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A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

SERPRO amplia gastos com aquisição de softwares proprietários e não quer recompor salários


De acordo com a "Nota 18 - Intangível" do Relatório de Demonstrações Contábeis 2018, o SERPRO aumentou em mais de 10% os gastos com licenças de software. Não tivemos acesso à lista de todos os produtos adquiridos recentemente, mas exemplos de aquisições sem sentido são percebidos pelos colegas no dia a dia. O caso mais recente apareceu na nota do Primeira Leitura do dia 03/05/2019: um convite para apresentação de uma ferramenta proprietária para desenvolvimento mobile que será realizada na segunda-feira (6/05) pela manhã. O SERPRO já desenvolve soluções web/mobile para seus clientes com baixo custo e grande competência, então por que gastar milhões com a aquisição de nova ferramenta tecnicamente pior que a tecnologia que já usamos hoje?

A empresa alega crise econômica, mas tem optado por pagar licenças (muitas destas usam o dólar como referência) ao invés de valorizar os profissionais da casa, que de forma muito competente são capazes de apresentar e desenvolver soluções acessíveis, baseadas em licenças livres e de código aberto. Por outro lado, nega a pauta dos trabalhadores usando como justificativa a tal "contenção de gastos". Ou seja, a única conclusão que podemos chegar é que o investimento em pessoal, para eles, é somente um outro gasto qualquer.

Nesta negociação quer retirar direitos históricos dos trabalhadores, alguns presentes no ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) por mais de 20 anos! Oferece reajuste pífio de 50% do índice da inflação, quando todos sabem que o índice por si só não representa o aumento do custo de vida que tivemos nestes últimos anos e nem recompõe o prejuízo acumulado que tivemos decorrentes de reajustes aplicados abaixo da inflação no último Acordo Coletivo. Uma empresa que, graças ao esforço de seus empregados, apresentou lucro líquido no último exercício agora se presta a oferecer isso como proposta?

É sabido que o grande valor de uma empresa de tecnologia são as pessoas. Máquinas não trabalham sozinhas. Convidamos os colegas a uma reflexão sobre o momento pelo qual estamos passando. A empresa está fazendo opções de priorização do seu orçamento, e os trabalhadores não estão entre elas. É preciso autovalorização, é preciso marcar posição e lutar por nossos direitos!


OLTs e sindicatos que constroem a FNI


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