma jornada de 7h 30 minutos, reduzindo assim em 30 minutos diários. A direção da empresa não aceitou a oferta e a questão nem sequer entrou na ata. No entanto, foi importante pois mostrou que a Justiça está começando a levar em consideração este tema, abrindo espaço para nossa reivindicação.

A pauta das 6h diárias também não é considerada absurda pelos trabalhadores do SERPRO. Nós sabemos que passar mais de 8h por dia na frente do computador cansa, causa dores no corpo e fadiga mental, nos deixa doentes, mata dia a dia nossa criatividade, diminui a possibilidade de novas ideias. E sabemos que embora batamos o cartão e agradamos os chefes ficando mais de 8h na empresa, poderíamos render mais e melhorar ainda mais os serviços do SERPRO. E teríamos tempo para VIVER. Tanto temos consciência disso, que foi a redução da jornada de trabalho para 6h diárias que uniu trabalhadores do SERPRO de todo o país e acendeu uma chama que, com a campanha salarial e a proposta vergonhosa de 5,5% de reajuste e de acordo para 4 anos da direção, alastrou-se e se transformou na maior GREVE dos últimos 15 anos da história da empresa.

Do nosso movimento nacional em 2015 saímos com o comprometimento, no TST, de ser criada, em 30 dias, uma comissão paritária entre a direção do SERPRO, sindicatos da FNI e FENADADOS para estudar a redução da jornada de trabalho para 6h diárias. Não podemos nos iludir de que esse espaço irá solucionar nossos problemas se não houver a continuidade da luta coletiva, mas a abertura do debate já será um importante ponto de partida.

O que resolve MESMO nossos problemas é a nossa LUTA. Essa campanha salarial colocou isso à prova, confirmou e reconfirmou. Direitos não se reduzem; devendo os gestores públicos melhorá-los. Aos que dizem que precisam das 8h no SERPRO para cumprir prazos e finalizar projetos, avisamos que não conseguirão aumentando as horas de trabalho de funcionários cansados e estressados com a jornada normal, mas sim o NÚMERO DE TRABALHADORES.

Tem muita gente boa e qualificada da TI buscando emprego no país. Vejam bem, colegas: a redução da jornada no SERPRO, além de beneficiar os trabalhadores e a própria empresa, também pode gerar EMPREGO, combatendo assim o desemprego no país e fazendo a economia girar.

A nossa luta pelas 6h continua porque outros direitos devemos e iremos conquistar, na LUTA!

Colega do SERPRO: vem com a gente desde já na luta PELA REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO PARA 6h SEM REDUZIR OS SALÁRIOS! Que venha 2016 e as nossas 6h!

* Texto feito com colaboração do Sindpd/SC


OLTs e sindicatos que constroem a FNI e entidades parceiras 

2 comentários:

  1. O mundo caindo, o país em frangalhos, empregos sendo perdidos, ... e tem gente que acha que a sociedade vai aceitar redução de jornada sem redução de salário em uma estatal!!!

    Não que não seja uma boa idéia, mas é o momento???

    Pq não lutar pela equiparação salarial dentro do próprio MFAZ?? Pq temos que ganhar menos que Receita, Bacen, ...???

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  2. Essa conversa de: "Será que é o momento?" é papo de gente que que tá confortável. Imagino q na ditadura deveria ter gente dizendo a mesma coisa quando alguém falava em lutar por democracia. O grande problema é quando essa voz que já vem com bafo de mofo e de coisa velha, ganha eco, se replica. Se esse camarada que comentou aí em cima fizesse um pouco de esforço e pensasse...veria q uma jornada de 6 hrs é boa até pelo lado mais pragmatico da coisa... pois pra uma economia que se alimenta do consumo, quanto mais o indivíduo tiver temo para consumir, melhor....Que Tempo ?; tempo que ele ganhou fora do trabalaho, temp q ele ganhou fugindo do horario de pico e Consumir o quê? Tudo..Cultura, Lazer, comida..Então meu amigo, se acha que jornada única é pra VC ter mais tempo pra não fazer nada, pense mais um pouco.

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