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O Que é a FNI

A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.

quarta-feira, 31 de julho de 2019

SERPRO e DATAPREV na berlinda da PRIVATIZAÇÃO?


Na 6ª feira passada (26 de Julho), a Regional Porto Alegre recebeu a visita do secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel. Como é de conhecimento público, os cargos importantes, abaixo do ministro Paulo Guedes, são de grandes empresários que lucraram milhões: Uebel e o secretário especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia, Salim Mattar (ex-CEO da empresa de locação de automóveis Localiza). Eles têm uma missão muito nítida, a de privatizar tudo o que for possível, custe o que custar e não se importando com os prejuízos que isso possa gerar à soberania e à população do país. O presidente do SERPRO, Caio Mario Paes de Andrade, não foge à esta regra: é também um grande empresário!


Os milionários e bilionários não têm pátria, seus interesses são os do grande capital nacional, ligados aos do capital internacional. E é isso o que o Governo Bolsonaro representa. Em apenas 8 meses de governo, o Brasil já entregou o controle da BR Distribuidora e está para abrir mão do controle das empresas de energia. Outra privatização a caminho é a dos CORREIOS, e assim o tema se aproxima cada vez mais da nossa categoria, pois SERPRO e DATAPREV estão na mira das gigantes da TI mundial.

E nem o meio ambiente escapa da ânsia por dinheiro, já que o presidente Bolsonaro, inclusive, já afirmou nos últimos dias que pretende entregar a Amazônia para exploração mineral dos Estados Unidos.

A situação é muito grave! No caso do SERPRO, Uebel ou o presidente da empresa não dirão toda a verdade se forem cobrados, pois não há interesse em antecipar suas decisões. Podem vender a ilusão de que o SERPRO abra o capital e passe a distribuir lucros, frente ao que os ouvidos mais afoitos pensem que ganharemos mais dinheiro. Mas, na verdade, o desmonte da empresa só interessa aos grandes empresários, e é por isso que eles estão no governo. A privatização total ou parcial das empresas públicas brasileiras, um patrimônio inestimável que até hoje garantiu a soberania do país, interessa a eles pois abre mais mercado às empresas deles, e o governo terá mais dinheiro em caixa para repassar aos empresários via empréstimo ou benefícios fiscais.


 

O país retrocede a passos largos para se tornar novamente uma grande colônia de exploração. Uma tragédia para o povo brasileiro e para os trabalhadores

Já perdemos uma boa parte dos direitos trabalhistas; estamos a caminho de perder direitos previdenciários e o acesso à aposentadoria. Essas duas reformas não bastaram para os vis interesses dos grandes empresários, então agora vem a chamada minirreforma trabalhista (MP da Liberdade Econômica/ MP 881/2019). O Governo Bolsonaro defende as novas alterações, afirmando que irá gerar mais emprego – mesmo discurso utilizado pelo ex-presidente Michel Temer em 2017 para aprovar a Reforma Trabalhista, que na verdade impactou em mais de 3 milhões de desempregados e, as poucas vagas de trabalho criadas são em condições precárias, salários rebaixados e nenhum direito.

Quando esta condição passar a ser a regra, por que este governo manterá os trabalhadores do SERPRO com seus direitos e salários, se pode pagar bem menos ao empregar a terceirização em massa, ao privatizar ou, ainda, ao abrir o capital?
É necessário compreender o que se passa no país e em nossa empresa antes que seja tarde. Quem pode defender o SERPRO e a soberania do nosso país somos nós, trabalhadores. Se o ataque vier, será rápido e não seremos consultados!



À luta, colegas do SERPRO. Sempre!


Sindppd/RS



* Texto retirado do site do Sindppd/RS 

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