O STJ (Superior Tribunal de Justiça) informou, em nota oficial, que passados nove dias do ataque hacker à rede de informática do órgão, o trabalho de recuperação dos sistemas apresenta cenário positivo além do previsto. O presidente do tribunal, ministro Humberto Martins, afirmou que as principais ferramentas estão praticamente restauradas, o que possibilita a retomada de todas as atividades da Corte – remota ou presencialmente, inclusive a realização das sessões de julgamento.
A nota descreve que desde a terça-feira (10/11), o Portal do STJ restabeleceu suas funcionalidades mais acessadas, entre elas os serviços de consulta processual e consulta de jurisprudência e o Portal da Intimação Eletrônica. Também voltou a funcionar a página da Intranet, a rede de telefonia, o serviço de peticionamento eletrônico (inclusive o utilizado pelo Ministério Público Federal) e o sistema de geração de guias para recebimento de custas judiciais e de preparo.
Na quarta-feira (11/11), retornou o Sistema do Pró-Ser (que faz a interface com a rede credenciada do plano de saúde dos servidores do STJ) e o Diário de Justiça eletrônico (DJe) voltou a ser disponibilizado. A autuação dos processos está sendo restabelecida gradativamente, priorizando processos urgentes como habeas corpus e mandados de segurança. Estão sendo realizadas trocas das chaves de acesso por senhas fortes e com procedimentos de dupla autenticação para acesso aos sistemas pelos servidores e ministros. Clique neste link para ver a nota do STJ na íntegra: https://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=55443&sid=18
Todo este trabalho incessante de restabelecimento da segurança da rede e da recuperação dos dados é realizado pela equipe técnica de TI do órgão, com a colaboração de uma força tarefa composta pelo Comando de Defesa Cibernética do Exército e pelo SERPRO. Mais uma vez, a importância das empresas públicas de TI fica evidente e contrasta com o fato de que o SERPRO está entre as estatais que o Governo Bolsonaro quer privatizar.
Este gravíssimo ataque hacker ao STJ e outros órgãos expôs o erro da terceirização e da privatização na TI pública. Embora os sistemas estejam sendo recuperados, milhões de dados e informações sigilosas do STJ, dos cidadãos e de empresas estão nas mãos de hackers. Segurança na TI é coisa muito séria e necessita de pesados investimentos tecnológicos e de pessoal. Tentar “economizar” muitas vezes sai caro, como infelizmente nos mostrou este ataque hacker.
Vamos defender e fortalecer as empresas públicas de TI.
Não ao desmonte e à privatização do SERPRO e da DATAPREV!
Mais investimento e concurso público!
Sindppd/RS
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