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O Que é a FNI

A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.

sábado, 10 de dezembro de 2016

7ª Plenária Nacional da FNI: Construir a unidade dos trabalhadores para resistir à retirada dos nossos direitos!




Em 2017, a luta dos trabalhadores do SERPRO, da DATAPREV e da BB Tecnologia precisará ir muito mais além das campanhas salariais. Os duros ataques dos empresários e dos governos aos direitos de toda a classe trabalhadora do país exigem que construímos uma grande unidade entre nós, para poder resistir e lutar.

Este é o desafio que foi colocado já no início da 7ª Plenária Nacional da FNI, que acontece neste final de semana em São Paulo (SP). A primeira atividade do encontro foi uma mesa de análise de conjuntura, em que os vários projetos e as reformas trabalhistas e da Previdência estão na agenda dos sindicatos e das organizações de luta dos trabalhadores.






O professor da rede pública de educação de São Paulo, Mauro Puerro (foto ao lado), da central CSP-Conlutas, ponderou que o Brasil não é uma ilha. É preciso levar em consideração que os ataques que vêm sendo implementados pelos empresários e pelos governos aqui já ocorreram e ainda ocorrem em outros países. São uma resposta do capital à crise econômica mundial, no sentido de não reduzir suas margens de lucro. Para não perder dinheiro, empresários e governos querem que os trabalhadores paguem pela crise.

Nessa conjuntura, para Mauro, o impeachment de Dilma Rousseff não resultou de uma ação dos trabalhadores (já que o governo do PT não cumpriu a nossa agenda), mas sim pela atuação da classe dominante. "A PEC 55, que determina um teto para os gastos públicos, por exemplo, foi iniciado pelo governo de Dilma", relembrou. Frente à crise financeira, o grande empresariado precisava de um governo que aplicasse os planos e na rapidez de que ele necessita. Como Dilma não conseguiu, a saída foi manobrar a queda do governo do PT, para substituí-lo pelo governo Temer. "Temer é pessoalmente fraco e sem expressão. Porém, está apoiado na unidade dos grandes empresários pela aplicação dos planos que querem que sejam implementados, na velocidade em que precisam, para que possam manter suas margens de lucro".

Assim como a permanência de Renan Calheiros (PMDB) na presidência do Senado foi articulada pela via parlamentar e pela instância do judiciário para que a PEC 55 e as reformas da Previdência e trabalhista sejam aprovadas. "Os impactos dessa PEC foram mais entendidos pelo setor público, pois é um ataque brutal à saúde e à educação. Mas também afeta diretamente o setor privado, já que o projeto indexa o salário mínimo, que é a principal política de distribuição de renda no país. E a PEC 55 está relacionada à Reforma da Previdência, pois as novas regras propostas serão definidas, para boa parte da população, a partir desse salário mínimo rebaixado por essa proposta", avaliou.





Integrantes da FNI lembraram de Luizinho, da OLT do SERPRO/DF, que está na luta da frente desde o seu início e não pôde comparecer neste ano





Reforma trabalhista levará para o patamar de uma era pré-Vargas

Mauro Puerro analisa que a proposta de Reforma Trabalhista prevista pelo Governo Temer retrocede os direitos trabalhistas para um o período antes de Vargas (pré-Vargas). "A inversão da importância do que é legislado [leis  trabalhistas] para os acordos que forem negociados entre empresários e sindicatos iniciou com uma proposta do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo/SP, que é da CUT, durante o governo federal do PT", atestou.

Em relação às mobilizações contra a corrupção, que têm reunido milhares de pessoas nas ruas, são organizadas por entidades dos próprios empresários e da direita e, portanto, não são a favor dos trabalhadores. "Lutar contra a corrupção é importante, mas esses protestos não são a favor dos trabalhadores. Em nenhum deles, vimos qualquer posição contra a PEC 55 ou contra as próprias reformas trabalhista e da Previdência. Por trás desses protestos há interesses, e não são os dos trabalhadores", alertou Mauro.





Desafio em diferenciar o movimento combativo dos trabalhadores



O diretor da APEOESP (sindicato dos professores da rede pública do estado de São Paulo), Pedro Paulo (foto ao lado), da Intersindical, complementou a análise feita por Mauro Puerro. Pedro se debruçou aos desafios dos sindicatos e demais organizações combativas deixarem mais claro a diferença deles em relação ao petismo e à CUT. " O momento exige unidade, mas programática do campo da esquerda combativa. Um terceiro campo, que se diferencia do campo petista, e que seja uma real perspectiva aos trabalhadores", defendeu.

Para ele, as organizações combativas precisam fazer uma avaliação dos governos do PT, a fim de detectar os erros e enfrentá-los. "Estamos fechando o ciclo da era Lulopetismo. Precisamos fazer um balanço disso, do que representou o PT no poder, que talvez tenha sido o maior partido de massas de esquerda da América Latina. O núcleo duro do PT se nega a fazer a autocrítica".

Pedro Paulo apontou como os dois principais erros do PT, o governo implementado na conciliação de classes (pelo qual o partido não fez as reformas estruturais necessárias, manteve os benefícios do grande empresariado e, para os trabalhadores, deu apenas políticas compensatórias, que são migalhas para a classe dominante) e a governabilidade. "Para se manter no governo a qualquer custo, o PT fez alianças com partidos como o PMDB e entrou no sistema de corrupção, que é inerente ao sistema. A corrupção não começou com o PT, mas foi aprofundada por ele".
















Saída para o futuro é a UNIDADE dos trabalhadores






O momento é de unir os trabalhadores para poderem resistir a esses duros ataques. Para isso, é preciso organizar os colegas e investir na informação. "Temos que levar esse debate por exemplo, da PEC 55, principalmente ao setor privado, que não enxergou ainda o impacto dessa proposta", defendeu Mauro Puerro, da CSP-Conlutas. Ele prevê que a bola da vez é a Reforma da Previdência. E para barrá-la, é necessário que as centrais sindicais tenham um calendário unificado de luta, que rume à GREVE GERAL no país.

Pedro Paulo, da Intersindical, concordou. "Precisamos da mais ampla unificação entre aqueles que querem lutar na defesa dos direitos dos trabalhadores. O desafio é conseguir fazer um calendário unificado de todas as centrais sindicais e demais entidades. Reivindicamos esse espaço da Frente Povo Sem Medo, mesmo com todos os seus problemas, bem como o Espaço de Unidade de Ação. Já a Frente Brasil Popular é uma frente eleitoral do PT para 2018".



OLTs e sindicatos que constroem a FNI e entidades parceiras

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