Reportagem do jornal o Dia publicada na 6ª feira passada (14/02) traz denúncias de funcionários do INSS, os quais apontam que o atraso nas concessões de benefícios do Instituto pode ser superior a 4 milhões de pedidos. De acordo com as fontes ouvidas pelo veículo de comunicação, nos números divulgados pelo governo federal não estariam computados benefícios como o auxílio-doença e a licença-maternidade, que integram o SABI (Sistema de Administração de Benefícios por Incapacidade), um sistema diferente do GET (Gerenciador de Tarefas), que dá o valor total dos benefícios da aposentadoria. Juntando os dois sistemas, "o número vai passar, e muito, de 3 milhões", diz a matéria.
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Um dos motivos apontados para o atraso é a implantação do INSS Digital, sistema que está desatualizado devido às novas regras para aposentadoria aprovadas há 3 meses com a Reforma da Previdência. Esta reforma, muito prejudicial aos trabalhadores e à população mais pobre, foi feita a toque de caixa pelo governo federal, grandes conglomerados empresariais e por banqueiros, sem sequer dar tempo hábil para que o sistema pudesse ser adaptado pela DATAPREV.
Um trabalhador que não quis se identificar relatou ainda ao jornal que muitos dos servidores que estão sendo deslocados para as centrais de análise para dar conta dos requerimentos em atraso não têm experiência nesse setor, o que acaba fazendo com que o número de indeferimentos seja alto. Segundo a fonte ouvida pela reportagem, o percentual de negativas a pedidos de benefícios teria saltado de 15% para 35%.
Em meio à crise do INSS, Governo Bolsonaro quer demitir trabalhadores da DATAPREV
Os trabalhadores da DATAPREV, empresa de TI (Tecnologia da Informação) da área da Previdência Social, são uma opção para ajudar na força tarefa que o governo fala em implementar para reduzir a fila no INSS. No entanto, o governo tentou demitir 493 trabalhadores especializados e fechar 20 regionais da empresa nos estados.
Após uma forte GREVE na DATAPREV em todo o país no mês de Fevereiro, os trabalhadores conseguiram um acordo, junto ao TST (Tribunal Superior do Trabalho), para suspender temporariamente essas demissões. Antes da greve, o número de atendimentos pendentes era muito pequeno, agora estão em mais de 15 mil junto à DATAPREV. Estes atendimentos eram feitos nas 20 regionais que estão sob ameaça de fechamento.
Força tarefa do governo federal é paliativo. A saída é a contratação de trabalhadores por concurso público e não a privatização da DATAPREV
Esta situação do INSS prova que o desmonte e a privatização dos serviços e empresas públicas são extremamente prejudiciais à população que depende desses serviços. Já foram registrados casos de trabalhadores que se acidentaram na empresa e abriram mão do auxílio-doença para não ficarem sem receber, pois teriam que esperar meses na fila do INSS. Ou seja, estão sendo obrigados a trabalhar doentes porque precisam sobreviver e sustentar suas famílias. Mulheres em licença-maternidade ficaram quase todo o período do benefício sem receber um tostão!
A campanha do governo federal e do ministro privatista Paulo Guedes para desmontar o serviço público e desmoralizar os trabalhadores do setor público junto à população só tem um objetivo: entregar o serviço público para grande empresas privadas que querem ganhar ainda mais dinheiro nas costas dos trabalhadores!
- Pela manutenção do emprego de todos os trabalhadores!
- Não ao fechamento dos 20 escritórios!
- Basta de desmonte e não à privatização da DATAPREV e do SERPRO!
- Em defesa do INSS e da Previdência Pública!
* Retirado do site do Sindppd/RS
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