A greve, que começou na semana passada nos 20 escritórios ameaçados pelo fechamento e a demissão de 494 trabalhadores como parte da política do governo privatista, cresceu. A direção da Dataprev, apesar das tentativas de sufocar a greve, perdeu o controle e a empresa amanheceu parada nesta terça-feira (28/1) de norte a sul do país. O Secretário Salim Mattar que havia comemorado as medidas da direção da empresa no seu Twitter, demonstrou com isso que a decisão não era uma mera meta da empresa e sim parte da política do governo privatista.
A partir de segunda-feira, 27/01, o Centro de Dados de Brasília e nesta terça entraram em greve as Unidades de Desenvolvimento da Paraíba, do Ceará, do Rio grande do Norte e Santa Catarina e o Centro de Dados do RJ que tem dois prédios, na Álvaro Rodrigues e no Cosme Velho, onde trabalham mais de mil e duzentos trabalhadores. Nesta sexta-feira, o Centro de Dados de São Paulo, entrará também em greve. É importante salientar que a Unidades de Desenvolvimento e Centro de Dados não estavam na lista das demissões e fechamento, como era com os 20 escritórios, mas ainda assim os trabalhadores destes locais ingressaram na greve em apoio aos 494 ameaçados de demissão e contra o desmonte da empresa que prepara a privatização.
Assim, a resistência cresceu e atingiu o coração da empresa. A direção não contava com a coragem e disposição de luta dos trabalhadores da Dataprev que não aceitam ver a empresa sendo destruída para ser vendida a preço de banana aos empresários amigos da presidente da empresa, Christiane Edington, do Paulo Uebel, do Salim e do conjunto do governo. Não adiantou a empresa fazer pressão, assédio moral, criar listas e outras artimanhas, pois os trabalhadores sabem o significado do ataque e estão solidários com os 494 colegas demitidos, pois juntos construíram a Dataprev que conhecemos, uma empresa lucrativa e especialista nos serviços que presta para o INSS e outros órgãos.
Um forte recado está sendo dado, queremos os empregos dos trabalhadores de volta, inclusive com realocação nos órgãos do governo e no INSS como já foi feito pelo governo com 49 trabalhadores há menos de 10 dias através de portaria para este fim.
Parem de desmontar a Dataprev e respeitem a legislação do país, não vai ter privatização às escondidas. Não irão passar por cima dos trabalhadores.
Os trabalhadores do Serpro em todo o país estão solidários aos colegas da Dataprev, pois sabem que o projeto é o mesmo, mas com outra roupagem. O exemplo dos trabalhadores da Dataprev merece o respeito de toda a T.I. pública brasileira.
A greve dos trabalhadores da DATAPREV segue e precisa de toda a força e solidariedade.
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Veja Repercussão da greve na mídia:
Folha de S. Paulo: https://agora.folha.uol.com.br/grana/2020/01/dataprev-de-sao-paulo-anuncia-greve-e-fila-do-inss-pode-aumentar.shtml
Revista Fórum: https://revistaforum.com.br/noticias/em-meio-ao-caos-no-inss-trabalhadores-da-dataprev-entram-em-greve-por-tempo-indeterminado/
Brasil de Fato: https://www.brasildefato.com.br/2020/01/27/dataprev-trabalhadores-estao-parados-por-tempo-indeterminado/
Jornal GGN: https://jornalggn.com.br/trabalho/dataprev-trabalhadores-estao-parados-por-tempo-indeterminado/
Jornal O Povo: https://www.opovo.com.br/noticias/fortaleza/2020/01/28/dataprev-ceara-anuncia-greve-geral-por-tempo-indeterminado.html
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Veja últimas imagens da greve pelo Brasil:
Rio Grande do Norte:
Piauí:
Santa Catarina:
Ceará:
Distrito Federal:
Rio de Janeiro - Cosme Velho:
Rio de Janeiro - Álvaro Rodrigues:
Bahia:
Paraíba:
Rio Grande do Sul:
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