Componentes da Frente

FNI - Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática {APOIAM ==> SINDPD/SC; SINDTIC/SE; OLT SERPRO/BA; OLT SERPRO/RJ; OLT Dataprev/SP; OLT Datraprev/RS; OLT SERPRO/RS; SINDPD/RS }

O Que é a FNI

A FNI é o instrumento alternativo de organização e de luta que os trabalhadores de TI do Brasil estão construindo. Uma frente que defenda os interesses dos trabalhadores e independente de governos e das empresas.

sábado, 12 de março de 2011

Plenária Nacional FNI: Desafio é ser um movimento autônomo, independente e combativo

Este é um dos principais desafios a ser enfrentado pela FNI (Frente Nacional dos Trabalhadores em Informática), na opinião do integrante da executiva nacional da CSP-Conlutas, Atnagoras Lopes. O sindicalista paraense iniciou o encontro da FNI neste sábado de manhã (12), no Rio de Janeiro, com uma análise de conjuntura econômica e política do país. Participam da plenária, trabalhadores do Serpro e da Dataprev do RS, SC, PR, DF, RJ, SP e BA.



Lopes (na foto ao lado) fez um apanhado do histórico recente do sindicalismo do Brasil, resgatando a construção da CUT (Central Única dos Trabalhadores) pelos trabalhadores como seu instrumento de luta e de organização, até chegar nos dias de hoje, em que esta e outras centrais sindicais deixaram de lado o sindicalismo combativo. Ele exemplificou com o acordo feito entre centrais e governo federal para correção da tabela do Imposto de Renda (IR) em 4,5% - índice abaixo da inflação (que em 2010 chegou a 6,5%) e que tem pouco impacto já que o reajuste na tabela está defasado em 64%. O acordo irá valer para os próximos quatro anos.

Isso significa que o pequeno reajuste conquistado pelos trabalhadores nas campanhas salariais em 2010 será anulado pelo Imposto de Renda. Ao mesmo tempo, o custo da alimentação e dos transportes tem subido. “Isso [atuação da maioria das centrais que lesou os trabalhadores] se explica com a perda da autonomia, independência e combatividade dos sindicatos e centrais”, afirma Lopes. “Estas centrais, ao invés de lutarem pelos trabalhadores, buscam alternativas para sustentar o governo”, criticou.

Plenária dos trabalhadores no Rio de Janeiro
Organizar um movimento que tenha justamente estas características que foram perdidas por grande parte dos sindicatos é um desafio da FNI, mas não o único, comentou o dirigente. Fortalecer as OLTs nas empresas, encontrar formas de autosustentação e ter unidade de ação entre os trabalhadores que integram a FNI também são importantes. Outra questão fundamental, diz Lopes, é a mobilização da categoria. “O que determina a afirmação da FNI como uma frente alternativa é o grau de mobilização que a nossa classe, a dos trabalhadores, vai ter para incidir em nós. Quando não tem pressão na base, ficamos suscetíveis a retrocessos”, alertou Atnágoras.


Petroleiros relatam experiência de campanha alternativa

Na segunda parte da manhã, o dirigente da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), Claiton Coffy (foto ao lado), relatou como se deu a criação da federação e as dificuldades que foram e ainda são enfrentadas ao se colocarem como alternativa de luta à FUP (Federação Única dos Petroleiros, ligada à CUT). A FNP, após muita luta, é reconhecida pela Petrobras, que negocia tanto com a frente como com a FUP. A trajetória da FNP pode ajudar na construção da FNI, pois as semelhanças são muitas.

Recentemente a FNP, que era uma frente de sindicatos, se formalizou como uma federação. Para isso, legalmente, precisa haver cinco sindicatos interessados. A FNP é integrada por seis sindicatos de petroleiros.   

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